Versos brancos (ou versos soltos) possuem métrica, mas não utilizam rimas. Não podem ser confundidos com versos livres, que não possuem métrica fixa. Versos brancos são usados desde o século XVI em português, principalmente pelo lusitano Jerónimo Corte-Real. De brasileiros, temos desde o século XVIII como exemplo o poema "O Uraguai" (1769) de Basílio da Gama e no século seguinte os românticos também o empregaram como Álvares de Azevedo e Fagundes Varela.

O verso latino da antiguidade geralmente é de verso branco, por exemplo, as obras de Virgílio.

Um exemplo de Carlos Drummond de Andrade, primeira estrofe do poema "O Elefante":

Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos móveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
é a parte mais feliz
de sua arquitetura. (…)

— Carlos Drummond de Andrade, A Rosa do Povo, 1945[1]














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  1. DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos (2001). A Rosa do Povo. [S.l.]: Editora Record. p. 104. ISBN 8501061360