A Batalha de Alcácer do Sal de 1161 foi um encontro armado entre as tropas do rei D. Afonso Henriques, e os Almóadas comandados por Abu Mohammed Abdallah Ben Hafs, conhecido entre os portugueses como Benafece.
Batalha de Alcácer do Sal (1161)
|
Reconquista
|
Data
|
1161
|
Local
|
Alcácer do Sal
|
Desfecho
|
|
Beligerantes
|
|
Comandantes
|
|
Forças
|
Desconhecida |
Desconhecida |
|
Baixas
|
6,000 mortos |
Desconhecidas |
|
|
Após concluir a conquista do Magrebe oriental, o califa almóada Abd al-Mu'min decidira intervir na península Ibérica, para unir os estados muçulmanos sob a sua autoridade, à força se necessário, e impedir o avanço dos reinos cristãos. Nos primeiros meses de 1160 o califa mandou o wali de Granada restaurar e melhorar as fortificações de Gibraltar e, concluídas estas, Abd Al-Mu'min atravessou o estreito à testa de um grande exército de 18,000 homens e instalou-se na cidade.[1][2] Informado das conquistas de D. Afonso Henriques ou Ibn Errik, que recentemente conquistara Alcácer do Sal, em 1158, entre outras povoações no interior Alentejano, o califa enviou um destacamento sob o comando de Abu Mohammed Abdallah Ben Hafs ou Benafece para ocidente a recuperá-las.[2]
Ao entrarem no território de Alcácer do Sal, D. Afonso Henriques convocou as suas tropas e saiu a campo para fazer frente aos muçulmanos.[2] Os portugueses não foram, porém, bem-sucedidos contra um inimigo tão numeroso e acabaram derrotados em batalha campal. Morreram mais de 6000 portugueses e foram capturados grande número de combatentes.[2]
Em resultado desta batalha, os portugueses perderam para os Almóadas um grande número de povoações que haviam recentemente conquistado no Alentejo.[2] Beja, conquistada pelos portugueses em Dezembro do ano anterior, foi abandonada e reocupada pelos muçulmanos. Alcácer do Sal, porém, manteve-se em mãos portuguesas, como um baluarte da defesa cristã.[3] Os muçulmanos não avançaram mais para norte e depois da campanha bem-sucedida, Benafece retirou-se quando o califa ordenou o regresso à base; no ano seguinte, Abd al-Mu'min regressou ao norte de África e, em Dezembro, os portugueses reataram a guerra contra os muçulmanos do Andalus, começando com um ataque da milícia de Santarém contra Beja, chefiado por Fernão Gonçalves.[2][3]
Referências