Ana Lucia de Mattos Barretto Villela (São Paulo, 25 de outubro de 1973) é uma pedagoga e ativista social. É membro do conselho de administração do Itaú, em razão de herança de seu bisavô, Alfredo Egídio de Sousa Aranha. É também cofundadora e presidente do 'Instituto Alana'.

Ana Lucia de Mattos Barretto Villela
Ana Lucia Villela
Nascimento 25 de outubro de 1973 (49 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade  Brasil
Cônjuge Marcos Nisti
Ocupação Pedagoga e empreendedora social

Biografia editar

Graduada em Pedagogia e mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) é cofundadora e presidente do Alana[1], uma organização que nasceu em 1994 de um trabalho comunitário no Jardim Pantanal, extremo leste da cidade de São Paulo.

Atualmente o Alana é uma organização de impacto social que promove o direito e o desenvolvimento integral da criança e fomenta melhores formas de viver. Atua em três frentes: Instituto Alana, AlanaLab, Alana Foundation.

O Instituto Alana, criado formalmente por Ana Lucia Villela em 2002, é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância e atualmente conta com programas como o Criança e Consumo[2], Criativos da Escola[3], Prioridade Absoluta[4], Espaço Alana[5], Criança e Natureza[6] e com as plataformas Videocamp[7] e Lunetas[8].

Desde 2014, Ana Lucia e Marcos Nisti[9] são sócios do AlanaLab[10], núcleo de negócios do Alana, que busca transformação social por meio do investimento em empresas e iniciativas de comunicação de impacto. O núcleo participa da produtora audiovisual Maria Farinha Filmes[11], da distribuidora cultural Flow[12] e da produtora de realidade estendida Junglebee[13].

Pela Maria Farinha Filmes, Ana Lucia é responsável pelo argumento dos filmes ‘O Começo da Vida’ (2016)[14] e ‘O Começo da Vida - Lá Fora' (2020)[15] e participou da realização dos filmes ‘Criança, A Alma do Negócio’ (2008) e ‘Muito Além do Peso’ (2012)[16]. A produtora, primeira da América Latina a receber o selo internacional B Corp, produziu também os documentários Tarja Branca (2014)[17], 'Território do Brincar'(2015) [18], Nunca Me Sonharam (2017)[19] e a série de ficção ‘Aruanas’ (2019)[20][21], em parceria com a Rede Globo.

Em 2012, co-fundou a Alana Foundation com Marcos Nisti (Seu marido), sediada nos Estados Unidos, que investe em pesquisas nas áreas de saúde, educação inclusiva e meio ambiente. Em 2019, fundaram o Alana Down Syndrome Center com a doação de US$ 28,6 milhões[22] ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre síndrome de Down[23][24].

Acionista e vice-presidente do Conselho da Itausa, Ana Lucia faz parte do Conselho de Administração do Itaú, da Diretoria do Itaú Cultural (fev/2017 – atual), do Grupo Orientador do Itaú Social (fev/2017 – atual) e dos Comitês de Pessoas, Nomeação e Diversidade do Itaú.

Foi a primeira mulher latino-americana a entrar para o Conselho do XPrize Innovation Board (ago/18 – atual)[25]. Além disso, é/foi conselheira de outras organizações, como Conectas Direitos Humanos (2003 – jan/2018), Instituto Akatu (jun/2013 – dez/2017), Instituto Brincante (2001 – atual), Campaign for a Commercial Free Childhood (dez/2015 – dez/2017), além de ser Ashoka Fellow desde 2010.

Em 2007 recebeu prêmio do PNB (Pensamento Nacional das Bases Empresariais), na categoria “A Educadora que Queremos”.

Já foi convidada a dar palestras na ONU, Harvard University, MIT, The Impact, Nexus Global, GIFE, Family Offices, entre outros. E em 2018, participou do evento que trouxe a Malala[26] para o Brasil.

Referências

  1. «Ana Lucia, a força por trás do Instituto Alana,». Revista Trip. Consultado em 18 de abril de 2019 
  2. «Julgamento histórico: STJ proibe publicidade dirigida as crianças». Valor Econômico. Consultado em 29 de abril de 2019 
  3. «Instituto Alana seleciona projetos para o prêmio Desafios Criativos da Escola». Folha de S. Paulo. Consultado em 29 de abril de 2019 
  4. «Livro aborda primeiro HC coletivo a presas grávidas e mães de crianças». Consultor Jurídico. Consultado em 29 de abril de 2019 
  5. Marília Neves, Bloco Me Lembra que Eu Vou absorve 'mestres' de projeto social, Globo.com, consultado em 26 de abril de 2019
  6. Bem-Estar, Contato com a natureza é importante para o desenvolvimento das crianças, GloboPlay, consultado em 26 de abril de 2019
  7. Estadão, Democratização do cinema: Plataforma brasileira Videocamp promove exibições públicas em diversos países, E+ Estadão, consultado em 8 de fevereiro de 2021
  8. Portal Lunetas, Consultado em 19 de janeiro de 2021
  9. «Nada de obrigação — diversidade traz riqueza e inovação». Exame. Consultado em 18 de abril de 2019 
  10. «O que inspira Flavia Doria CEO da Maria Farinha Filmes, Flow e Junglebee». Propmark. Consultado em 23 de abril de 2019 
  11. Entretenimento que transforma. Istoé. Consultado em 19 de janeiro de 2021
  12. «Documentário sobre a juíza Ruth Bader Ginsburg ganha trailer legendado». Tela Viva. Consultado em 2 de maio de 2019 
  13. «JungleBee, produtora de realidade estendida, chega ao mercado». Tela Viva. Consultado em 2 de maio de 2019 
  14. «Documentário O Começo da Vida aborda importância dos primeiros anos de vida». ONU. Consultado em 23 de abril de 2019 
  15. Maria Farinha Filmes lança “O Começo da Vida 2: Lá Fora. Rede Nacional Primeira Infância. Consultado em 19 de janeiro de 2021
  16. «Filme retrata impacto da epidemia de obesidade infantil no Brasil - BBC Brasil - Notícias». Consultado em 10 de março de 2017 
  17. BRANCA, TARJA. "a revolução que faltava." Direção de Cacau Rhoden. Produção Executiva de Estela Renner, Luana Lobo e Marcos Nisti. Roteiro de Cacau Rhoden (2014).
  18. «Território do Brincar: assista ao primeiro trailer do documentário sobre brincadeiras de crianças brasileiras». Crescer. Consultado em 23 de abril de 2019 
  19. «Nunca Me Sonharam». O Globo. Consultado em 23 de abril de 2019 
  20. Sem ar de novelão, Aruanas traz maturidade ao Globoplay. Correio Braziliense. Consultado em 19 de janeiro de 2021
  21. Globo's Aruanas: Estela Renner on a Female-Centric Amazon Thriller. Variety. Consultado em 19 de janeiro de 2021
  22. «Mãe de criança com Down empresária brasileira doa mais de 28 milhões de dólares para pesquisas sobre a síndrome». G1. Consultado em 18 de abril de 2019 
  23. «Alana gift to MIT launches Down syndrome research center, technology program for disabilities». MIT. Consultado em 18 de abril de 2019 
  24. With U$28.6 million gift, MIT will establish center for Down syndrome research. The Boston Globe. Consultado em 19 de janeiro de 2021
  25. «Ana Lucia Villela do Itaú vai para o conselho de inovação da XPrize». Valor Econômico. Consultado em 29 de abril de 2019
  26. «Acreditem no poder da sua voz, diz Malala Yousafzai». Revista Crescer. Consultado em 2 de maio de 2019 

Ligações Externas editar