Batalha de Cachoeira
A Batalha de Cachoeira ocorreu de 25 a 28 de junho de 1822 , quando a Câmara Municipal de Cachoeira se rebelou contra o governo português da Província da Bahia, e declarou lealdade ao príncipe regente Dom Pedro. Em uma tentativa de impedir uma revolta em larga escala contra o governo da Bahia, o governador Madeira de Melo mandou uma canhoneira para a cidade para intimidar a população. A canhoneira foi derrotada permitindo que outras câmaras de vereadores aderissem a causa nativista e formassem uma junta de governo provisória e permitissem a derrota das forças portuguesas na Bahia, que permitiu que a Independência do Brasil se consolidasse.
Batalha de Cachoeira | |||
---|---|---|---|
Guerra de Independência do Brasil | |||
Data | de 25 a 28 de Junho de 1822 | ||
Local | Cachoeira Rio Paraguaçu, Bahia, Brasil | ||
Desfecho | Vitoria decisiva brasileira | ||
Beligerantes | |||
| |||
Baixas | |||
|
Contexto Histórico editar
A Província da Bahia estava sob o domínio do governador das armas Inácio Luís Madeira de Melo, que tinha sido nomeado pelas cortes portuguesas e era favorável a recolonizarão.[1] A causa da recolonizarão do país era apoiada por comerciantes ligados ao monopólio e pelas tropas oriundas de portugal. Isso propiciou um poder de fogo poderoso a serviço das forças portuguesas. [2] Por sua vez a elite agrária brasileira, que dominava as câmaras municipais, que comandavam exércitos particulares, temiam perder os privilégios obtidos com o fim da colonização. Assim a elite colonial dos homens bons temia passou a ver as tropas leais ao príncipe regente como um possível apoio para a descolonização do país. [3][4][5][6]. Por sua vez os portugueses planejavam usar a província da Bahia para reconquistar o Rio de Janeiro e recolonizar o Brasil.[7]
A Batalha editar
Quando a Câmara de vereadores de Cachoeira declarou sua lealdade a Dom Pedro e se rebelou contra os portugueses, Madeira de Melo enviou uma canhoneira, a fim de impedir uma revolta em larga escala na Província da Bahia. [1] A canhoneira reagiu abrindo fogo contra a cidade. A população e a milícia local se mobilizou, para impedir a canhoneira. [1][8]O armamento usado pela população durante o conflito era fabricado de forma improvisada.[6][8] Apesar dos historiadores não saberem exatamente o que permitiu que os portugueses fossem derrotados, moradores locais hoje em dia teorizam que a baixa maré criou muitos bancos de areia no Rio Paraguaçu. Isso pode ter dificultado os portugueses levando a sua derrota.[8]
Ver também editar
Referências
- ↑ a b c «2 de Julho A Bahia na independência nacional» (PDF)
- ↑ «A Guerra da Independência e o Reconhecimento no Exterior. A Questão do Tráfico Negreiro». www.multirio.rj.gov.br. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ «A organização da independência brasileira». Brasil Escola. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ «Câmaras Municipais». Brasil Escola. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ «Companhias de Ordenanças». mapa.an.gov.br. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ a b «Guerra da Independência - O Exército». Exército Brasileiro. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ Nogueira, Adeilson (14 de maio de 2020). Guerras Brasileiras (em inglês). [S.l.]: Clube de Autores
- ↑ a b c Lyrio, Alexandre (30 de junho de 2017). «Cachoeira: polo político e estratégico da guerra pela independência da Bahia». Jornal Correio. Consultado em 9 de fevereiro de 2022