Wikipédia Discussão:Corrida às armas wikipédica

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"a existência de usuários que só fazem actos administrativos com um mínimo de edições "positivas" é, sinceramente, dispensável." - Isto é das coisas mais absurdas, e até insultuosas para quem faz manutenção, que tenho visto por aqui. Havia de ser bonito, fazer uma obra sem assegurar a sua manutenção regular, e ainda chamar dispensável quem se interessa por essa manutenção. Na verdade, um dos problemas mais chatos na construção de artigos são os usuários que wikificam, fundamentam, ou de outro modo "melhoram" conteúdo sem olhar o histórico do artigo, inadvertidamente disfarçando VDAs e vandalismos que de outro modo seriam fáceis de detectar e retirar. O destino de qualquer artigo que cresce sem manutenção é tornar-se num pastiche medonho, uma aberração.--- Darwin Ahoy! 20h55min de 27 de fevereiro de 2011 (UTC)Responder

Um bocado tarde, mas o que o ensaio diz não é que manutenção não é necessária, mas que é preferível que os usuários que fazem manutenção também aumentem a informação dos artigos. Reparo no entanto que discordando da frase, concordas que há "manutenções" que fazem mais mal que bem. E repara que considero que edições que melhoram os artigo por reorganizarem ou reescreverem artigo, como efectivamente melhorar os artigos, apesar de se poder considerar edições de manutenção. GoEThe (discussão) 13h42min de 31 de maio de 2012 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Wikipédia:Esplanada/propostas/Alterar a configuração do CAPTCHA (26out2012) Citação: Wikipédia:Corrida às armas wikipédica escreveu: «(...) a existência de usuários que só fazem actos administrativos com um mínimo de edições "positivas" é, sinceramente, dispensável.» - Essa frase é uma das mais infelizes que já vi num ensaio. Se tivesse que citar um projeto que *não* pode dispensar *qualquer* editor que queira colaborar de *qualquer* forma, citaria a pt.wiki. "Dispensar"... que termo infeliz e arrogante usado pra se referir à colaboração de uma pessoa que tira parte do seu tempo pra ajudar a Wikipédia em troca de nada. O irônico é que nós precisamos (e muito) de editores que ajudem na administração. Não importa se eles vão colaborar com conteúdo; qualquer ajuda é bem-vinda. Essa frase tira qualquer chance de levar a sério esse ensaio.
Quando o Steven esteve aqui no Brasil, ele falou algo muito legal que posso tentar resumir. Não importa qual nem a quantidade de trabalho que faça na Wikipédia, devemos ser gratos aos que colaboram com ela. Não importa se criou apenas um artigo e nunca mais pretende editar. Não tem problema; somos gratos pelo que fez, porque é da soma do esforço de cada um que conseguimos construir algo grande. Mais ou menos com base no que ele falou, misturei ideias minhas e criei "Usuário:Teles/A Wikipédia agradece". A Wikipédia jamais dispensa qualquer pessoa que queira contribuir e essa frase é uma agressão ao espírito colaborativo wiki.‴ Teles«msg» 02h49min de 1 de novembro de 2012 (UTC)Responder

Opinião sua, tão válida ou inválida como a de quem escreveu o outro ensaio (o Goethe). Qualquer interpretação literal e/ou retirada do contexto é perigosa porque muitas vezes vai no sentido contrário das ideias subjacentes que o autor pretendeu transmitir. Sem ter ouvido o Stephen nem saber exatamente o que pensa o Goethe (apesar de suspeitar, porque conheço as opiniões dele, por sinal bastante inclusionistas), parece-me que é o que está a ser feito nesse manifesto mainqueísta aqui em cima.
O lema "não importa como contribui", além de muito bonito, é certamente muito importante, no sentido de deixar claro que se deve evitar a todo o custo qualquer tipo de elitismo ou de espírito de corpo negativo que feche a comunidade a novos editores ou a editores que dediquem menos tempo ao projeto ou que sejam menos perfecionistas. Mas interpretá-lo literalmente é duma ingenuidade lírica atroz, que pode ser (e é, todos os dias) usada abusivamente para sabotar qualquer tentativa de tentar elevar a qualidade um pouco mais decidida (e por isso potencialmente mais eficaz). É demasiado comum as pessoas esquecerem-se ou ignorarem que uma das causas mais frequentes para a decadência de qualquer comunidade ou projeto é uma defesa intransigente de certas conceções, que podem até ter sido muito importantes e úteis no passado, mas que ninguém garante que sejam as mais adequadas ao presente ou que não "bloqueiem" o futuro.
Há que distinguir entre edições que realmente trazem alguma mais valia (e pode ser apenas a correção de um par de erros ortográficos) e outras como colocar no artigo do Santo X que é festejado em meio mundo um parágrafo ou uma frase mal escrita sobre as festas do santo em Couvais de Baixo (e este pode nem ser o melhor/pior exemplo). Este último caso possivelmente vai fazer perder mais tempo a outros editores do que ao editor fortuito e dum ponto de vista de eficácia ou "rentabilidade" a contribuição deste foi negativa, mesmo que o que pretendia inserir acabe por ficar no artigo porque quem ajeitou a edição quis ser "inclusionista", com muita benevolência e ignorando completamente quaisquer critérios editoriais básicos. Foi negativa porque o tempo que quem corrigiu poderia ter sido gasto numa edição que trouxesse mais valia real aquele ou a outro artigo qualquer.
Se ninguém criticar hábitos de edições trapalhonas e estupidamente incompletas (e por aqui isso é quase um sacrilégio) nunca se irá criar um ambiente em que a qualidade seja vista como algo que deve ser valorizado. Não estou a falar em exigir que se saiba formatar ou massacrar um novato por cometer pequenos erros de redação, nem em expulsar os editores trapalhões, mas fazer de conta que eles são tão necessários para o projeto como os restantes é meio caminho andado para que a bandalheira aumente ainda mais. A imitação do que se vê os outros fazer é uma componente importantíssima em qualquer processo de adaptação dum recém-chegado a uma comunidade. Se se vê complacência geral com trapalhada, para quê ter um trabalhão em "armar-se" em melhor do que os outros esforçando-se por, não só contribuir, mas contribuir com qualidade?
Mas voltando ao trecho «...a existência de usuários que só fazem actos administrativos...», a interpretação (não literal, claro) que faço dele é que é muito negativo que haja gente que se especializa demasiado em apenas tarefas administrativas, pois facilmente perde o contacto, ou pelo menos a sensibilidade para a realidade em que se vive no "mundo da edição". Nunca me pus a investigar se o admin X ou Y edita pouco ou muito, mas faz-me imensa confusão como é que por vezes se vêm editores que aparentemente só "combatem vandalismo" ou (como é ainda mais, muito comum) constatar quão pouco editam certos habitués em discussões que, de forma consciente ou inconsciente, debitam grandes tiradas moralistas sobre o "espírito wiki" ou "os princípios do projeto", para cúmulo muitas vezes com interpretações muito sui generis certas políticas, ora literais ora muito latas, conforme o que querem provar.
Não sei se nós precisamos assim tanto de "editores que ajudem na administração". Ou melhor, é certo que precisamos, mas será que precisaríamos se tivéssemos mais e principalmente melhores editores? ou se tivéssemos menos maus "editores" (as aspas são porque muitos desses mais editores nem editores são, pois praticamente não editam), quando alguns deles são os que fazem com que potenciais admins não se interessem em tentar sê-lo? --Stegop (discussão) 04h30min de 1 de novembro de 2012 (UTC)Responder
Então me diga qual o usuário "dispensável" que só faz ação administrativa. Diga como nos beneficiaremos ao "dispensá-lo". Me diz também qual o outro sentido mais maduro que podemos tirar da palavra "dispensável"; pode trazer outros trechos do texto pra mostrar que há um sentido diferente do mostrado da palavra "dispensável". Se o ensaio quer dizer qualquer outra coisa, deveria usar outra palavra, pois "dispensável" quer dizer "dispensável".
E é claro que é minha opinião quanto a esse ponto específico; não quero fazer parecer que ninguém aqui quer mal ao projeto. Nem você, nem o Goethe. O fato é que enquanto precisamos muito de quem atue na área, há quem diga que isso é dispensável. Entre não fazer nada e apenas ajudar na parte administrativa, o que preferimos? Por mim, poderia haver um usuário que fosse uma cópia do Salebot e apenas revertesse e avisasse. Ele estaria ajudando e quero ver quem é o usuário que diria ser mais importante que ele para o projeto. Somos voluntários e cada um contribui da forma que quiser. Quem somos nós pra dispensar outra pessoa?
Se alguém assume um comportamento errado que atribui ser consequência de estar ligado à administração, o problema está nesse tal suposto comportamento. Faz parte da área administrativa se comportar adequadamente e se alguns não o fazem eles estão fazendo qualquer coisa menos ato administrativo.
Sem exagero (acredite), se está escrevendo aqui agora sem um vândalo ter revertido, sem um robô spammer ter branqueado toda página pra inserir um link, agradeça a diversos usuários que só atuam na área administrativa e você nem conhece. Eles bloquearam alguma faixa de IP, travaram milhares (é... milhares) de contas, criaram algum filtro, mudaram uma página do Mediawiki, ajustaram o Huggle ou outras ferramentas de antivandalismo e outras tantas atividades que eu nem conheço, como as feitas pelos desenvolvedores... mas há quem os ache dispensáveis.‴ Teles«msg» 06h17min de 1 de novembro de 2012 (UTC)Responder
Com a vossa autorização gostaria de passar esta secção para a discussão do ensaio, de modo a não desvirtuar o tema da página corrente e centralizar discussões sobre o ensaio. GoEThe (discussão) 12h28min de 1 de novembro de 2012 (UTC)Responder
Por mim, tá tudo ok. Na verdade, eu prefiro que seja compactado, pois o receio em alterar o captcha tem como principal argumento a falta de usuários envolvidos no combate a vandalismo, que é do que se trata o meu comentário.‴ Teles«msg» 06h09min de 2 de novembro de 2012 (UTC)Responder
Concordo que seja movido. --Stegop (discussão) 13h47min de 2 de novembro de 2012 (UTC)Responder

O texto acima foi movido de: Wikipédia:Esplanada/propostas/Alterar a configuração do CAPTCHA (26out2012)

Citação: Teles escreveu: «Então me diga qual o usuário "dispensável" que só faz ação administrativa» Como já disse, entendo que o trecho não seja para ser interpretado literalmente, pelo que não tenho resposta para a sua pergunta. Por sinal até me seria mais fácil apontar exemplos de admins "indispensáveis" dos quais não conheço muito trabalho editorial (você é um deles), mas isso não invalida que continue a achar essa espécie de alerta que está no ensaio. --Stegop (discussão) 15h14min de 2 de novembro de 2012 (UTC)Responder

Vou tentar explicar o meu estado de espírito e a intenção deste ensaio na altura em que o escrevi, da melhor maneira possível. Já vão uns anitos, por isso a fiabilidade do relato é para ser tomada com um grão de sal. Como podem ver acima, não são os primeiros a questionar essa frase, e lembro inclusive o Whooligan D​ C​ E​ F ter-me questionado anteriormente sobre o mesmo, por isso admito que o texto não está claro. Também admito que o ensaio foi escrito de modo a provocar uma reacção, e nunca foi escrito para se tornar uma recomendação ou política. Dito isto, o ensaio foi escrito principalmente por ter observado duas coisas: 1) que havia editores a concorrer a administração sem nunca terem criado ou editado significativamente nenhum artigo. Ora, como é que alguém se dispõe a avaliar se um artigo deve ou não ser eliminado sem nunca ter pelo trabalho que é criar um artigo de raiz; 2) que artigos curtos ou de pior qualidade sofriam mais vandalismo do que artigos mais bem desenvolvidos. Ora, então pensei que a melhor estratégia a dar prioridade seria não o reforçar do controlo de vandalismo colocando mais pessoas apenas nessa tarefa, mas reforçar o grupo de editores que escrevem artigos de qualidade. Isso colocaria o projecto um passo à frente dos vândalos em vez de estarmos sempre atrás deles, perdendo tempo que poderíamos estar a usar para escrever artigos. Em evolução seria equivalente a uma pressão selectiva (en:Selective pressure), traçando um paralelo com uma corrida armamentista evolutiva. Neste momento (na altura), os vândalos exercem pressão sobre o ecossistema de modo a favorecer a existência de pessoas dedicadas exclusivamente ao combate ao vandalismo, criando uma espiral degenerativa (posso explicar melhor os passos que levam à degeneração). A tese é que ao dedicarmos mais recursos ao aumento da qualidade, estaremos também a combater o vandalismo, porque é mais improvável que alguém vandalize uma casa limpa do que uma casa a cair. Por esta lógica (que pode estar errada) e tendo a alocação de recursos como proponho, é dispensável de facto termos pessoas exclusivamente dedicadas a fazer tarefas de manutenção, o que não quer dizer que não agradeça a quem o faça nem que o queira proibir. GoEThe (discussão) 15h18min de 2 de novembro de 2012 (UTC)Responder

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