António Marcelino da Silva
António Augusto Marcelino da Silva foi um ferroviário português.
António Marcelino da Silva | |
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Nome completo | António Augusto Marcelino da Silva |
Outros nomes | António Marcelino da Silva, Marcelino da Silva |
Nacionalidade | Portuguesa |
Ocupação | Inspector |
Prémios | Comenda da Ordem do Mérito Industrial |
Empregador(a) | Caminhos de Ferro do Estado, Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses |
Cargo | Inspector, chefe de estação |
Biografia
editarTinha cerca de 10 anos e 5 meses quando foi nomeado como praticante, por exortação de seu avô junto do director dos Caminhos de Ferro do Minho e Douro, Justino Teixeira.[1] Ficou a trabalhar naquela divisão, tendo permanecido empregado quando foi arrendada à Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[1]
Aos 13 anos, foi investido temporariamente como chefe de estação na Ermida, por um inspector, depois do chefe de estação regular se ter retirado por doença, e um factor, que o devia substituir, se encontrar embriagado.[1] Assumiu definitivamente a função de chefe de estação aos 16 anos de idade.[1] Em Julho de 1916, arriscou a sua própria segurança ao ter assegurado, pessoalmente, a saída de uma composição de trigo do Pocinho com destino ao Porto, que se encontrava bloqueada por uma multidão sublevada.[1] Também exerceu a função de inspector.[2]
Em 1 de Março de 1949, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que António Marcelino da Silva tinha sido promovido a chefe de serviço da 1.ª Circunscrição dos Caminhos de Ferro, na Estação de Campanhã.[3]
Deixou de laborar em 31 de Dezembro de 1953, por ter atingido o limite de idade.[2]
Homenagens
editarRecebeu a Comenda da Ordem do Mérito Industrial em 11 de Fevereiro de 1949[4], numa cerimónia onde participaram o ministro das Comunicações, o director geral dos Caminhos de Ferro, Vasco Ramalho, o general comandante da 1.ª Região Militar, e o director geral da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, Roberto de Espregueira Mendes.[3]
Em 24 de Março de 1949, foi um dos homenageados por um grupo de ferroviários, reunidos na Malveira, por ter sido condecorado.[5]
Em 22 de Fevereiro de 1953, foi novamente homenageado numa sessão solene da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, na Estação de Campanhã, pela sua passagem para o quinquagésimo nono ano de serviço nos caminhos de ferro,[6] sendo o mais antigo ferroviário na Península Ibérica.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f «O ferroviário mais antigo da Península é português e vive no Porto» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 64 (1537). 1 de Janeiro de 1952. p. 416. Consultado em 31 de Dezembro de 2017
- ↑ a b «Vida Ferroviária: Marcelino da Silva» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 66 (1586). 16 de Janeiro de 1954. p. 435. Consultado em 31 de Dezembro de 2017
- ↑ a b «Vida Ferroviária» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 61 (1469). 1 de Março de 1949. p. 168. Consultado em 31 de Dezembro de 2017
- ↑ «Cidadãos nacionais agraciados com ordens portuguesas». Ordens Honoríficas Portuguesas. Consultado em 31 de Dezembro de 2017
- ↑ «Homenagem a 6 ferroviários» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1471). 1 de Abril de 1949. p. 262. Consultado em 31 de Dezembro de 2017
- ↑ «Vida Ferroviária» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 65 (1565). 1 de Março de 1953. p. 507. Consultado em 31 de Dezembro de 2017