Aleida Assmann (nascida Aleida Bornkamm, 22 de março de 1947) é uma professora alemã de Inglês e Estudos Literários que estudou egiptologia e cujo trabalho se concentrou na antropologia cultural e na memória cultural e comunicativa.

Aleida Assmann
Aleida Assmann
Aleida Assmann en avril 2014.
Nascimento Aleida Bornkamm
22 de março de 1947 (77 anos)
Bielefeld
Cidadania Alemanha
Progenitores
  • Günther Bornkamm
Cônjuge Jan Assmann
Filho(a)(s) David Assmann, Corinna Assmann
Alma mater
Ocupação anglicista, professora universitária, antropóloga
Prêmios
Empregador(a) Universidade de Viena
Página oficial
http://www.netzwerk-kulturwissenschaft.de/assmann.htm

Vida editar

Aleida Bornkamm nasceu em Bielefeld, Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha e é filha do estudioso do Novo Testamento Günther Bornkamm e sua esposa, Elisabeth.[1] Estudou inglês e egiptologia nas universidades de Heidelberg e Tübingen de 1966 a 1972.[2] Em 1977, escreveu sua dissertação em Heidelberg sobre a legitimidade da ficção (Die Legitimation der Fiktion).[1] No entanto, precisou pesquisar egiptologia em Tübingen porque seu marido, Jan Assmann, havia se tornado professor de egiptologia em Heidelberg.

Em 1992, completou sua habilitação em Heidelberg.[1] Em 1993, tornou-se professora de Inglês e Estudos Literários na Universidade de Konstanz, onde permaneceu até 2014.[2] Foi professora visitante na Universidade de Rice em Houston (2000), na Universidade de Princeton em 2001, na Universidade de Yale em 2002, 2003 e 2005, e na Universidade de Viena em 2005.[2]

As primeiras obras de Assmann versaram sobre a literatura inglesa e a história da comunicação literária. Desde a década de 1990, seu foco tem sido a antropologia cultural, especialmente a memória cultural e comunicativa, termos que ela e seu marido cunharam e desenvolveram. Seus interesses específicos estão focados na história da memória alemã desde 1945, o papel das gerações na literatura e na sociedade e nas teorias da memória.[1][2]

Desde 2011, trabalha em um projeto de pesquisa intitulado O Passado no Presente: Dimensões e Dinâmicas da Memória Cultural. Este projeto resume em inglês o trabalho dela e de Jan Assmann sobre memória cultural.[3]

Prêmios editar

Em 2014, recebeu o Prêmio Heineken de história da Academia Real de Artes e Ciências da Holanda.[4] Em 2017, recebeu o Prêmio Balzan de Memória Coletiva junto com o marido Jan Assmann.[4] Em 2018, foi premiada com o Prêmio da Paz dos Editores Alemães junto com seu marido, homenageando seu trabalho "paz sustentável e compreensão entre os povos do mundo".[5] Desde 2020, Assmann é membro da ordem Pour le Mérite para Ciências e Artes, juntamente com seu marido.[6]

Publicações editar

  • Die Legitimität der Fiktion. Ein Beitrag zur Geschichte der literarischen Kommunikation. Col: Theorie und Geschichte der Literatur und der schönen Künste; 55. Munich: Fink. 1980 
  • Arbeit am nationalen Gedächtnis. Eine kurze Geschichte der deutschen Bildungsidee. Frankfurt: Campus. 1993 
  • Zeit und Tradition. Kulturelle Strategien der Dauer. (Beiträge zur Geschichtskultur vol. 15) (Cologne, Weimar, Viena: Böhlau, 1999)
  • Geschichtsvergessenheit - Geschichtsversessenheit: Vom Umgang mit deutschen Vergangenheiten nach 1945. (Stuttgart: Deutsche Verlags-Anstalt, 1999) (com Ute Frevert)
  • Erinnerungsräume: Formen und Wandlungen des kulturellen Gedächtnisses. (Munique: C.H. Beck, 1999).
  • Engführung des kulturellen Gedächtnisses: Die Germanistik in Deutschland steht im Banne eines post-traumatischen Literaturkanons - Frankfurter Rundschau (23 Abril 2002)
  • Das kulturelle Gedächtnis an der Millenniumsschwelle. Krise und Zukunft der Bildung, (Constance: UVK, 2004)
  • Die Unverzichtbarkeit der Kulturwissenschaften mit einem nachfolgenden Briefwechsel. (Hildesheimer Universitätsreden. Neue Folge Heft 2) (Hildesheim: Universitätsverlag, 2004)
  • Generationsidentitäten und Vorurteilsstrukturen in der neuen deutschen Erinnerungsliteratur (Wiener Vorlesungen im Rathaus, vol. 117, ed. by Hubert Christian Ehalt) (Viena: Picus, 2006)
  • Einführung in die Kulturwissenschaft. Grundbegriffe, Themen, Fragestellungen (Berlim: Erich Schmidt, 2006)
  • Der lange Schatten der Vergangenheit. Erinnerungskultur und Geschichtspolitik. (Munique: C.H. Beck, 2006)
  • "Memory, Individual and Collective", - Robert E. Goodin e Charles Tilly (eds.): The Oxford Handbook of Contextual Political Analysis (Oxford: OUP, 2006), pp. 210–224
  • Geschichte im Gedächtnis: Von der individuellen Erfahrung zur öffentlichen Inszenierung. (Munique: C.H. Beck, 2007).
  • «Europe : a community of memory? Twentieth Annual Lecture of the GHI, November 16, 2006». Bulletin of the German Historical Institute. 40: 11–25. 2007 
  • "Die Last der Vergangenheit," - Zeithistorische Forschungen 3(2008), pp. 375–385
  • "The Religious Roots of Cultural Memory," - Norsk teologisk tidsskrift 4(2008), pp. 270–292
  • "Vom Vergessen der Kunst. Grenzüberlegungen zur Kulturanthropologie. Im Gespräch mit Renate Solbach," - Ulrich Schödlbauer (ed.), Die Enden der Kunst: Die Kultur der Gesellschaft (Heidelberg: Manutius, 2008), pp. 109–129
  • "Sammeln, Sammlungen, Sammler," - Kay Junge, Daniel Suber, and Gerold Gerber (eds.), Erleben, Erleiden, Erfahren: Die Konstitution sozialen Sinns jenseits instrumenteller Vernunft (Bielefeld: transc., 2008), pp. 345–353
  • "Von kollektiver Gewalt zu gemeinsamer Zukunft: Vier Modelle für den Umgang mit traumatischer Vergangenheit," - Kerstin Lingen (ed.), Kriegserfahrung und nationale Identität in Europa nach 1945: Erinnerung, Säuberungsprozesse und nationales Gedächtnis (Paderborn: Schöningh, 2009), pp. 42–51 Traduzido para o inglês: "From Collective Violence to a Common Future: Four Models for Dealing with a Traumatic Past," - Helen Gonçalves da Silva et al. (eds.), Conflict, Memory Transfers and the Reshaping of Europe (Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, 2010), 8-23
  • "Vom Zentrum zur Peripherie und zurück: Reisen ins Herz der Finsternis," - Matthias Theodor Vogt (ed.), Peripherie in der Mitte Europas (Frankfurt: Lang, 2009), pp. 61–77
  • ed.: Vollkommenheit (Archäologie der literarischen Kommunikation 10) (Munique: Fink, 2010)
  • "Vergessen oder Erinnern? Wege aus einer gemeinsamen Gewaltgeschichte," - Sabina Ferhadbegovic and Brigitte Weiffen (eds.), Bürgerkriege erzählen: Zum Verlauf unziviler Konflikte (Constance: Konstanz University Press, 2011), pp. 303–320
  • "Wem gehört die Geschichte? Fakten und Fiktionen in der neueren deutschen Erinnerungsliteratur," - Internationales Archiv für Sozialgeschichte der deutschen Literatur 36:1 (2011), pp. 213–225
  • Die Zukunft der Erinnerung und der Holocaust (com Geoffrey Hartman) (Constance: Konstanz University Press 2012)
  • Auf dem Weg zu einer europäischen Gedächtniskultur? com prefácio de Hubert Christian Ehalt (Wiener Vorlesungen em Rathaus vol. 161) (Vienna: Picus, 2012)
  • Cultural Memory and Western Civilization: Functions, Media, Archives (Cambridge: Cambridge University Press, 2012)

Referências

  1. a b c d «friedenspreis - home». web.archive.org. 30 de abril de 2019. Consultado em 26 de setembro de 2021 
  2. a b c d «Prof. Dr. Dr. h.c. Aleida Assmann». web.archive.org. 16 de setembro de 2018. Consultado em 26 de setembro de 2021 
  3. «Start - Exzellenzcluster „Kulturelle Grundlagen von Integration"». www.exc16.uni-konstanz.de. Consultado em 26 de setembro de 2021 
  4. a b «Assmann, Aleida - Exzellenzcluster „Kulturelle Grundlagen von Integration"». www.exc16.uni-konstanz.de. Consultado em 26 de setembro de 2021 
  5. Welle (www.dw.com), Deutsche. «Prestigious Peace Prize of the German Book Trade goes to Aleida and Jan Assmann | DW | 12.06.2018». DW.COM (em inglês). Consultado em 26 de setembro de 2021 
  6. Zeitung, Süddeutsche. «Assmanns aufgenommen». Süddeutsche.de (em alemão). Consultado em 26 de setembro de 2021 

Ligações externas editar