Álvaro Pires de Távora

nobre português
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Álvaro Pires de Távora, importante fidalgo de Trás-os-Montes,[1] 2º senhor de Mogadouro, alcaide de Miranda do Douro,[2] Mirandela[3] e de Alfândega da Fé,[1] foi reposteiro-mor de D. João I, D. Duarte e D. Afonso V, de quem recebeu inúmeras mercês.[4]

Álvaro Pires de Távora
Cidadania Reino de Portugal
Filho(a)(s) Isabel da Guerra
Ocupação terratenente

Biografia editar

El-rei D. Duarte, em 20 de Novembro de 1433, doou a D. Álvaro as terras de Mogadouro, Mirandela e de Alfândega.[2]

Após a morte do monarca, toma partido da viúva Leonor de Aragão, Rainha de Portugal contra a oposição do seu cunhado D. Pedro, Duque de Coimbra.[2]

Com a pacificação do reino, viu-se encarregado pelo Conde de Barcelos, depois de prévio acordo entre ele e o regente, de ir ter com a rainha a Madrigal para estabelecer as pazes mas que, nessa altura, foi um acto fracassado por ressentimento dela.[2]

Por ordem de D. Afonso V, em 1449/50, recebeu na sua casa Afonso Pimentel, duque de Benavente, quando este se refugiou no Reino de Portugal.[3]

Combateu à frente dos seus homens na Batalha de Alfarrobeira ao lado das forças reais de D. Afonso V, que por essa ajuda lhe ofereceu os bens expropriados do seu cunhado D. Álvaro Vaz de Almada, entretanto morto nessa liça no lado contrário.[5] Nessa altura, deixa de residir em Trás os Montes e passa a viver na zona de Lisboa (onde essas propriedades tinham lugar).[5][6]

Ao serviço da Coroa, em 1453, serviu na praça de Ceuta.[7]

Em 1457 comprou a Rui Gonçalves Alcoforado, cavaleiro e criado do Conde de Ourém, a vila e o castelo de Penarroias.[7]

Encontra-se sepultado no Mosteiro de São Pedro das Águias,[4] em Távora.

Dados genealógicos editar

Cunhado de Martim Afonso de Sousa, fidalgo da casa do Conde de Barcelos, por ser casado com sua irmã Violante Lopes de Távora.

Ambos filhos de Pedro Lourenço de Távora, reposteiro-mor de D. João I e de D. Brites Esteves, filha de João Esteves de Azambuja, privado de El-Rei D. Pedro I e alcaide-mor de Lisboa.[8]

Casado 1ª vez com D. Leonor da Cunha,[9] confirmado por D. João I em 18 de Junho de 1432,[7] filha de Álvaro da Cunha, senhor de Pombeiro e de D. Brites de Melo, filha de Martim Afonso de Melo, 5.º senhor de Melo.

Com descendência em:

Casado 2.ª vez com D. Inês da Guerra, filha de D. Pedro da Guerra (filho do Infante D. João e neto do rei D. Pedro I de Portugal)[11] e de Teresa Anes Andeiro, filha de João Fernandes Andeiro, 2.° Conde de Ourém.

Com descendência em:

Referências

  1. a b Estratégias Senhoriais na Regência do Infante D. Pedro, Mafalda Soares da Cunha, Estudos Medievais Centro de Estudos Humanísticos, Secretaria de Estado da Cultura, Delegação Regional do Porto Norte, 1988, pág. 287
  2. a b c d A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral, Vol. II, pág. 980
  3. a b c Condes de Caminha (Conspiração contra D. João II ?), Cristóvão Colombo, português ?, por Carlos Fontes, Filorbis
  4. a b Condes de Caminha (Conspiração contra D. João II ?), Cristóvão Colombo, português ?, por Carlos Fontes, Filorbis, in Braancamp Freire - Brasões da Sala de Sintra, liv. 1., pp.192-96; liv.3, p. 80
  5. a b A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral, Vol. II, pág. 981
  6. O chamado Morgado da Caparica (fundado por Vasco Lourenço de Almada, em 1382), constituído por uma grande quinta, pinhais e várias terras neste lugar - Da costa, por Luísa Costa Gomes, Fundação Francisco Manuel Dos Santos, 08/05/2018
  7. a b c d e A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral, Vol. II, pág. 982
  8. A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral, Vol. II, pág. 979
  9. Eram suas irmãs: D. Isabel da Cunha que foi a 1.ª mulher de D. Álvaro Vasques de Almada, conde de Avranches, e D. Filipa da Cunha casada com Leonel de Lima, o 1.º visconde de Vila Nova de Cerveira.
  10. Vivia já em Sevilha antes de 1483 (14). Foi ele que a 1/7/1478, entregou no cabido de Sevilha, a carta que anunciava o nascimento do príncipe Juan. O cardeal Mendonza, em 1493, fez-lhe mercê de casas em Sevilha, na colación de Santa Maria. Está sepultado no convento de S. Francisco del Monte (cantillana. - Condes de Caminha (Conspiração contra D. João II ?), Cristóvão Colombo, português ?, por Carlos Fontes, Filorbis
  11. a b c A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e Significado Histórico, por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral, Vol. II, pág. 983