Veluma

modelo brasileira
(Redirecionado de Vera Lúcia Maria)

Veluma, nome artístico de Vera Lúcia Maria (São Paulo, 13 de junho de 1953),[2] é uma atriz e ex-modelo brasileira.[3] Começou na carreira de modelo em 1970, aos dezessete anos, e foi uma das primeiras negras nas passarelas brasileiras.[4][2] Paralelamente, foi atriz de teatro, cinema e televisão, atuando em várias produções de destaque no país.[4]

Veluma
Nome completo Vera Lúcia Maria[1]
Nascimento 13 de junho de 1953 (70 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Etnia Afro-brasileira[2]
Carreira como modelo
Cor do cabelo negros
Cor dos olhos castanhos

Primeiros anos editar

Veluma nasceu em 1953 no interior de São Paulo. Sua mãe era cozinheira de uma família da alta sociedade paulistana e por isso a futura modelo teria acesso à boa educação e a um cotidiano em ambientes socialmente refinados.[1] Alta e magra, escutava constantemente que tinha porte de manequim.[1] Ela iniciou seus trabalhos de modelo na cidade de São Paulo, mas uma gravidez viria a interromper temporariamente sua carreira.[1]

Carreira editar

Veluma engravida aos dezessete anos e, em virtude do puritanismo de sua família, resolve sair de casa e ir para o Rio de Janeiro.[1] Casualmente, encontra a então também modelo Elke Maravilha e esta a introduz no mundo da moda, tornando-a modelo de Zuzu Angel.[1] Em 1976 sua carreira deslancha e torna-se uma modelo de renome no país, ao lado de nomes como Monique Evans, Sílvia Pfeiffer, Betty Lago, Vicky Schneider, Ísis de Oliveira, Lívia Mund, Dalma Callado.[1]

Veluma foi a primeira modelo brasileira a assumir a beleza do cabelo black power e adereços da cultura afro-brasileira, ainda na década de 1970.[1] Em entrevista, revelou a origem do apelido profissional «Veluma»:

«O ano é 1970, estou com dezessete anos, grávida e solteira. Preciso fugir da minha mãe, de São Paulo, dessa sociedade puritana e careta da época. Aí, chego ao Rio de Janeiro, um lugar maravilhoso, onde posso passar o dia todo de biquíni. E Vera não combina mais comigo, por isso invento o Veluma. O nome soa mais forte, tem mais a ver com minha negritude.»[1]

No teatro atuou em O Homem e o Cavalo (1991) e no cinema contracenou em O Testamento do Senhor Nepomuceno (1997).[2] Na televisão participou de Sem Lenço, sem Documento (1977), Ti Ti Ti (1985), Helena (1987), Sassaricando (1988), Gente Fina (1990) e Caras & Bocas (2009).[2] Participou ainda da produção Gabriela, Cravo e Canela, da TV Tupi, com a direção de Maurício Sherman.

Referências

  1. a b c d e f g h i BIANCO, Giovanni. O Brasil na moda: backstage. [S.l.]: Editora Caras. 1.278 páginas 
  2. a b c d e LOPES, Nei (2004). Diáspora africana. [S.l.]: Selo Negro. 715 páginas. ISBN : 9788587478214 Verifique |isbn= (ajuda) 
  3. Adm. do sítio web (2008). «Filme: Aguenta Coração». Cinemateca Brasileira. Consultado em 10 de julho de 2015 
  4. a b SCHUMACHER, Schuma; e VITAL BRAZIL, Erico (2006). Mulheres negras do Brasil. [S.l.]: Senac. 496 páginas. ISBN : 9788574582252 Verifique |isbn= (ajuda) 

Ligações externas editar

  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.