Arqueópolis
Arqueópolis (em latim: Archaeopolis; em grego: Ἀρχαιόπολις; romaniz.: Archaiópolis, lit. "Cidade Velha"), Nocalaquevi (em georgiano: ნოქალაქევი; romaniz.: Nokalakevi) ou Tsiquegoji (ციხეგოჯი, Tsikhegoji) é um sítio arqueológico situado nas imediações da vila de Nocalaquevi, no município de Senaki, na região de Mingrélia-Alta Suanécia, na Geórgia.
Arqueópolis | |
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Fortificações em Arqueópolis | |
Localização atual | |
Localização do sítio na Geórgia | |
Coordenadas | 42° 21′ 26″ N, 42° 11′ 38″ L |
País | Geórgia |
Região | Mingrélia-Alta Suanécia |
Notas | |
Acesso público |
História
editarDe acordo com as crônicas georgianas da Idade Média, seu nome mais antigo foi Tsiquegoji, em referência a Cuji, um rei e então eristavi da Cólquida que apoiou a ascensão de Farnabazo I no Reino da Ibéria e se submeteu a ele como vassalo.[1] Tornar-se-ia capital do Reino da Lázica (século II–ca.697) e ao longo do século VI teve papel relevante nos conflitos travados entre o Império Bizantino e o Império Sassânida nessa porção do Cáucaso. Em 551, no contexto da Guerra Lázica, os generais bizantinos Babas e Odonaco reuniram-se ali com três mil tropas enquanto aguardavam instruções a respeito das tropas invasoras sassânidas que buscavam subjugar o Reino da Lázica.[2] O general sassânida Mermeroes cercou a fortaleza, mas desistiu do empreendimento por falta de suprimentos e recuou.[3] Em 552, junto de seus reforços sabires, atacou Arqueópolis e outros assentamentos próximos.[4][5]
Em 555, uma reunião de oficiais bizantinos buscou definir o plano de ação e Vligago e Buzes concordaram que era necessário sair da fortaleza com os continentes imperiais e interceptar os reforços sassânidas que estavam a caminho do forte de Onoguris.[6] A opinião que prevaleceu foi a de Martinho e Rústico, segundo a qual deveriam seguir com a força principal contra Onoguris enquanto outra força (sob Dabragezas e Usigardo[7]) atacaria Nacoragano. Eles atacaram Onoguris e sitiaram-na, mas a chegada inesperada do reforço sassânida levou-o a abandonar o ataque e fugir em pânico.[8] Na primavera de 556, o general sassânida Nacoragano transitou nas imediações da fortaleza, perdendo parte de seu contingente dailamita num ataque de mercenários sabires lutando pelos bizantinos.[9]
Referências
- ↑ Brosset 1849, p. 38.
- ↑ Martindale 1992, p. 161.
- ↑ Greatrex 2002, p. 119.
- ↑ Martindale 1992, p. 884.
- ↑ Greatrex 2002, p. 120.
- ↑ Martindale 1992, p. 1390.
- ↑ Martindale 1992, p. 379.
- ↑ Martindale 1992, p. 845-846.
- ↑ Martindale 1992, p. 910.
Bibliografia
editar- Brosset, Marie-Félicité (1849). Histoire de la Géorgie de l'Antiquité au xixe siècle. São Petersburgo: Academia Imperial de Ciências da Rússia
- Greatrex, Geoffrey; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363–630 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-14687-9
- Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Babas». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8