Usuário(a):Vini Cattay/Testes
Bacia hidrográfica
editarBacia hidrográfica ou bacia de drenagem é a extensão ou superfície de escoamento de um rio central e seus afluentes. Situadas em áreas de maiores altitudes do relevo por partidores de água, no qual as águas das chuvas, ou são drenadas superficialmente gerando os rios e riachos, ou infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático. Desse modo sua definição tem-se expandido com uma amplitude que supera aspectos hidrológicos, abrangendo o estudo da estrutura biofísica, tal como as transformações nos paradigmas da utilização da terra e implicações ecológicas. Na esfera de um estudo hidrológico, apesar do conceito tácito, ainda existem alternâncias no foco principal, de acordo com a assimilação dos técnicos que o aplicam em seus conhecimentos.[1]
Pode, de forma geral, ser subdividida em dois compartimentos interdependentes, definidos no âmbito da geomorfologia, por uma área de terra firme e uma de planície, de modo que pode ser encontrado o rio central e as regiões inundadas. As áreas aplanadas de uma bacia hidrográfica, desempenham um papel ecológico essencial na gestão dos alagamentos, regulando às jusantes e enchentes do rio central. De modo geral, as regiões inundáveis exercem-se como um eficaz filtro biológico, permitindo que a qualidade do recurso hídrico seja mantida. Este papel na gestão de abundância e qualidade da água deste método é de suma importância não apenas para este compartimento, mas também para toda a bacia hidrográfica, sendo declarado um procedimento estratégico de forma sustentável das atividades sociais e econômicas em termos regionais.[2]
A chuva é a principal responsável pela entrada de água no ciclo hidrológico. Quando precipita, parte dela escoa pelos rios, parte infiltra e o restante evapora ou fica nas folhas da vegetação. Ao longo desse trajeto, a água é utilizada de diversas maneiras, encontrando o mar ao final, onde evapora e condensa em nuvens que seguirão com o vento, reiniciando o ciclo.[3]
Variáveis climáticas, tais como mudanças prolongadas no regime de chuvas e no escoamento superficial, também têm o potencial de afetar a evolução do indicador, para melhor ou para pior, a depender das características dos corpos hídricos e das bacias hidrográficas.
Curiosidade
editarO Brasil, dentre vários outros países, possui a maior disponibilidade de água doce do mundo com 12% do volume total do planeta. Toda essa água é utilizada para diversos usos, como abastecimento da população, produção de alimentos, geração de energia elétrica e muito mais. Entretanto sua distribuição ocorre de forma desigual no território, espacial e temporalmente. Tais fatores unidos à utilização da água por distintas atividades econômicas nas bacias hidrográficas brasileiras e os problemas de peculiaridade da água, acarretam em conflitos.[4]
As reservas de água subterrânea do Brasil são calculadas para os aquíferos mais relevantes em cada Região Hidrográfica e para aqueles considerados estratégicos, cujas reservas suprem as principais demandas de água. A extensão da área drenada no sentido leste do país e a capacidade de armazenamento do Sistema Aquífero Urucuia mostram a importância da contribuição da água subterrânea no fluxo de base que sustenta o rio São Francisco, por exemplo, estimada em 730 m³/s. Essa contribuição representa em média 30% da vazão do rio, e atinge entre 80% e 90% nos períodos de estiagem da bacia. A contribuição para oeste, na bacia do Tocantins, é estimada em 215 m³/s. Ainda podem ser adicionados em torno de 76 milhões de hectares irrigados quando considerado o potencial irrigável no Brasil. O Centro-Oeste se destaca por concentrar 43,1% das áreas de alta aptidão para irrigação e por 34,2% das áreas de aptidão alta-média. As séries históricas demonstram incrementos anuais de área irrigada no Brasil nas últimas décadas, principalmente nos últimos anos, indicando maior aproveitamento desse potencial a cada ano. Tal incremento demanda ações de planejamento e controle que visem a minimização de conflitos pelo uso da água.[5]
Referências
editar- ↑ Schiavetti, Alexandre; F. M. Camargo, Antonio (2002). Conceitos de Bacias Hidrográficas: Teorias e Aplicações. Bahia: Editus. pp. Página 17. Consultado em 18 de Janeiro de 2018
- ↑ Schiavetti, Alexandre; F. M. Camargo, Antonio (2002). Conceitos de Bacias Hidrográficas: Teorias e Aplicações. Bahia: Editus. pp. Página 27. Consultado em 18 de Janeiro de 2018
- ↑ Agência Nacional de Águas, ANA (2017). «O Ciclo da Água». Conjuntura Recursos Hídricos Brasil 2017. Consultado em 18 de Janeiro de 2018
- ↑ Agência Nacional de Águas, ANA (2017). «O Ciclo da Água». Conjutura Recursos Hídricos Brasil 2017. Consultado em 18 de Janeiro 2018
- ↑ ANA, Agência Nacional de Águas (2017). Conjuntura Recursos Hídricos Brasil 2017. Brasília: [s.n.] Consultado em 18 de Janeiro 2018