Apagão na Europa em 2006
O apagão na Europa em 2006 foi uma interrupção significativa no fornecimento de eletricidade que ocorreu na Europa a 4 de novembro, onde mais de quinze milhões dos consumidores da Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade ficaram sem energia elétrica.[1] As ações imediatas realizadas pelos operadores das redes de transporte, impediram que o apagão ocorresse em todo o continente europeu.[2]
Apagão na Europa em 2006 | |
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Áreas divididas pela Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade. | |
Data | 4 de novembro de 2006 |
Local | Alemanha, Áustria, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Macedónia, Marrocos, Montenegro, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Sérvia e Suíça |
Localização | Europa e norte de África |
Coordenadas | |
Tipo | Apagão |
História
editarO apagão deveu-se à simulação do desligamento da linha elétrica que cruzava o rio Ems no noroeste da Alemanha, para permitir a passagem do cruzeiro Norwegian Pearl sob os cabos aéreos. Em setembro, o estaleiro alemão Meyer Werft havia solicitado que as linhas Conneforde–Diele fossem desligadas a partir das 01:00, no dia 5 de novembro. Esta alteração foi comunicada aos operadores das redes de transporte próximos, que efetuaram as simulações para assegurar a estabilidade. Em consequência disso, o fluxo de energia previsto entre os operadores das redes de transporte foi diminuído das 00:00 às 06:00, no dia 5 de novembro. A 3 de novembro, o estaleiro solicitou que o desligamento fosse adiantado para o dia 4 de novembro, às 22:00. A empresa de eletricidade E.ON Netz considerou esta solicitação mais favorável e aprovou o pedido. No entanto, os operadores das redes de transporte próximos só foram comunicados acerca desta alteração tardiamente, e portanto, não foi realizada uma análise completa. Além disso, a capacidade de transporte já tinha sido vendida e não era possível a sua alteração, exceto em casos de força maior.[2][3]
Após o segundo circuito ter sido desligado, os alarmes foram acionados, devido ao fluxo de alta potência. A linha Landesbergen–Wehrendorf também estava muito próxima do seu limite da sobrecarga. A eletricidade foi interrompida trinta minutos depois, tendo-se elevado posteriormente. A empresa E.ON Netz fechou um disjuntor inter-barras para reduzir o problema, mas na realidade acabou produzindo o efeito contrário, provocando erros na linha.[2]
Vinte e oito segundos depois, o apagão estendeu-se por outros países da Europa, como a Polónia e República Checa na zona nordeste; Áustria, Bélgica, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Suíça na zona oeste; e Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Hungria, Macedónia, Montenegro, Roménia e Sérvia na zona sudeste.[4] O apagão também afetou Marrocos, no norte de África.[5]
Ver também
editarReferências
- ↑ Lusa (5 de novembro de 2006). «Apagão teve origem na Alemanha e afectou Europa Ocidental». Rádio e Televisão de Portugal
- ↑ a b c «Final Report System Disturbance on 4 November 2006» (PDF) (em inglês). Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade. Consultado em 11 de maio de 2017
- ↑ Pestana, Rui. «Incidente na Rede UCTE a 04.11.2006» (PDF). Centro de Informação. REN. Consultado em 11 de maio de 2017
- ↑ Bancaleiro, Cláudia (11 de novembro de 2009). «Apagões já deixaram às escuras vários milhões de pessoas». Público
- ↑ Lusa (6 de novembro de 2006). «Bruxelas quer aumentar níveis de segurança no sistema de fornecimento de energia». Rádio e Televisão de Portugal
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «2006 European blackout», especificamente desta versão.