O Xadrez de Alice é uma variante do xadrez criada pelo problemista britânico Vernon Rylands Parton em 1954, baseado no livro de Lewis Carroll Through the Looking-Glass, and What Alice Found There (Alice no país do espelho no Brasil e Alice através do espelho em Portugal).[1]

Ilustração de Alice atravessando o espelho

Normalmente são empregados dois tabuleiros para a prática do jogo, entretanto como nenhuma casa pode permanecer ocupada nos dois tabuleiros, podem ser utilizadas peças do jogo de damas sobre as peças de xadrez para indicar que estas estão no tabuleiro B. O mesmo efeito pode ser atingido em jogos pelo computador onde as peças invertidas verticalmente indica sua posição no tabuleiro B.[2]

Regras editar

Todas as peças se movem de acordo com as leis do xadrez. Na posição inicial, as peças ficam dispostas no tabuleiro A enquanto o B permanece vazio. Cada vez que uma peça é movida, esta atravessa o espelho para o outro tabuleiro sendo colocada na casa correspondente ao movimento no tabuleiro A.[1]

Os movimentos só podem ser executados se forem legais no tabuleiro onde a peça está disposta e a casa correspondente ao movimento no tabuleiro B estiver vazia. Portanto, as peças podem capturar somente no tabuleiro onde estão, entretanto são imediatamente atravessadas após o movimento de captura.[1][2]

Variações editar

abcdefgh
88
77
66
55
44
33
22
11
abcdefgh
Versão menor da variante

O jogo pode ser praticado com pequenas modificações como ausência do roque e captura en passant.[1] Outras variantes como o Raumschach e o Xadrez Grande também podem ser jogados de modo semelhante ao xadrez de Alice.[2] No artigo original Parton sugeriu uma variante numa versão menor que podia ser jogada somente em um tabuleiro. Outras variantes incluem um terceiro tabuleiro C, podendo o jogador escolher para qual tabuleiro a peça seria movida através do espelho, ou seja, de A para B ou C, de B para C ou A, de C para A ou B. Em uma variante chamada Xadrez de Alice 2 as peças brancas iniciam o jogo em um tabuleiro e as pretas no outro.[2]

Referências

  1. a b c d Hooper 1992, p.12
  2. a b c d «Regras do jogo» (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2010 

Bibliografia editar

Ligações externas editar