Afonso Ermiges de Baião

Senhor de Baião
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Afonso Ermiges de Baião (Antes de 1163 - depois de 1195) foi um fidalgo e Cavaleiro medieval do Reino de Portugal.

Afonso Ermiges de Baião
Rico-homem/Senhor
Senhor de Baião
Reinado c.1175-c.1195?
Predecessor(a) Ermígio Viegas
Tenente régio
Reinado
Nascimento Antes de 1162
Morte Depois de 1195
Cônjuge Teresa Pires I de Bragança
Urraca Afonso, Senhora de Resende
Descendência Lopo Afonso, tenens
Ponço Afonso, tenens
Berengária Afonso, Senhora de Lima
Sancha Afonso
Pedro Afonso, tenens
Rodrigo Afonso, Senhor de Resende
Dinastia Baião
Pai Ermígio Viegas de Baião
Mãe Clara?
Religião Catolicismo romano
Brasão

Biografia

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Afonso era filho de Ermígio Viegas de Baião, e de mãe de nome e origem incertas, embora já se tenha alvitrado que se poderia ter chamado Clara[1].

Na corte

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Surge pela primeira vez na documentação em 1162, como tenente de Gestaçô[2]. Em 1175 arrecadou as principais tenências da família, as de Baião e Penaguião[3][2]. Estas três tenências parecem ser associadas entre si[3], uma vez que muitas vezes os seus tenentes e as datas de governo coincidem, como é o caso de Afonso.

Por volta de 1185, desposa Teresa Pires I de Bragança, filha do magnate e Mordomo-mor Pedro Fernandes de Bragança. O casamento revelar-se-ia frutífero para a família, pois dar-lhe ia acesso à tenência de Bragança, e a bens na região, estendendo a área de influência da família para nordeste[2]. Este casal desfrutava de boas relações com o monarca, dado o dote recebido no casamento de ambos, para o qual contribuiu ou deve ter sido consequência, a criação do infante Rodrigo Sanches, filho natural de Sancho I de Portugal[4] [1]. De facto, o infante parece ter sido criado por Teresa e Afonso, na vila de Régua[4].

O seu segundo casamento com Urraca Afonso de Ribadouro, filha de Afonso Viegas de Ribadouro parece ser uma tentativa de recuperação da tenência de Baião, cuja "sucessão familiar" terá sido interrompida por aquele prócere com o seu acesso a esta tenência entre 1134 e 1141 e 1150 e 1165. É assim por casamento que Afonso parece recuperar esta tenência para a sua família[2].

Afonso surge pela última vez documentado na corte em 1195[5]. Terá, portanto, falecido não muito depois desta data[5].

Casamento e descendência

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Casou por duas vezesː a primeira, com Teresa Pires I de Bragança (1175 -?), filha de Pedro Fernandes de Bragança (1130 -?) e de Fruilhe Sanches de Celanova (1140 -?), por volta de 1185[6], de quem teve:

O segundo casamento foi com Urraca Afonso de Ribadouro (1150 -?), filha de Afonso Viegas de Ribadouroo Moço” (1110 -?) e de Aldara Pires Espinhel (1115 -?), de quem teve:

Referências

  1. a b Sottomayor-Pizarro 1997.
  2. a b c d Ventura 1992.
  3. a b Lima 1993, p. 85, vol.1.
  4. a b Barroca 2013, p. 151-189.
  5. a b Lima 1993, p. 89, vol.1.
  6. Nesta altura o casal recebe uns bens do monarca de Portugal como dote de casamento.

Bibliografia

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  • Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. I.
  • Lima, António Manuel de Carvalho e (1993). Castelos Medievais no Curso Terminal do Douro (Sécs. IX-XII). I. Porto: Universidade do Porto 
  • Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto 
  • Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra 
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