Walter Bonatti
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Walter Bonatti, conhecido também como Walter Bonatti Askole (Bérgamo, 22 de junho de 1930 – Roma, 13 de setembro de 2011) foi um alpinista, guia de alta montanha, jornalista e fotógrafo italiano.
Walter Bonatti | |
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Nascimento | 22 de junho de 1930 Bérgamo (Itália) |
Morte | 13 de setembro de 2011 (81 anos) Roma |
Cidadania | Itália, Reino de Itália |
Cônjuge | Rossana Podestà |
Ocupação | montanhista, explorador, fotógrafo, guia de alta montanha, escritor, jornalista |
Distinções |
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Causa da morte | cancro do pâncreas |
Depois de uma grande carreira, abandona o alpinismo em 1965 acabando em beleza na face norte do Cervin onde; depois de ter aberto uma nova via, fazendo uma primeira, numa via directa, numa invernal, em solitário...
Começo
editarEm 1948, com 18 anos, convidam-no a fazer uma escalada e essa subida tornou-se uma paixão, pois no ano seguinte já fazia a face oeste de Aiguille Noire de Peuterey, e o ponta Walker nas Grandes Jorasses.
Em 1951, faz uma primeira no maciço do Monte Branco; a face este do Grand Capucin com Luciano Ghigo. Depois dessa ascensão, o grande alpinista francês Gaston Rébuffat dirá que foi "a maior feito conseguido até então numa montanha, uma façanha de que o alpinismo italiano se pode orgulhar".
Em 1953 depois de ter abertos vários itinerários nas Tre Cime di Lavaredo nas Dolomitas obtém o diploma de guia de alta montanha.
K2
editarNesse mesmo ano é seleccionado para participar numa expedição italiana ao K2 (8 611 m) nos Himalaias pelo que é o mais jovem de um conjunto de 11 alpinistas. Infelizmente, depois da expedição é acusado de ter utilizado garrafas de oxigénio que levou até ao campo IX, e que deveriam servir ao assalto final. Bonatti desde logo começou o seu combate para restabelecer a verdade, mas só 50 anos mais tarde é que são dadas provas irrefutáveis da sua versão como nunca tinha usado nenhuma garrafa e o Clube alpino italiano, depois de o ter acusado no início, anuncia finalmente a versão oficial dos feitos.
Alpinista
editarEm Agosto de 1955, passa seis dias no pilar sudoeste das Drus, em solitário, para abrir uma nova via que ficará com o seu nome, a Coluna Bonatti.
Em 1961, Walter Bonatti com Pierre Mazeaud e Roberto Gallieni são os únicos sobreviventes de uma ascensão no maciço do Monte Branco, onde morrem Andrea Oggioni, Pierre Kohlmann, Robert Guillaume e Antoine Vieille, e que ficará conhecida como a tragédia do Pilar central du Frêney.
Não contente com o Clube alpino italiano afasta-se dele aos poucos e acaba. Tentado pelo Cervin, e depois de ter esperado muito tempo por companheiros de cordada que não de decidiam, parte em solitário à conquista da montanha de onde saí passados três dias depois de ter aberto uma nova via, fazendo uma primeira, numa via directa, numa invernal, em solitário...
História
editarNa ocasião da primeira feita por ele, e com Toni Gobbi, ao Grand Pilier d'Angle, afirmou: Ela é sem dúvida a parede mista, rocha-gelo, mais sombria, mais selvagem e a mais perigosa que já observem nos Alpes.[1]
Principais ascensões
editar- 1949 : face noroeste do Piz Badile, face oeste da Aiguille Noire de Peuterey, esporão Walker nas Grandes Jorasses
- 1951 : primeira da face este do Grand Capucin
- 1953 : primeira invernal da face norte da Cima Ovest di Lavaredo, segunda da Cima Grande di Lavaredo, com Carlo Mauri
- 1954 : participação à expedição italiana vitoriosa do K2 onde ficou abandonado de noite a 8 000 m
- 1955 : primeira em solitário, du pilar sudoeste Bonatti no Petit Dru
- 1956 : travessia integral dos Alpes a esqui, e invernal da Brenva, na vertente italiana do Monte Branco
- 1957 : primeira do esporão nordeste do Grand Pilier d'Angle, na vertente italiana do Monte Branco
- 1958 : Gasherbrum IV acpm Carlo Mauri
- 1959 : primeira do pilier Rouge du Brouillard, na vertente italiana do Monte Branco
- 1961 : primeira do Nevado Rondoy nordte na Cordilheira dos Andes
- 1961 : tentativa do pilar central do Frêney, na vertente italiana do Monte Branco, que se termina com a trágica morte de Oggioni, Gallieni e a equipa de Mazeaud
- 1962 : primeira no funil do pilier d'Angle, na vertente italiana do Monte Branco
- 1963 : primeira invernal no esporão Walker das Grandes Jorasses
- 1965 : abertura no Cervin de uma nova via, fazendo uma primeira, numa via directa, numa invernal, em solitário, para finalizar a sua carreira de alpinista
Livros
editar(segundo a versão francesa)
- Hautes terres, éditions Guérin, collection Beaux Livres, 2006 (ISBN 2352210046). Recueil de photos.
- K2, la vérité, éditions Guérin, collection Terra Nova, 2004 (ISBN 2911755758)
- Montagnes d'une vie, éditions Guérin, collection Texte & Images, 2001 (ISBN 2911755456)
- Autobiographie sur sa vie d'alpiniste Arthaud, Paris, 1997 (ISBN 2-7003-1144-2)
- L'affaire du K2, éditions Guérin, collection Terra Nova, 2001 (ISBN 2911755464)
- En terre lointaine, Arthaud, 1999 (ISBN 2700312309)
- Un modo di essere, Dal'Oglio, 1989, esgotado
- La Patagonie, Denoël, 1986, esgotado
- Adieu Amazonie, Denoël, 1986, esgotado
- Processo al K2, Baldini, 1985, esgotado
- La Magie du Mont-Blanc, Denoël, 1984 (ISBN 2207230767)
- I Giorni Grandi, Arnoldo Mondadori Editore, Verona, 1971
- A mes montagnes, Arthaud, 1962, esgotado
Referências
- ↑ «C2C: Grand Pilier d'Angle» (em francês). Consultado em 1 de março de 2013
- «Pilier Bonatti» (em francês)
- «La preuve par le masque». Arquivado do original em 29 de setembro de 2007