Anafrodisíacos são substâncias capazes de diminuir a libido. A palavra anafrodisíaco vem do prefixo grego αν-, que significa negação, e da deusa grega do amor, Afrodite.

Fármacos anafrodisíacos em tratamentos médicos editar

Não existem substâncias que apresentem efeitos anafrodisíacos sem maiores efeitos colaterais. Em tratamentos químicos para parafilias e hipersexualidade, alguns fármacos são usados por seus efeitos colaterais de certos medicamentos (ISRS - inibidores selectivos da recaptação da serotonina e certos antipsicóticos, por exemplo) podem ser anafrodisíacos por natureza. Ainda têm efeitos anafrodisíacos e podem ser usados em tratamentos deste tipo os antiandrógenos, tratamento a base de estrógenos e agonistas do hormônio LHRH.[1]

Anafrodisíacos fitoterápicos editar

Anafrodisíacos herbais têm sido usados por vários setores religiosos e ordens no decorrer da história. O mais comum é a liamba (Vitex agnus-castus) (chamada no Pará Alecrim-de-Angola), usada para normalizar o nível de hormônio em homens e mulheres.

O nome da espécie, agnus castus, é originário do latim castitas e significa castidade. O nome da planta é derivado de uma crença antiga de que a planta poderia suprimir o desejo sexual. Esposas romanas, cujos maridos lutavam nas legiões, espalhavam as folhas em suas camas para esse propósito. A igreja católica, na Europa, desenvolveu uma variação desse tema, colocando ramos da planta nas roupas dos monges noviços para, supostamente, suprimir o desejo sexual. Um estudioso, em 1880, menciona em seus escritos, o uso do Vitex para "esfriar" paixões. O remédio era distribuído nos conventos para inibir paixões, mas ele colocava em dúvidas o seu efeito.[2]

Além da Vitex, a outras plantas têm sido atribuídas características anafrodisíacas, entre elas o lúpulo (Humulus lupulus),[3] a manjerona (Origanum majorana),[4] o coentro (Coriandrum sativum),[5] o tojo (conhecido na Europa como ulex),[6] e espécie de Solanum dulcamara.[7]

Anafrodisíacos químicos editar

São citados na literatura como anafrodisíacos químicos: cânfora, nitrato de potássio, bromo[8] e mirra.

Ver também editar

Referências

  1. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 31 de maio de 2019. Arquivado do original (PDF) em 28 de setembro de 2007 
  2. http://www.cultura.ufpa.br/rcientifica/ed_anteriores/pdf/ed_02_accmm.pdf
  3. «Glossaire Phytothérapie - ENCYCLOPEDIE-PHYTO». Vulgaris Médical 
  4. «Clinique Lafontaine - Soins de santé, beauté, bien-être - Produits de massage». Clinique Lafontaine 
  5. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de outubro de 2007. Arquivado do original em 24 de agosto de 2007 
  6. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de outubro de 2007. Arquivado do original em 30 de setembro de 2007 
  7. «Boukef». ikbal.chez.com 
  8. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de outubro de 2007. Arquivado do original em 8 de outubro de 2007