Bassia scoparia, comummente conhecida como belverde[1], é uma espécie de planta com flor pertencente à família Quenopodiáceas.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBassia scoparia

Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Ordem: Caryophyllales
Família: Chenopodiaceae
Género: Bassia
Espécie: B. scoparia
Nome binomial
Bassia scoparia
(L.) Voss

Nomes comuns

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Dá ainda pelos seguintes nomes comuns: valverde[2] e mirabela[3] (não confundir com a Prunus domestica susbp. syriaca, que consigo partilha este nome).

Descrição

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Trata-se de uma planta herbácea anual que pode ascender aos 150 centímetros de altura.[4] É tomentosa, o que quer dizer que se reveste de penugem, pelo menos nos ramos floridos.[4] Tem um caule erecto e ramoso.[4]

No que toca às folhas, medem de 15 a 25 milímetros de comprimento e 3 a 4 milímetros de largura.[4] Têm um formato linear ou linear-lanceolado, tanto podendo ser glabras como pubescentes.[4] As folhas basais costumam ser trinervadas ao passo que as superiores já costumam ser uninervadas.[4]

As brácteas costumam medir entre 5 a 8 milímetros de comprimento por 0,7 a 1,2 milímetros de largura.[4] Encontra-se dotada de um variedade particular de inflorescência, chamada glomérulo[5], em que as flores formam um aglomerado globoso.[4] Os glomérulos desta espécie são formados por grupos de até 3 flores.[4]

Distribuição

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É natural da Eurásia, particularmente da Europa de Leste, da região do Cáucaso, da Ásia Central, do Nepal e do Paquistão, tendo sido introduzida mais tarde no continente americano e noutras partes Europa, onde se naturalizou.[6]

Portugal

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Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente os seguintes táxones infraespecíficos:[7]

Em termos de naturalidade é nativa da região atrás referida. Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

Ecologia

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Trata-se de um espécie ruderal, que marca presença tanto em courelas agricultadas, como em espaços ocupados pelo homem, mesmo os urbanos.[6][8]

Taxonomia

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A autoridade científica da espécie é (L.) Voss, tendo sido publicada em Deutsche Gartenrat 1(37): 289-290 (1903).[9] Esta espécie foi transportada para o género Bassia por Andrew J. Scott em 1978.[10][11]

Etimologia

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Do que toca ao nome científico desta espécie:

  • O nome genérico, Bassia, trata-se de um neologismo latino, que latiniza o apelido do botânico oitocentista italiano Fernando Bassi, para o homenagear.[12]
  • O epíteto específico, scoparia, provém da palavra latina para «vassoura»[13], por derivação do étimo latino scōpo «varrer»[14], por alusão ao costume de se usar esta planta no fabrico de vassouras artesanais.[15][16]

No que toca aos nomes comuns:

  • O substantivo «belverde» provém do italiano belvedere e significa «belo de se ver».[1]

Sinonímia

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  • Kochia scoparia (L.) Schrad
  • Atriplex scoparia (L.) Crantz
  • Bassia sicorica (O.Bolòs & Masclans) Greuter & Burdet
  • Bassia sieversiana (Pall.) W.A.Weber
  • Bushiola scoparia (L.) Nieuwl.
  • Chenopodium scoparia L.
  • Kochia densiflora Turcz. ex Aellen
  • Kochia parodii Aellen
  • Kochia scoparia (L.) Schrad.
  • Kochia sicorica O.Bolòs & Masclans
  • Kochia sieversiana (Pall.) C.A.Mey.
  • Kochia trichophylla hort.
  • Salsola scoparia (L.) M.Bieb.
  • Salsola sieversiana Pall. ex Steud.
  • Salsola songarica Siev. ex Pall.
  • Suaeda cinerea Schur
  • Suaeda sieversiana Pall.[17]

Referências

  1. a b Infopédia. «belverde | Definição ou significado de belverde no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  2. Infopédia. «valverde | Definição ou significado de valverde no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  3. Infopédia. «Mirabela | Definição ou significado de Mirabela no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  4. a b c d e f g h i Castroviejo, S. (1986–2012). «Bassia Scoparia» (PDF). Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid. p. 521. Consultado em 17 de março de 2020 
  5. Infopédia. «glomérulo | Definição ou significado de glomérulo no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  6. a b c «Bassia scoparia». Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Consultado em 17 de março de 2020 
  7. Sequeira M, Espírito-Santo D, Aguiar C, Capelo J & Honrado J (Coord.) (2010). Checklist da Flora de Portugal (Continental, Açores e Madeira). Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA).
  8. a b «Bassia scoparia| Flora-On | Flora de Portugal». flora-on.pt. Consultado em 16 de outubro de 2021 
  9. Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 29 de setembro de 2014 <http://www.tropicos.org>
  10. «Kochia scoparia». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 5 de Julho de 2013 
  11. «Bassia Scoparia - Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  12. «Definition of BASSIA». www.merriam-webster.com (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  13. Wirt, Elizabeth Washington (1837). Flora's Dictionary (em inglês). London: Fielding Lucas, Jr. p. 8-9. 334 páginas 
  14. «scōpo - ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 12 de fevereiro de 2022 
  15. Dai Nihon Nōkai (1895). «Kochia Scoparia». Useful Plants of Japan Described and Illustrated. [S.l.]: Agricultural Society of Japan. p. 80 
  16. «Hero korova metla 2012» (em sérvio). Consultado em 16 de janeiro de 2017 
  17. Kochia scoparia en PlantList

Bibliografia

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Ligações externas

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