Wikipédia:Artigos bons/arquivo/Xadrez e religião
O xadrez e a religião possuem uma longa relação na qual o primeiro sofreu influências em vários momentos de sua história. Em diversas ocasiões, a prática do xadrez foi proibida pelos sacerdotes do islamismo, catolicismo, judaísmo e protestantismo sob a justificativa de que o xadrez era um jogo de azar e que atrapalhava a prática da religião em alguns aspectos. Inicialmente sob domínio islâmico, a primeira alteração significativa do jogo foi a retirada dos dados para movimento das peças que eram utilizadas nos precursores do xadrez como o chaturanga. A abstração do desenho das peças de xadrez por figuras estilizadas também ocorreu sob domínio islâmico, embora não tenha sido amplamente praticada. Lentamente, a prática do xadrez foi permitida pelo clero e já no século XIII foram escritas as primeiras moralidades, utilizando o xadrez como metáfora para o ensino de ética e moral.
Na Idade Média, a forte presença da igreja influenciou a substituição da peça não ortodoxa Fil - de pouco significado para os europeus - pelo Bispo, de modo que retratar melhor a importância da igreja na época. A ampliação dos poderes da Rainha coincidiu com o desenvolvimento da Mariologia e a atitudes em relação às mulheres. Países católicos como Espanha, Itália e França optaram por utilizar os vernáculos associados a Nossa Senhora enquanto que os países protestantes como Alemanha e Inglaterra optaram pelo termo secular Rainha. As regras de promoção do peão à Dama também foram reguladas pela Igreja católica, de modo a impedir a presença de duas damas sobre o tabuleiro uma vez que contraria a doutrina da fé católica. (ler mais)