Araruta
A araruta (Maranta arundinacea), espécie do gênero Maranta, é uma erva cujo rizoma (caule subterrâneo) tem fécula branca que é alimentícia. Também é conhecida como agutiguepe, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-especial, araruta-gigante, araruta-palmeira, araruta-raiz-redonda, araruta-ramosa, embiri[1] e agutingue-pé.
EtimologiaEditar
"Araruta" é oriundo do termo aruaque aru-aru, "farinha de farinha".[1] "Embiri" provém do tupi embira'i, "embira pequena".[2]
DescriçãoEditar
A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo de araruta nas Américas há, pelo menos, 7 000 anos.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais, mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca). Considerada como um alimento de fácil digestão, a fécula da araruta é usada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos. Por esta característica, é indicada para idosos, crianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também pode se produzir papel com a araruta.
Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.
O grande diferencial da fécula de araruta é a ausência de “glúten” em sua composição, que possibilita aos portadores de doença celíaca, consumirem esse amido. É relevante destacar a necessidade de buscar novas fontes alimentares de qualidade e altos teores nutritivos reforçando os laços culturais outrora fragilizados pela ação do tempo, da globalização e do próprio ser humano. [3]
Para as culturas de ciclo longo, como é o caso da araruta, é muito importante se conhecer o tipo e o tamanho da muda, assim como a forma que deve ser plantada, e, portanto, há necessidade de estabelecer o mais rápido a população final desejada. Este trabalho teve como objetivo avaliar tipos de propágulos de araruta, provenientes do rizoma e haste pós-colheita, para produção de mudas.
Referências
- ↑ a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.156
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.631
- ↑ Silveira, Jorge (Outubro de 2015). «AVALIAÇÃO DE PROPÁGULOS DE ARARUTA 'COMUM' (MARANTA ARUNDINACEA L.) PARA PRODUÇÃO DE MUDAS». Caderno de Agroecologia. Consultado em 22 de abril de 2017
Ligações externasEditar
- ↑ Silveira, Jorge Raimundo Silva; Tavares, Celia Maria Freitas Santos; de Lima, Valmir Preira; da Silva Ledo, Carlos Alberto; Costa, Jonas Almeida (2016). «Avaliação de propágulos de araruta 'comum'(Maranta arundinacea L.) para produção de mudas». Cadernos de Agroecologia. 10 (3). Consultado em 22 de abril de 2017[ligação inativa]