Alief (estado mental)

Em filosofia e psicologia, um alief[1] é uma atitude automática ou habitual parecida com uma crença, especialmente uma que está em tensão com as crenças explícitas de uma pessoa.

Por exemplo, uma pessoa que está em uma sacada transparente pode acreditar que está segura, mas aliever que está em perigo. Alguém assistindo a um filme triste pode acreditar que os personagens são completamente fictícios, mas seus aliefs podem levá-lo a chorar mesmo assim. Uma pessoa que hesita em comer um doce em formato de fezes ou que mostra relutância em beber de um urinol esterilizado pode acreditar que as substâncias são seguras para consumir, mas aliever que não são.

O termo alief foi introduzido por Tamar Gendler, professora de filosofia e ciências cognitivas na Universidade de Yale, em uma série de artigos influentes publicados em 2008.[2] Desde a publicação desses artigos, a noção de alief tem sido utilizada por Gendler e outros, incluindo Paul Bloom[3] e Daniel Dennett[4], para explicar uma variedade de fenômenos psicológicos além dos listados acima, incluindo o prazer de histórias,[3] a persistência de ilusões positivas,[4] certas crença religiosas,[5] e certos distúrbios psiquiátricos, como fobias e transtorno obsessivo-compulsivo.[4]

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Referências

  1. de Carvalho, Eros Moreira (setembro de 2020). «A tese d a mente estendida à luz do externismo ativo». Scielo.br. doi:10.1590/0101-3173.2020.v43n3.10.p143. Consultado em 9 de julho de 2024 
  2. Gendler, Tamar Szabó (2008). «Alief and Belief» (PDF). Journal of Philosophy. 105 (10): 634–663. ISSN 0022-362X. doi:10.5840/jphil20081051025 
  3. a b Bloom, Paul (2011). How Pleasure Works: The New Science of Why We Like What We Like. [S.l.]: W. W. Norton & Co. ISBN 978-0393340006 
  4. a b c T. McKay, Ryan; Dennett, Daniel (2009). «The Evolution of Misbelief» (PDF). Behavioral and Brain Sciences. 32 (6): 493–510. PMID 20105353. doi:10.1017/S0140525X09990975 
  5. K. Mitch Hodge (2011). «On Imagining the Afterlife». Journal of Cognition and Culture. 11 (3–4): 367–389. doi:10.1163/156853711X591305