Win van Dijk (Westmaas, Holanda, 1° de junho de 1905[1]Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1990[1]) foi um pintor e desenhista holandês, naturalizado brasileiro.

Win van Dijk
Nome completo Willem Leendert van Dijk
Nascimento 1 de junho de 1905
Westmaas, Holanda  Países Baixos
Morte 27 de novembro de 1990 (85 anos)
Petrópolis, RJ  Brasil
Nacionalidade neerlandês Países Baixos
brasileiro Brasil
Ocupação Pintor

Carreira e biografia editar

Na Holanda, estuda arte e teologia na Academia de Belas Artes e Universidade de Leiden[1], em 1935 viaja ao exterior, para ampliar seus conhecimentos, passa por França, Grécia e Itália[1]. Sua produção se relaciona ao tema paisagem[2].

Lutou durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial na resistência holandesa aos nazistas, onde, no campo de batalha, acaba por perder as duas pernas[1]. Terminada a Guerra, viaja ao Brasil em 1947, na condição de 1º Adido Cultural nomeado pela Rainha Guilhermina[1]. No Rio de Janeiro expôs suas obras sobre paisagem holandesa (com moinhos, bascos e canais) no 9° andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)[3].

Em 1948 fixa-se na cidade de Petrópolis, onde passa a produzir com regularidade até falecer.[2]. Com a cidade ele estabelece laços de afetividade e declararia que Petrópolis é como um ninho, para onde sempre retorna[4]. Ainda em 1948, Carlos Torres Pastorino publica biografia sobre Win van Dijk, intitulada L'Homme, Le Peintre, L'Oeuvre (O homem, o pintor, o trabalho)[1].

Em 1951 ganha notoriedade e reconhecimento no Brasil; obtêm a medalha de ouro no Salão dos Artistas Nacionais e, em 1952, medalha de prata no Salão dos Artistas Brasileiros[1]. Ainda expões seus trabalhos nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França, Dinamarca, Argentina e Japão[1].

Durante as comemorações do centenário da criação da cidade de Petrópolis, em 1958, a prefeitura local encomendou ao artista um álbum de desenhos que retratassem as paisagens da cidade, que torna-se um marco na iconografia sobre a cidade[2]. já em 1959 realiza uma exposição de quadros sobre as paisagens de Petrópolis no Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro[5].. Em 1960, publica o livro de poemas Convite à Exposição[1].

Em 1966 a tela Jangadeiros em Ação é adquirida pela "Harwick Collection" (Estados Unidos) para o seu acervo[1]. O Museu Nacional do Hermitage, de São Petersburgo (Rússia) também adquire obra de Win van Dijk para seu acervo.[carece de fontes?]

Em 1968, o então governador do estado do Rio de Janeiro, Geremias Fontes, oferece obras de Win van Dijk: ao presidente brasileiro Costa e Silva o quadro Rio Piabanha - Petrópolis e a tela Petrópolis em Flor à Rainha Elisabeth II, que estava em visita oficial ao Brasil[1].

Em 1971 torna-se membro da Academia Petropolitana de Letras. Recebeu o título de 'Cidadão Honorário da cidade de Petrópolis.[carece de fontes?]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l WIN van Dijk. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1348/win-van-dijk>. Acesso em: 29 de Jun. 2019. Verbete da Enciclopédia.ISBN: 978-85-7979-060-7
  2. a b c ALMENDRA, Ludmila Vargas (2012). Petrópolis desenhada: Patrimônio Cultural e topofilia na poética Win van Dijk. IN.: Turismo entre diálogos: interpretações sobre gestão, política, cultura e sociedade. SANTANA, Nara Maria Carlos de (Org.). Rio de Janeiro: Editora E-papers. p. 140-152. ISBN 9788576503477 
  3. «Uma Notável Mostra de Arte». Jornal do Brasil (Edição n°273): p.8. 20 de novembro de 1947 
  4. ‘Entrevista:Win van Dijk’. Jornal de Petrópois, 27 de setembro de 1987.
  5. Décio Avelar Palma (1 de novembro de 1959). «Informes de Petrópolis». Jornal do Brasil (Edição n°256): p.6