António Leote Tavares

António Carlos Aguado Leote Tavares (Lagos, 21 de Outubro de 1863 – Silves, 29 de Dezembro de 1932) foi um militar português.

António Leote Tavares
Nome completo António Carlos Aguado Leote Tavares
Nascimento 21 de Outubro de 1863
Lagos
Morte 29 de Dezembro de 1932
Silves
Nacionalidade portuguesa
Ocupação Militar
Prémios Ordem da Torre e Espada
Ordem Militar de Avis
Medalha de Comportamento Exemplar
Medalha das Campanhas de África
Comenda de Alberto o Venturoso
Serviço militar
Patente Coronel de engenharia

Biografia

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Nasceu em Lagos, no Algarve.[1]

Enveredou pela carreira militar, tendo alcançado a patente de coronel de engenharia.[2] Foi ajudante de campo dos reis D. Carlos e D. Manuel, tendo estado com eles no dia do regicídio.[2] Esteve igualmente colocado em África, onde foi companheiro de Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque.[2] Foi igualmente director da Sociedade Praia da Rocha, uma importante empresa de desenvolvimento daquele destino balnear, que possuía um casino e estava a construir o Palace Hotel.[3] Em 5 de Junho de 1921, a Revista de Turismo noticiou que Leote Tavares tinha pedido licença para a instalação de um caminho de ferro eléctrico entre a Praia da Rocha e a estação ferroviária de Portimão.[4] Também foi responsável por uma das propostas para o caminho de ferro entre Portimão e Lagos, uma vez que o jornal O Algarve de 8 de Fevereiro de 1914 reportou que as juntas de paróquia de Lagos tinham enviado uma representação ao Ministro do Comércio, pedindo que fosse escolhido o percurso do engenheiro Morais Sarmento em vez do de Leote Tavares.[5]

No dia 29 de Dezembro de 1932, sofreu uma congestão quando estava a viajar de comboio para Lisboa, tendo desembarcado de urgência na estação ferroviária de São Bartolomeu de Messines, e levado de automóvel para o hospital de Silves, onde acabou por falecer por volta das 21 horas.[2] O funeral teve lugar na Igreja de Arroios, em Lisboa, tendo o corpo sido enterrado no Cemitério Oriental.[2] Tinha 69 anos de idade, e estava casado com Henriqueta Tavares Leote, sendo pai de Henrique Leote Tavares.[2]

Foi por diversas vezes condecorado, tendo recebido por duas vezes a Torre e Espada, o grau de comendador na Ordem Militar de Avis, a medalha de prata de Comportamento Exemplar, a medalha das Campanhas de África, e a comenda alemã de Alberto o Venturoso.[2]

Referências

  1. «Morte do Coronel Antonio Leote Tavares» (PDF). Diário do Algarve. Ano 1 (76). Faro. 31 de Dezembro de 1932. p. 4. Consultado em 21 de Junho de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  2. a b c d e f g «Falecimento: Coronel Antonio C. Leote Tavares» (PDF). Comercio de Portimão. Ano 7 (333). Portimão. 1 de Janeiro de 1933. p. 1. Consultado em 21 de Junho de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  3. ««Costa vermelha»: A Praia da Rocha» (PDF). O Algarve. Ano 23 (1178). Faro. 2 de Novembro de 1930. p. 1. Consultado em 24 de Junho de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  4. «Melhoramentos locaes» (PDF). Revista de Turismo. Ano VI (120). Lisboa. 5 de Junho de 1921. p. 181. Consultado em 24 de Junho de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  5. «Caminhos de ferro de Portimão a Lagos» (PDF). O Algarve. Ano 6 (307). Faro. 8 de Fevereiro de 1914. p. 1. Consultado em 24 de Junho de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
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