110 metros com barreiras

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110 metros com barreiras é uma prova olímpica de atletismo disputada apenas por homens. Seu equivalente feminino são os 100 metros com barreiras. Disputada como competição individual, também integra o decatlo como uma de suas modalidades.

110 metros com barreiras
110 metros com barreiras
Olímpico desde 1912 H / 1928 S
Desporto Atletismo
Praticado por Homens
Campeões Olímpicos
Paris 2024
Masculino Grant Holloway
 Estados Unidos
Campeões Mundiais
Budapeste 2023
Masculino Grant Holloway
 Estados Unidos
Recorde Mundial
Masculino Aries Merritt – 12.80 (2012, Bruxelas)

A prova é disputada numa reta onde raias de corrida estão demarcadas. A largada é feita a partir de blocos de partida no chão da pista, como as demais provas de velocidade do programa olímpico. Nos seus 110 metros de extensão são dispostas 10 barreiras; a primeira surge 13,72 m depois da linha de partida, as seguintes têm 9,14 metros de intervalo entre si e depois da última barreira há um percurso livre de 14,02 m até à linha da meta. As barreiras têm 1,067 m de altura cada e são colocadas de modo a que caiam para a frente, caso sejam tocadas pelo corredor. O toque ou mesmo a derrubada de barreiras não é motivo de desqualificação já que, geralmente, afeta de forma negativa o tempo obtido pelo competidor. O atleta pode ser desclassificado caso invada a raia de outro atleta ou tenha um tempo de reação ao sinal de largada inferior a 0.1s, considerado uma largada falsa.[1]

O atual campeão olímpico é o norte-americano Grant Holloway e o recordista mundial é o também norte-americano Aries Merritt.[2] Alguns dos grandes nomes na história dela são Alvin Kraenzlein, que criou a técnica moderna de dar passadas sobre a barreira ao invés de simplesmente pulá-la e de dar três passos entre cada uma delas,[3] Roger Kingdom, Allen Johnson e Renaldo Nehemiah, o primeiro homem a correr a prova em menos de 13s e que nunca pode competir em Jogos Olímpicos por causa do boicote dos Estados Unidos à Moscou 1980, época de sua primazia no esporte.[4]

História

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A história dos 100 m com barreiras remonta à Inglaterra dos anos 1830, quando corridas na distância de 100 jardas eram disputadas sobre barreiras de madeira. Os alunos de Oxford e Cambridge desenvolveram o evento, alongando a distância para 120 jardas (109.7m). Em 1888, a distância foi novamente alongada usando o sistema métrico, para 110 metros, pelos franceses e assim se estabeleceu.[1] Nestes primeiros tempos, as barreiras eram muito mais sólidas e duras que as atuais – bater numa delas poderia significar uma séria lesão – e a técnica para transpô-las, primitiva; os saltos eram feitos com os corredores encolhendo e juntando as pernas sob seus corpos.[3]

Mesmo com a introdução posterior de barreiras mais leves, o atleta que tocasse em três barreiras durante a corrida era desclassificado, regra que só mudou a partir de 1935, com a introdução das barreiras em "L", que caem para frente ao toque. "Caminhar" sobre as barreiras se tornou então a técnica mais comum e com o advento conjunto das pistas de atletismo sintéticas a partir dos anos 60, os recordes começaram a cair.[3]

Recordes

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De acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[5]

Recorde Tempo Atleta País Data Local
  12.80 Aries Merritt   7 setembro 2012 Bruxelas
  12.91 Liu Xiang   27 agosto 2004 Atenas 2004

Melhores marcas mundiais

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As marcas abaixo são de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[6]

Posição Tempo Atleta País Data Local
1 12.80 Aries Merritt   7 setembro 2012 Bruxelas
2 12.81 Grant Holloway   26 junho 2021 Eugene
3 12.84 Devon Allen   12 junho 2022 Nova York
4 12.86 Grant Holloway   28 junho 2024 Eugene
5 12.87 Dayron Robles   12 junho 2008 Ostrava
6 12.88 Liu Xiang   11 junho 2006 Lausanne
12.88 Dayron Robles   18 julho 2008 Paris
8 12.89 David Oliver   16 julho 2010 Paris
9 12.90 Dominique Arnold   11 julho 2006 Lausanne
12.90 David Oliver   3 julho 2010 Eugene
12.90 Omar McLeod   24 junho 2017 Kingston

Melhores marcas olímpicas

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As marcas abaixo são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[7]

Posição Tempo Atleta País Medalha Local
1 12.91 Liu Xiang   ouro Atenas 2004
2 12.92 Aries Merritt   ouro Londres 2012
3 12.93 Dayron Robles   ouro Pequim 2008
4 12.94 Aries Merritt   Londres 2012
5 12.95 Allen Johnson   ouro Atlanta 1996
6 12.98 Roger Kingdom   ouro Seul 1988
12.98 Grant Holloway   Paris 2024
8 12.99 Grant Holloway   ouro Paris 2024
9 13.00 Anier García   ouro Sydney 2000
10 13.02 Grant Holloway   Tóquio 2020

* A marca de Aries Merritt (12.94) foi obtida nas semifinais de Londres 2012. As marcas de Grant Holloway (12.98 e 13.02 ) foram obtidas nas semifinais de Paris 2024 e Tóquio 2020.

Marcas da lusofonia

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País
Marca
Atleta
Ano
Local
 
13.17
Rafael Pereira
2022
Rio de Janeiro
[8]
 
13.47
João Almeida
2012
Lisboa
[9]
 
14.11
Jonas Mateus
1994
Noisy-le-Grand
[10]
 
14.73
Edivaldo Monteiro
1998
Lisboa
[11]:598
 
14.77
Abdul Ismail
1974
Pretória
[11]:598
 
15.10
Davidson Borges (*)
2012
Lisboa
[12]

(*) - Tempo reconhecido pela Federação de Atletismo de Cabo Verde. A IAAF reconhece 13.78 de Henry Andrade em Modesto, 1996.[11]:598

Referências

  1. a b «Discipline». IAAF. Consultado em 6 de setembro de 2015 
  2. «110 METRES HURDLES». IAAF. Consultado em 16 de setembro de 2015 
  3. a b c Thomas, Jim. «What Is the History of Track and Field Hurdles?». livestrong.com. Consultado em 16 de setembro de 2015 
  4. Mc Gill, Steve. «Renaldo Nehemiah: Master of the Art Form». Black Athlete Sports Newtwork. Consultado em 16 de setembro de 2015 
  5. «HURDLES - 110 METRES HURDLES». IAAF. Consultado em 16 de setembro de 2015 
  6. «All time best». IAAF. Consultado em 28 junho 2024 
  7. «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013 
  8. «Recordes Brasileiros». CBAt. Consultado em 26 julho 2022 
  9. «Recordes de Portugal». FPA. Consultado em 26 julho 2022 
  10. «estatisticas». FAA. Consultado em 1 de setembro de 2015 
  11. a b c «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017 
  12. «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 

Ligações externas

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