Alice Orlowski

Guarda feminina da SS

Alice Orlowski (Berlim, 30 de setembro de 1903 - Düsseldorf, 21 de maio de 1976)[1] foi uma guarda dos campos de concentração na Polônia ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, ela foi condenada por crimes de guerra.

Alice Orlowski
Alice Orlowski
Alice Orlowski durante o julgamento de Auschwitz (1947)
Nascimento 30 de setembro de 1903
Berlim, Alemanha
Morte 21 de maio de 1976 (72 anos)
Düsseldorf, Alemanha
Nacionalidade Alemão
Cargo Guarda feminina dos campos de:
Majdanek
Plaszow
Auschwitz-Birkenau
Serviço militar
País Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Serviço Schutzstaffel

Nascida como Alice Minna Elisabeth Elling, começou a treinar como guarda no campo de concentração de Ravensbrück, na Alemanha, em 1941. Em outubro de 1942, foi selecionada para atuar no campo de concentração de Majdanek, na Polônia ocupada, onde, junto com Hermine Braunsteiner, se tornaram as duas guardas mais violentas. Orlowski e Braunsteiner regularmente supervisionavam mulheres a serem destinadas a morte na câmara de gás. Quando uma criança era deixada, as duas a jogavam em cima dos adultos como bagagem e trancavam a porta.[2] Orlowski supervisionou mais de 100 prisioneiros, na qual selecionava e retirava os itens daqueles que haviam sido mortos: relógios, peles, casacos, ouro, jóias, dinheiro, brinquedos, óculos e assim por diante. Quando o campo foi evacuado, os alemães enviaram Orlowski ao notório campo de concentração de Plaszow nos arredores de Cracóvia.[3] No início de janeiro de 1945, Orlowski estava entre as mulheres da SS na marcha da morte (onde ocorreu o deslocamento de milhões de judeus de vários campos de concentração nazi), e foi durante esse período que seu comportamento, anteriormente observado como violento e sádico, se tornou mais humano. Orlowski confortou os internos e até dormiu ao lado deles no chão do lado de fora. Ela também trouxe água para aqueles que estavam com sede.[4] Não se sabe por que sua atitude mudou, mas alguns especulam que ela sentiu que a guerra estava quase no fim e que em breve seria julgada como criminosa de guerra.

Pós-guerra editar

Depois que a guerra terminou em maio de 1945, Orlowski foi capturada pelas forças soviéticas e extraditada para a Polônia para ser julgada por crimes de guerra. Em 1947 durante o julgamento de Auschwitz, Orlowski foi condenada a prisão perpétua mas foi libertada em 1957 após cumprir apenas 10 anos. Em 1975, Orlowski foi levada novamente ao tribunal em Düsseldorf durante o julgamento de Majdanek, mas morreu em maio de 1976, antes que o juiz a julgasse.

Ver também editar

Referências editar

  1. Informações sobre Orlowski foram encontradas por Daniel Patrick Brown, e publicada em seu livro "The Camp Women: The Female Auxiliaries who Assisted the SS in Running the Nazi Concentration Camp System" p. 185
  2. «Alice Orlowski, la 'perfecta' funcionaria nazi que flagelaba a mujeres y niños hasta la muerte». La Vanguardia (em espanhol). 12 de julho de 2019. Consultado em 10 de junho de 2020 
  3. Os fatos referentes aos crimes de Orlowski em Majdanek são detalhados por Simon Wiesenthal em seu livro "Justice Not Vengeance".
  4. Os fatos sobre o comportamento de Orlowski na marcha da morte vêm de Malvina Graf: eu sobrevivi ao gueto de Cracóvia e ao campo de Plaszow.