Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Pintura do Rococó

Jean-Honoré Fragonard: O balanço, 1766.
Jean-Honoré Fragonard: O balanço, 1766.

A pintura do Rococó divide-se em dois campos nitidamente diferenciados. Por um lado é um documento visual intimista e despreocupado do modo de vida e da visão de mundo das elites europeias do século XVIII, mas adaptado à decoração monumental de igrejas e palácios serviu também como meio de glorificação da fé e do poder civil. O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 1700, como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado no período de Luís XIV. Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra.

Da França, onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o estilo Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, sendo então adotado na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália, e com alguma representação também em outros locais, como Portugal, Espanha, os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo aos Estados Unidos da América e, com maior impacto, ao Brasil. Apesar de seu valor como obra de arte autônoma, a pintura rococó era concebida muitas vezes como parte integrante de uma concepção global de decoração de interiores. (leia mais...)