António Pedro Ruivo

engenheiro, melómano e filantropo português

António Pedro Ruivo (São Tomé e Príncipe, ? - Faro, 3 de Dezembro de 1993) foi um engenheiro e filantropo português. Em conjunto a sua esposa, a pianista Maria Campina, estiveram entre os principais responsáveis pela fundação do Conservatório Regional do Algarve e da Orquestra Sinfónica do Algarve.[1]

António Pedro Ruivo
Nascimento
São Tomé e Príncipe
Morte 3 de dezembro de 1993
Faro
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Engenheiro e filantropo

Biografia editar

Nascimento e educação editar

António Pedro Ruivo nasceu no arquipélago de São Tomé e Príncipe, filho de uma família abastada.[1] Fez ainda os primeiros estudos na sua terra natal, e depois foi para Lisboa, onde tirou o curso de engenharia no Instituto Geográfico e Cadastral.[1]

 
Edifício do Conservatório do Algarve

Carreira profissional e benemérita editar

Como engenheiro, trabalhou em obras hidráulicas no Rio Guadiana, tendo colaborado nos estudos prévios para a Barragem de Alqueva.[1] Também laborou para as câmaras de Oeiras, Loures e Funchal.[1]

No Funchal, Pedro Ruivo e a sua mulher, a pianista Maria Campina, foram uns dos fundadores da Academia de Música da Madeira.[1] Depois acompanhou a sua esposa em vários concertos no país e no estrangeiro, tendo-se fixado em Faro, no Algarve, em 1970.[1] Aqui, desenvolveram os esforços que já existiam para a criação de uma escola de música regional, tendo conseguido formar o Conservatório Regional do Algarve em 12 de Novembro de 1973.[1] No entanto, aquela instituição estava situada numas instalações provisórias junto ao Teatro Lethes, pelo que Pedro Ruivo e Maria Campina continuaram a lutar pela construção de um edifício próprio para a sede do conservatório.[1] Em 1984, faleceu Maria Campina, pelo que Pedro Ruivo continuou sozinho nos seus esforços para desenvolver a escola, tendo feito a cerimónia da primeira pedra para a construção do edifício, em 1989.[2] A nova sede do conservatório foi inaugurada em 4 de Julho de 1993,[1] com o apoio do governo e da autarquia de Faro.[3]

Pouco tempo antes de falecer, Pedro Ruivo criou uma fundação com o seu nome, para manter o Prémio Internacional de Piano Maria Campina, que seria realizado de três em três anos para ajudar os alunos de menores recursos financeiros.[1] Também organizou e financiou vários concertos em toda a região do Algarve, e promoveu a fundação da Orquestra Sinfónica do Algarve, que no entanto só foi criada após a sua morte.[1]

Falecimento editar

Morreu em 3 de Dezembro de 1993, na cidade de Faro,[1] tendo sido sepultado ao lado da sua esposa, no cemitério de Loulé.[2]

Homenagens editar

Foi homenageado pelo governo português, devido ao seu contributo para a cultura musical no país.[1]

O seu nome foi colocado no auditório do Conservatório Regional do Algarve Maria Campina.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n MARREIROS, 2015:65-67
  2. a b «História». Conservatório Regional do Algarve Maria Campina. Consultado em 10 de Novembro de 2018 
  3. «PEREIRA, Maria Campina de Sousa». Portal de Recursos para a Educação Artística. Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. Consultado em 10 de Novembro de 2018 
  4. «Auditório Pedro Ruivo». Conservatório Regional do Algarve Maria Campina. Consultado em 10 de Novembro de 2018 

Bibliografia editar

  • MARREIROS, Glória (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8 
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