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Pontos bala
editarDentro do governo
editar- Em 2 de janeiro, o governador reeleito do DF, Ibaneis Rocha, nomeou o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, como secretário de Segurança Pública. [1] No dia seguinte, Torres trocou o comando da equipe de inteligência e operações especiais do departamento, incluindo o subsecretário da Subsecretaria de Inteligência George Estefani e o chefe da Polícia Federal Milton Rodrigues. Os que foram demitidos estavam monitorando os protestos e tinham conhecimento sobre terrorismo e experiência em gerenciamento de crises.[2]
- Torres viajou a Orlando em 6 de janeiro, chegando no dia 7, horas antes dos ataques e uma semana após Bolsonaro viajar para lá. [3]
- Houve, durante a transição para o governo Lula, um relatório sobre "a presença de atores extremistas nos movimentos que estavam sendo feitos em frente aos quartéis e ao QG". [4]
- Segundo Alan Diego dos Santos Rodrigues, que foi preso pela tentativa de ataque a bomba em Brasília
- A ABIN produziu 33 alertas entre os dias 2 e 8 de janeiro pelo WhatsApp (entre outras plataformas), mas não produziu relatórios. Os alertas falavam sobre: [5] [6]
- As chegadas de golpistas no acampamento em frente ao QG do Exército nos dias que antecederam os ataques;
- Os bloqueios a refinarias e rodovias federais em regiões pelo país, além de acampamentos em outras cidades;
- A articulação dos vândalos em 8 de janeiro, dia da invasão aos prédios, relatando movimentação perigosa;
- Monitoramento de pessoas com acesso a armas e que participariam dos atos golpistas.
- O Ministério da Justiça e o Gabinete de Segurança Institucional negaram ter recebido os alertas. [7]
Fora
editar- Em 2022, integrantes do acampamento do QGEx visitaram o Gabinete de Segurança Institucional, comandado por Augusto Heleno. [8]
- Alguns dos visitantes citados pela fonte é o influenciador Romário Garcia Rodrigues, conhecido nas redes como "Gay Nordestino Bolsonariano", a empresária Taís Avelar Numeriano de Sá e o youtuber Michel Ivonoe Santos Fontes.
- Integrantes do GSI estavam presentes no acampamento e nos ataques. [9]
Ataques de 8 de janeiro em Brasília
editarAntecedentes
editarAlegações de Jair Bolsonaro sobre o sistema eleitoral
editarJair Bolsonaro alegava que as urnas eletrônicas utilizadas no Brasil eram propensas a fraudes desde pelo menos 2015, quando era deputado federal, sendo autor de uma emenda constitucional que previa o voto impresso no país. Ao divulgar a emenda, Bolsonaro disse que somente com o voto impresso se poderia "retirar, democraticamente, o PT do país em 2018".[1] Posteriormente, essa emenda foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal e não chegou a ser implementada nas eleições de 2018, segundo o entendimento de que isso poderia gerar um risco de quebra de sigilo e da liberdade de escolha, pela possibilidade de mesários precisarem intervir em caso de falha da impressão.[2]
Como presidente, repetidamente disseminou notícias falsas sobre a confiabilidade das urnas, as eleições de 2018 e fez ataques ao Tribunal Superior Eleitoral e ao STF. Bolsonaro alegou que houve um desvio de votos na eleição de 2018 e que teria sido eleito no primeiro turno.[3][4] Além de dizer que não teriam eleições limpas sem o voto impresso, ele também afirmou que haveria uma articulação de ministros do Supremo e do TSE para fraudar o resultado das eleições.[5][6] Em reunião em 5 de julho de 2022, Bolsonaro instruiu ministros a disseminar desinformações sobre o sistema de votação e a credibilidade do Poder Judiciário.[7][8] Durante a eleição presidencial de 2022, na qual Bolsonaro tentou se reeleger, vários políticos, organizações e membros da sociedade civil mostraram-se preocupados com a possibilidade de um autogolpe ou de uma ação semelhante à invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, que ocorreu em 2021.[9][10][11]
Planejamento
editarEm 2 de janeiro, o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres foi nomeado secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pelo governador reeleito Ibaneis Rocha.[12][13] No dia seguinte, Torres trocou o comando da equipe de inteligência e operações especiais do departamento, incluindo o subsecretário da Subsecretaria de Inteligência George Estefani e o chefe da Polícia Federal Milton Rodrigues. Os que foram exonerados estavam monitorando os protestos e tinham conhecimento sobre terrorismo e experiência em gerenciamento de crises.[14][15] Torres deixou o Brasil na noite de 6 de janeiro para ir à Orlando, chegando na manhã do dia seguinte, horas antes dos ataques, onde Jair Bolsonaro estava desde 30 de dezembro.[16]
Mensagens sobre o planejamento da invasão já circulavam na primeira semana de 2023, com áudios da articulação em grupos de Telegram e WhatsApp obtidos pela imprensa. O material expunha a intenção da organização dos atos em provocar ações violentas por parte da multidão, driblando a atuação policial.[17] Algumas mensagens vazadas convocavam colecionadores de armas e desestimulavam a participação de crianças e idosos.[18] O termo "festa da Selma" foi utilizado para referir aos planos para os ataques em redes sociais como o Twitter. O termo faz alusão a "selva", expressão utilizada pelos militares como saudação.[19][20] Houve também planos para atacar refinarias de petróleo com o objetivo de parar a distribuição de combustível no país, além de torres de energia.[21][22]
O transporte dos participantes foi realizado, em sua maioria, por meio de ônibus fretados, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Alguns desses levaram os bolsonaristas à Brasília de graça ou por um valor abaixo do mercado.[23][24] Segundo um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), 83 pessoas e 13 empresas estiveram envolvidas na contratação de 103 ônibus.[25][26]
- ↑ Bragon, Ranier; Haubert, Mariana (16 de junho de 2015). «Câmara aprova amarra ao TSE e exigência de impressão do voto». Folha de S.Paulo. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ Ramalho, Renan; Oliveira, Mariana (6 de junho de 2018). «Por 8 a 2, STF derruba voto impresso nas eleições de 2018». G1. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ «Bolsonaro diz que provará que houve fraude na eleição de 2018». CNN Brasil. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ «YouTube remove vídeo de Bolsonaro sobre eleição de 2018». Deustche Welle. 15 de abril de 2022. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ «Bolsonaro criticou sistema eleitoral mais de 20 vezes em 2021». Poder360. 25 de dezembro de 2021. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ Peixoto, Sinara. «Linha do tempo: a escalada da tensão entre STF e Bolsonaro em um mês». CNN Brasil. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ «Em vídeo, Bolsonaro orientou ministros a questionar urnas e Judiciário». Agência Brasil. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ «Em vídeo obtido pela PF, Bolsonaro diz a ministros que Brasil viraria 'grande guerrilha' se reagisse depois das eleições». G1. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ Vicente, Nunes (30 de outubro de 2022). «Eleições 2022: mundo enxerga risco de golpe no Brasil». Correio Braziliense. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ Jiménez, Carla (6 de setembro de 2021). «Ex-presidentes e políticos de 26 países fazem alerta sobre insurreição de Bolsonaro». El País. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ Reis, Daniel (29 de julho de 2022). «Carta em defesa da democracia atinge meio milhão de assinaturas». CNN Brasil. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ «Um dia após posse, Ibaneis nomeia ex-ministro Anderson Torres para Secretaria de Segurança do DF». G1. 2 de janeiro de 2023. Consultado em 7 de janeiro de 2024
- ↑ Pol, Ana Maria (2 de janeiro de 2023). «Anderson Torres volta a assumir a pasta de Segurança do DF». Correio Braziliense. Consultado em 7 de janeiro de 2024
- ↑ «Exclusivo: Anderson Torres demitiu equipe que monitorava golpistas no DF». SBT News. Consultado em 7 de janeiro de 2024
- ↑ «Requerimento Administrativo — Requer a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do Senhor Anderson Gustavo Torres, ex-Secretário de Estado de Segurança Pública do DF» (PDF). Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2 de março de 2023. Consultado em 7 de janeiro de 2024
- ↑ «Anderson Torres viajou para Orlando na véspera das invasões». www.metropoles.com. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 7 de janeiro de 2024
- ↑ Múltiplas fontes:
- Isadora Teixeira (8 de janeiro de 2023). «Extremistas falam em invadir Congresso, driblar polícia e dão dicas sobre gás». Metropoles. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- Spagnuolo, Sérgio; Schurig, Sofia (8 de janeiro de 2023). «No Telegram, golpistas falavam de insurreição há uma semana». Núcleo Jornalismo. Consultado em 20 de julho de 2023
- «Mensagens mostram como bolsonaristas articularam ato em Brasília que levou a invasão de STF, Congresso e Planalto». g1. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- ↑ «Convocação para invasão do Congresso acontece desde o dia 5 no WhatsApp». Lupa. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 25 de julho de 2023
- ↑ Fonseca, Bruno; Scofield, Laura (8 de janeiro de 2023). «Bolsonaristas usam código "Festa da Selma" para coordenar invasão em Brasília». Agência Pública. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- ↑ Bokel, Alfredo (27 de abril de 2009). «JN Especial » "Selva!" » Arquivo». G1. Consultado em 20 de julho de 2023
- ↑ «Pesquisador vê aumento 'assustador' de menções a refinarias em grupos bolsonaristas». BBC News Brasil. 10 de janeiro de 2023. Consultado em 25 de julho de 2023
- ↑ «Abin detalha planos de ataques no país além de 8 de janeiro». Estado de Minas. 21 de julho de 2023. Consultado em 22 de julho de 2023. Cópia arquivada em 22 de julho de 2023
- ↑ «Preparação para ato golpista teve mapa online e previu confronto violento». UOL. Consultado em 11 de janeiro de 2023
- ↑ «Empresas de ônibus levaram golpistas a Brasília por preços muito abaixo do mercado». G1. 11 de janeiro de 2023. Consultado em 25 de julho de 2023
- ↑ Galzo, Weslley (21 de julho de 2023). «Abin identificou financiadores de 103 ônibus para atos golpistas do 8 de janeiro; veja nomes». Jornal do Brasil. Consultado em 21 de julho de 2023
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