Aracy Cortes

cantora brasileira
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Zilda de Carvalho Espíndola, conhecida como Aracy Cortes, (Rio de Janeiro, 31 de março de 1904 — Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 1985) foi uma cantora brasileira.

Aracy Cortes
Informação geral
Nome completo Zilda de Carvalho Espínola
Nascimento 31 de março de 1904
Local de nascimento Rio de Janeiro, DF
Brasil
Morte 8 de janeiro de 1985 (80 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, RJ
Gênero(s) Samba
Extensão vocal soprano
Período em atividade 1921-1984
Gravadora(s) Odeon
Brunswick
Columbia
Funarte
Afiliação(ões) Rosa de Ouro

Nascida no Estácio, foi criada pela madrinha muito severa; cresceu e mudou-se com a família para o Catumbi, aonde teve como vizinho um rapaz negro que tocava flauta, Pixinguinha, o fundador do grupo Oito batutas.

Por iniciativa própria começou a cantar em vários teatros da cidade, tornando-se conhecida pela voz de timbre soprano e o jeito personalista de cantar. O reconhecimento veio com a música Que Pedaço, de Sena Pinto (1923), e em seguida outro sucesso, Jura, de Sinhô (1928). Na esteira do sucesso e já muito enfronhada com o mundo da música, foi ela quem lançou também, na década de 1930, outros compositores, então desconhecidos: Ary Barroso e Assis Valente. Com apresentações recorrentes nos teatros de revista, que reuniam a nata do meio artístico, projetou-se como a primeira grande cantora popular, destacando-se em meio ao quase exclusivismo das vozes masculinas da época. Foi dela também a primeira audição de Aquarela do Brasil (Ary Barroso), a primeira e mais importante canção exportada para os EUA, inaugurando o gênero samba-exaltação.

Aracy revelou-se um dos maiores nomes do gênero samba-canção. Comparado ao bolero pela exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba-canção (surgido na década de 30) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950), com o qual Maysa Matarazzo já foi identificada. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.

Maiores sucessos editar

  • 1925 - Petropolitana
  • 1925 - Serenata de Toselli
  • 1925 - A Casinha (A Casinha da Colina)
  • 1926 - Serenata de Toselli
  • 1928 - Chora, Violão
  • 1928 - Jura
  • 1929 - Ai, Ioiô
  • 1929 - Yaya (Linda flor)
  • 1929 - "A polícia já foi lá em casa"
  • 1929 - "Vão por mim" - com Francisco Alves
  • 1929 - "Baianinha"
  • 1930 - Você Não Era Assim
  • 1931 - Quero Sossego
  • 1931 - Reminiscências
  • 1932 - Tem Francesa no Morro
  • 1932 - Dentinho de Ouro
  • 1932 - Que é Que…?
  • 1951 - Eu Sou Assim
  • 1951 - Eu Sou Assim

Ver também editar

Ligações externas editar