Adenoma adrenal, Adenoma suprarrenal ou Adenoma adrenocortical é um tumor benigno da glândula adrenal, bastante comuns (encontrados em mais de 1% das autópsias), geralmente pequenos (2 a 5cm), encapsulados, sólidos, solitários, homogêneos, amarelados e raramente se tornam malignos (~1 a cada 10.000). A maioria não causam sintomas e não precisam de tratamento, porém quando secretam hormônios adrenais causam doenças endócrinas.[1]

Adrenocortical adenoma
Adenoma adrenal
Histologia de um adenoma adrenal na zona glomerular, causando hiperaldosteronismo.
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-ICD-O 8370/0
eMedicine radio/13
MeSH D018246
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Causas editar

 
Glândula suprarrenal ou adrenal.

A maioria aparecem em pessoas sem familiar com diagnóstico conhecido desse tumor, mas síndromes genéticas são seu principal fator de risco, como Neoplasia endócrina múltipla do tipo 1(NEM1) e polipose adenomatosa familiar (PAF). Essas síndromes são autossômicas dominantes e aumentam o risco de desenvolver múltiplos adenomas.[2]

Signos e sintomas editar

A maioria não causam sintomas e são chamados de inativos. Os ativos produzem algum hormônio adrenal, e dependendo de qual produz causa uma síndrome paraneoplásica diferente[3]:

Diagnóstico editar

Os exames de imagem geralmente detectam esse tumor incidentalmente por causas não relacionadas, nesse momento pode ser apelidados de incidentaloma. Geralmente é necessário acompanhar seu crescimento para garantir que não é um tumor maligno com tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e/ou tomografia por emissão de pósitrons (PET scan). Algumas médicos podem pedir uma biópsia do tumor para confirmar o diagnóstico. Testes de laboratório que avaliam os níveis os hormônios no sangue ou na urina podem ser usados para determinar se o adenoma adrenal é funcional ou não funcional.[4]

Tratamento editar

Os adenomas adrenais inativos podem ser acompanhados com exames de imagem anuais para verificar se não sofreram transformação maligna. Os adenomas ativos são removidos cirurgicamente e o efeito do excesso de hormônios pode ser bloqueado com medicamentos.[5]

Referências

  1. André Lacroix, MD. Clinical presentation and evaluation of adrenocortical tumors. UpToDate. Jul 28, 2014;
  2. Pagon RA, Adam MP, Ardinger HH, et al. Multiple Endocrine Neoplasia Type 1. GeneReviews. September 6, 2012; http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1538/?report=printable.
  3. Dr Ananya Mandal, MD. What is an Adenoma? http://www.news-medical.net/health/What-is-an-Adenoma.aspx
  4. Genetic and Rare Diseases Information Center. Adenoma of the adrenal gland. https://rarediseases.info.nih.gov/diseases/5745/adenoma-of-the-adrenal-gland#ref_7923
  5. George T Griffing, MD. Adrenal Incidentaloma. Medscape. http://emedicine.medscape.com/article/116587-overview.