Papagaio-diademado[2] ou papagaio-diadema[3] (Amazona diadema) é um papagaio pertencente à família Psittacidae anteriormente considerada coespecífica com o Amazona autumnalis. A ave é restrita ao estado do Amazonas, na região Norte do Brasil.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAmazona diadema

Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psitacídeos
Gênero: Amazona
Espécie: A. diadema
Nome binomial
Amazona diadema
von Spix, 1824

Taxonomia

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O Amazona diadema foi anteriormente considerado uma subespécie isolada do Amazona autumnalis,[4] uma espécie disseminada na América do Sul; as diferenças na plumagem são pequenas e a análise molecular pode mostrar que seu status de espécie não é garantido.[5]

Descrição

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O Amazona diadema cresce até um comprimento de cerca de 33 cm. É um pássaro em grande parte verde com pequenas partes em vermelho e preto; muitas das penas são margeadas por cores contrastantes, dando um efeito finamente recortado. A coroa, a nuca, o pescoço, o peito e a barriga são verdes, enquanto a testa, o loro e a ceroma são vermelhos. Esta cor avermelhada não se estende acima do olho em uma faixa superciliária. As penas primárias das asas são pretas e as secundárias verde-azuladas; a base dos primeiros cinco secundários é vermelha, dando um brilho de cor vermelha durante o voo. A cauda é verde com as penas laterais sendo verde-amareladas, contrastando com o vermelho na base. O bico é cinza escuro e a pele sem penas ao redor do olho é branca. A íris é laranja e as pernas e os pés são cinza claro.[5]

Distribuição

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O pássaro é endêmico da Bacia Amazônica no norte do Brasil; seu alcance é restrito à parte inferior do Rio Negro e à parte superior do Rio Amazonas, no estado do Amazonas. É encontrado em uma variedade de habitats florestais de várzea, bem como em áreas que contêm árvores e plantações dispersas. Na Reserva Florestal Adolfo Ducke, perto de Manaus, é comum no dossel da floresta úmida e em torno das margens da mata.[5] Também ocorre no Parque Nacional do Jaú, onde é incomum.[1]

Ecologia

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A espécie se alimenta principalmente de frutas e nozes. Seu comportamento é provavelmente semelhante ao Amazona autumnalis, com os pássaros empoleirando comunalmente fora da estação reprodutiva, com voos diários para áreas de alimentação, onde se alimentam no dossel e ficam bem camuflados.[5]

Estado de conservação

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A espécie tem um alcance limitado e está ameaçada pela perda de habitat causado pelo desmatamento das florestas onde vive para a pecuária e a produção de soja.[1] Algumas aves são capturadas por armadilhas para o comércio doméstico de animais de estimação. A União Internacional para a Conservação da Natureza avaliou o estado de conservação da ave como "ameaçada".[1]


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Referências

  1. a b c d «IUCN red list Amazona diadema». Lista vermelha da IUCN. Consultado em 13 de maio de 2022 
  2. «Psittacidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  4. del Hoyo, J., Collar, N.J., Christie, D.A., Elliott, A. and Fishpool, L.D.C. 2014. HBW and BirdLife International Illustrated Checklist of the Birds of the World. Volume 1: Non-passerines. Lynx Edicions BirdLife International, Barcelona
  5. a b c d Forshaw, Joseph; Knight, Frank (2017). Vanished and Vanishing Parrots: Profiling Extinct and Endangered Species. [S.l.]: Csiro Publishing. pp. 282–284. ISBN 978-0-643-10649-9