Charles Bickford (Cambridge, Massachusetts, 1 de Janeiro de 1891Los Angeles, Califórnia, 9 de Novembro de 1967) foi um ator norte-americano.

Charles Bickford
Charles Bickford
Charles Bickford no trailer de Belinda, 1948
Nome completo Charles Ambrose Bickford
Nascimento 1 de janeiro de 1891
Cambridge, Massachusetts
Nacionalidade Estados Unidos Norte-americana
Morte 9 de novembro de 1967 (76 anos)
Los Angeles, Califórnia
Ocupação Ator
Cônjuge Beatrice Loring (1919-1967)

Vida e carreira editar

Filho de um importador de café, o quinto entre sete irmãos, Bickford nasceu no primeiro minuto de 1891. De natureza independente, optou por uma vida nômade após diplomar-se em engenharia civil pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, tendo cruzado seu país de norte a sul, ganhando a vida como lenhador, exterminador de insetos, pugilista e vendedor ambulante.

A Primeira Guerra Mundial interrompeu sua carreira de ator, iniciada em 1913, quando juntou-se a uma companhia de vaudeville. No entanto, subiu aos palcos de Nova Iorque em 1919, tornando-se logo uma das grandes figuras da Broadway. Com a chegada do cinema sonoro, era no teatro que Hollywood procurava novos talentos. Assim, em 1929, foi convencido pelo diretor Cecil B. DeMille a estrelar Dinamite (Dynamite) na MGM, sua estreia nas telas. Em seguida, causou sensação ao coestrelar Anna Christie (Anna Christie, 1929) com Greta Garbo. Contudo, sua associação com a Metro pouco durou, pois vivia em constantes atritos com Louis B. Mayer, o chefe do estúdio. Trabalhou vários anos como ator independente, até assinar com a 20th Century-Fox; porém, foi ferido por um leão enquanto filmava Numa Ilha de Java (East of Java, 1935). Com isso, perdeu o contrato e também os papéis principais, mesmo porque sua idade já não ajudava.

Bickford, então, continuou a carreira como ator (coadjuvante/secundário), um dos mais requisitados e respeitados pelos estúdios. Os diferentes tipos que encarnou, ora vilão, ora pai enérgico, capitão de navio, autoridade ou homem de negócios, valeram-lhe três indicações para o Oscar: primeiro por A Canção de Bernadette (The Song of Bernadette, 1943), depois por 'The Farmer's Daughter (1947) e Belinda (Johnny Belinda, 1948). Outras participações brilhantes podem ser vistas nos westerns Duelo ao Sol (Duel in the Sun, 1946) e Da Terra Nascem os Homens (The Big Country, 1958), ambos estrelados por Gregory Peck, e no drama musical Nasce uma Estrela (A Star Is Born, 1954), estrelado por Judy Garland.

Apesar do gênio difícil, o intratável Bickford encontrou trabalho até o fim da vida, geralmente em produções de prestígio. Atuou também na televisão, e é pelo papel de proprietário do rancho Shiloh, que fez em 37 episódios da aclamada série O Homem de Virgínia (The Virginian), entre 1962 e 1967, que ele é mais lembrado nesse veículo.

Acometido de uma infecção sanguínea, Bickford faleceu em Los Angeles, aos 76 anos. Casou-se uma única vez, para a vida inteira, com a também atriz Beatrice Loring, que lhe deu dois filhos, Rex e Doris. Dois anos antes, em 1965, lançara sua autobiografia intitulada "Bulls, Balls, Bicycles and Actors".[1] Encontra-se sepultado no Cemitério de Woodlawn, Santa Mônica, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.[2]

Filmografia editar

Todos os títulos em português referem-se a exibições no Brasil. Estão listados somente os filmes feitos para o cinema.

Referências

  1. Unonius, Kristian Erik (2004). «Charles Bickford, O Primeiro Rebelde». edição de autor. Matinê (35) 
  2. Charles Bickford (em inglês) no Find a Grave
  3. «Rosa dos Mares do Sul». Cinearte. Rio de Janeiro. 2 de julho de 1930. p. 14-5. Consultado em 21 de outubro de 2019 

Ligações externas editar

 
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