Aníbal Aquilino Ribeiro
Aníbal Aquilino Fritz Tiedmann Ribeiro (Paris, França, 26 de Fevereiro de 1914 - Moimenta da Beira, 1999) foi um juiz português. Era filho do escritor Aquilino Ribeiro.[1]
Aníbal Aquilino Fritz Tiedmann Ribeiro | |
Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça | |
Presidente do Tribunal da Relação de Lisboa | |
Antecessor(a) | Francisco António Lopes Moreira |
Sucessor(a) | Amílcar Moreira da Silva
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Dados pessoais | |
Nascimento | 26 de fevereiro de 1914 Paris, França |
Falecimento | 1999 (85 anos) Moimenta da Beira |
Biografia
editarNascimento e educação
editarAníbal Aquilino Ribeiro em 26 de Fevereiro em 1914, em Paris, filho do escritor Aquilino Ribeiro e de Grete Fritz Tiedmann.[1] Ainda nos primeiros meses de vida, vem para Lisboa com os seus pais, na sequência do eclodir da Primeira Guerra Mundial.[1] Fez os estudos liceais na cidade de Viseu, onde esteve hospedado na casa do Sr. Aparício, um adepto republicano, sempre acompanhado por amigos do seu pai, Pinto de Campos e o médico Gomes Mota.[1] Frequentou depois a Faculdade de Direito, onde concluiu a licenciatura e iniciou-se na magistratura.[1]
Carreira profissional
editarEm 1938, começou a exercer como delegado do Procurador da República de terceira classe, em Santiago do Cacém.[2] Durante a primeira metade da década de 1940 foi transferido para a cidade de Lagos, onde ocupou a mesma posição,[1] e em Junho de 1944, passou para a Comarca de Almada.[1] Em 1948 ascendeu a juiz de Direito de 1.ª Instância de 3.ª classe, tendo sido colocado primeiro em São João da Pesqueira, e em 1950 na Golegã.[2] Alcançou depois a segunda classe, tendo passado para as comarcas de Olhão em 1955 e de Torres Novas em 1956.[2] Em 1958 atingiu a primeira classe, tendo sido colocado no 11.º juízo cível de Lisboa.[2] Em 1962 estava a exercer como corregedor auxiliar do círculo de Lisboa, e no ano seguinte tornou-se corregedor presidente da 4.ª vara cível de Lisboa.[2] Em 1967 passou para a 2.ª Instância, começando a exercer como juiz desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa.[2] foi eleito como presidente esta instituição em 24 de Julho de 1974, e em 1977 ascendeu a juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.[2] Em 1989 ocupou a posição de vogal no Conselho Superior de Magistratura.[2]
Podem ver-se relatos da vida de seu pai, feitos pelo próprio e pela sua madrasta. Link: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/aquilino-ribeiro-parte-i/
Depois da sua aposentação, criou em 25 de Julho de 1988 a Fundação Aquilino Ribeiro em Moimenta da Beira, com o apoio da médica Maria Josefa de Campos e de vários amigos e admiradores do seu pai.[1]
Falecimento e família
editarFaleceu em 1999, no concelho de Moimenta da Beira.[2] Estava casado com Maria Josefa de Campos, que continuou o seu trabalho na fundação.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f g h MARREIROS, 2015:37-41
- ↑ a b c d e f g h i «Presidentes da Relação de Lisboa». Tribunal da Relação de Lisboa. Consultado em 22 de Maio de 2020
- ↑ «Memórias de Aquilino Ribeiro guardadas na aldeia de Soutosa». Rádio Televisão Portuguesa. 15 de Setembro de 2007. Consultado em 5 de Novembro de 2018
Bibliografia
editar- MARREIROS, Glória (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8