Alimentação natural para cães

A alimentação natural para cães consiste em oferecer uma dieta equilibrada nutricionalmente, feita com ingredientes naturais e minimamente processados, sendo considerados o processo de cozimento e congelamento do alimento. Também conhecida como AN (alimentação natural), possui várias modalidades, entre as quais podemos citar as mais utilizadas: a dieta cozida sem ossos, crua sem ossos ou crua com ossos. Como ingredientes, são utilizados carnes, vegetais, tubérculos, grãos, entre outros ingredientes aptos para o consumo humano. Considerado como um alimento completo (Portaria 3/2009)[1], deve atender a todos os requisitos nutricionais exigidos pelas diretrizes médicas veterinárias, como a European Pet Food Industry Federation (FEDIAF)[2][3] ou a Association of American Feed Control Officials[4][5].

Evidências científicas comprovam a alta digestibilidade da dieta natural[6], efeitos significativos no organismo como o aumento das células vermelhas, entre outras comprovações relacionadas à capacidade de o alimento atuar diretamente na prevenção de doenças crônico-regenerativas como o câncer[7].

Devido a uma série de eventos envolvendo contaminações de rações por micotoxinas[8] e outras substâncias nocivas à saúde dos pets, fez com que os tutores começassem a questionar a qualidade e segurança dos alimentos industrializados para cães e gatos. Ao longo dos anos, as pessoas vem procurando seguir um estilo mais saudável de vida e de alimentação, e com tantos pets (mais de 139 milhões no Brasil, sendo 54 milhões de cães)[9], a procura aumenta a cada ano, levando em consideração que o setor de alimentação representa 46,4 % de todo setor pet, onde produtos para animais de estimação representam 0,36% do PIB brasileiro. O Brasil é o segundo principal mercado pet do mundo,[10] e além do mercado "padrão" de alimentação pet recentemente surgiram novas opções como o pet bakery, mais conhecido como padaria para animais.[11]

Referências

  1. «Sistema Integrado de Legislação». sistemasweb.agricultura.gov.br. Consultado em 13 de julho de 2020 
  2. «Nutritional Requirements - FEDIAF». www.fediaf.org. Consultado em 13 de julho de 2020 
  3. «Structure - FEDIAF». www.fediaf.org. Consultado em 13 de julho de 2020 
  4. Council, National Research (2006). Nutrient Requirements of Dogs and Cats. Washington: Clearance Center. p. 212 
  5. «The Association of American Feed Control Officials > Home». www.aafco.org. Consultado em 13 de julho de 2020 
  6. «Domínio Público - Detalhe da Obra». www.dominiopublico.gov.br. Consultado em 13 de julho de 2020 
  7. Raghavan, Malathi; Knapp, Deborah W.; Bonney, Patty L.; Dawson, Marcia H.; Glickman, Lawrence T. (1 de julho de 2005). «Evaluation of the effect of dietary vegetable consumption on reducing risk of transitional cell carcinoma of the urinary bladder in Scottish Terriers». Journal of the American Veterinary Medical Association. 227 (1): 94–100. ISSN 0003-1488. PMID 16013542. doi:10.2460/javma.2005.227.94 
  8. Saad, Flávia Maria de Oliveira Borges; França, Janine (1 de julho de 2010). «Alimentação natural para cães e gatos». Revista Brasileira de Zootecnia. 39: 52–59. ISSN 1516-3598. doi:10.1590/S1516-35982010001300007 
  9. «Censo Pet: 139,3 milhões de animais de estimação no Brasil – Instituto Pet Brasil». Consultado em 13 de julho de 2020 
  10. «14;-10 ipb_mercado_pet_resultados_2018_draft2.pdf — Português (Brasil)» (PDF). www.gov.br. Consultado em 13 de julho de 2020 
  11. «Empresa de bolos e petiscos para pets faz sucesso em SC». Pequenas Empresas Grandes Negócios. Consultado em 20 de julho de 2020