Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América
A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América — Tratado de Comércio dos Povos (em castelhano: Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América — Tratado de Comercio de los Pueblos), ou simplesmente ALBA e anteriormente Alternativa Bolivariana para as Américas,[3] é uma plataforma de cooperação internacional baseada na ideia da integração social, política e econômica entre os países da América Latina e do Caribe.
Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América – Tratado de Comercio de los Pueblos | |
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Membros da ALBA-TCP. | |
Cidade mais populosa | Caracas |
Língua oficial | Espanhol, Inglês, Quíchua, Aimará e Guarani. |
Governo | Organização internacional |
Fundação | |
• Acordo Cubano-Venezuelano[1] | 14 de dezembro de 2004[1] |
• Tratado de Comércio dos Povos | 29 de abril de 2006 |
Área | |
• Total | 2 625 829 km² |
População | |
• Estimativa para | 73 453 238 hab. (.º) |
• Densidade | 27,97 hab./km² |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2008 |
• Total | US$ 669,206 bilhão(21.º) |
• Per capita | US$ 9 110,64 (82.º) |
Moeda | SUCRE[2] |
Fuso horário | -4 a -6 |
Cód. Internet | |
Website governamental | www |
Fortemente baseada na cooperação latino-americana em que visa a redução de desigualdades sociais, e ao contrário de acordos de comércio livre como a Área de Livre Comércio das Américas (ou ALCA, uma proposta de mercado comum para as Américas que foi defendida pelos Estados Unidos durante a década de 1990), a ALBA-TCP representa uma tentativa de integração econômica regional que não se baseia essencialmente na liberalização comercial, mas em uma visão de bem-estar social e de mútuo auxílio econômico. Os países membros da ALBA-TCP discutem a introdução de uma nova moeda regional, o SUCRE.[2] Em 24 de junho de 2009, o bloco foi rebatizado para Aliança Bolivariana para as Américas, em substituição ao Alternativa original.[3]
História
editarFoi constituída na cidade de Havana, capital de Cuba, em 14 de dezembro de 2004, como um acordo entre Venezuela e Cuba, tendo as assinaturas dos presidentes de ambos países na época, Hugo Chávez e Fidel Castro.[1] Este início deu-se pela colaboração de Cuba ao enviar médicos para ajudar no território venezuelano e pela colaboração da Venezuela ao abastecer Cuba com seu petróleo.
Em 29 de abril de 2006, a Bolívia (tendo Evo Morales como seu presidente) somou-se ao grupo a partir do Tratado de Comércio dos Povos, termo que foi acrescentado ao nome oficial do bloco, que resultou na sigla ALBA-TCP. Em 2019, após um golpe de estado forçar a renúncia de Evo Morales, a ministra interina das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, confirmou, junto com a Ministra Interina das Comunicações, Roxana Lizárraga, que a Bolívia saiu da ALBA.[4][5][6] Bolívia retornou em 2020 para a aliança, depois de uma transição de governos.[7]
O Equador aderiu ao bloco em junho de 2009, então sob a presidência de Rafael Correa. Venezuela e Equador fizeram o primeiro acordo comercial bilateral usando o Sucre, em vez do dólar americano, em 6 de julho de 2010.[8] O Suriname foi admitido na ALBA como país convidado em uma cúpula de fevereiro de 2012.[9]
Em 23 de agosto de 2018, o chanceler José Valencia, informou que o Equador se retirou oficialmente da ALBA, justificando esta situação com uma posição bastante crítica contra o manejo da situação humanitária e a aparente indiferença que o governo da Venezuela tem mostrado perante o êxodo histórico dos venezuelanos para Colômbia, Equador, Perú, Chile e Brasil.[10] [11] [12]
Atualmente a ALBA-TCP é composta por sete países, dos quais alguns possuem governos de cunho socialista. Além de Venezuela e Cuba, permanecem no bloco: Nicarágua, Bolívia, Dominica, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.[3][13]
Membros
editarBan | BrA | Nome comum | Nome oficial | Data de adesão |
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Antígua e Barbuda | Antígua e Barbuda | 24 de junho de 2009 | ||
Cuba | República de Cuba | 14 de dezembro de 2004 | ||
Dominica | Comunidade da Dominica | 20 de janeiro de 2008 | ||
Nicarágua | República da Nicarágua | 23 de fevereiro de 2007 | ||
São Vicente e Granadinas | São Vicente e Granadinas | 24 de junho de 2009 | ||
Bolívia | Estado Plurinacional da Bolívia | 29 de abril de 2006 | ||
Venezuela | República Bolivariana da Venezuela | 14 de dezembro de 2004 | ||
ALBA-TCP | Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos |
14 de dezembro de 2004 |
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c Alba: caminho real para a integração Arquivado em 31 de outubro de 2009, no Wayback Machine. - Agência IPI, 27 de Dezembro de 2004
- ↑ a b Comisión del ALBA aprobó el Sucre como moneda común Arquivado em 17 de abril de 2009, no Wayback Machine. - TeleSURtv.net, 15 de abril de 2009
- ↑ a b c ALBA pasa a ser Alianza Bolivariana de los Pueblos de América[ligação inativa] - Venezoelana de Televisión, 24 de junho de 2009
- ↑ https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2019/11/15/bolivia-anuncia-saida-da-alba-e-estuda-abandonar-a-unasul.htm
- ↑ https://www.dw.com/es/bolivia-rompe-relaciones-con-venezuela-y-se-retira-de-la-alianza-bolivariana-alba/a-51271927
- ↑ http://www.xinhuanet.com/english/2019-11/16/c_138559166.htm
- ↑ «Bolivia retorna a la ALBA-TCP, un año después de haber salido por decisión del anterior gobierno | MINISTERIO DE RELACIONES EXTERIORES». cancilleria.gob.bo. Consultado em 23 de dezembro de 2021
- ↑ «Venezuela Pays for First ALBA Trade with Ecuador in New Regional Currency». Venezuelanalysis.com (em inglês). 7 de julho de 2010. Consultado em 19 de julho de 2022
- ↑ Limited, Alamy. «Suriname's President Desi Bouterse attends the plenary session of the ALBA (Boliviarian Alternative for the Americas) summit in Caracas February 5, 2012. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins (VENEZUELA - Tags: POLITICS Stock Photo - Alamy». www.alamy.com (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2022
- ↑ «Ecuador to Officially Join the ALBA Agreement»
- ↑ «Ecuador se retira de la ALBA definitivamente.»
- ↑ «Ecuador no continuará en la ALBA, a la que alega frustración por la ineptitud del gobierno venezolano de manejar la crisis.»
- ↑ DECLARACIÓN DE LA VI CUMBRE EXTRAORDINARIA DEL ALBA – TCP Arquivado em 20 de novembro de 2009, no Wayback Machine. - Site Oficial da ALBA-TCP, 24 de junho de 2009