Brasileodactylus um gênero de pterossauro do estágio Aptiano (período Cretáceo Inferior) da antiga Formação Santana da Chapada do Araripe, Ceará, Brasil. Foi descoberto em 1984 por Alexander Kellner.

Brasileodactylus
Intervalo temporal: Cretáceo Inferior
112 Ma
Taxocaixa sem imagem
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ordem: Pterosauria
Subordem: Pterodactyloidea
Clado: Ornithocheiriformes
Clado: Ornithocheirae
Clado: Anhangueria
Gênero: Brasileodactylus
Kellner, 1984
Espécie-tipo
Brasileodactylus araripensis
Kellner, 1984

Descoberta editar

O gênero foi nomeado pelo paleontólogo brasileiro Alexander Wilhelm Armin Kellner em 1984. O nome do gênero significa "pterossauro (literalmente, [asa] "dedo") do Brasil". A espécie-tipo é Brasileodactylus araripensis. O nome específico refere-se a Chapada do Araripe. O holótipo, MN 4804-V, é a parte frontal de uma mandíbula.[1]

Descrição editar

Brasileodactylus era um pterossauro de tamanho médio com uma envergadura de aproximadamente 4 m e uma massa corporal de 10 kg.[2] Tinha um focinho comprido e pontiagudo e dentes cônicos que na extremidade anterior das mandíbulas eram longos, finos e apontando para a frente. Ao contrário de alguns outros pterossauros brasileiros, não tinha crista no focinho ou mandíbula inferior, mas poderia ter uma na parte de trás do crânio.[3]

Classificação editar

Kellner primeiro atribuiu Brasileodactylus a família Ornithocheiridae.[1] Em 2000 afirmou uma grande afinidade com o clado Anhangueridae.[4]

Abaixo está um cladograma mostrando os resultados de uma análise filogenética apresentada por Andres et al., 2014.[5]

 Pteranodontoidea 

Pteranodon

Ornithocheiromorpha

Hongshanopterus

Lonchodectes

Lanceodontia

Istiodactylidae

Anhangueria

Boreopteridae

Cearadactylus

Brasileodactylus

Ludodactylus

Ornithocheirae

Anhangueridae

Ornithocheiridae

Referências

  1. a b Kellner, A. W. A. (1984). «Ocorrência de uma mandibula de pterosauria (Brasileodactylus araripensis, nov. gen.; nov. sp.) na Formação Santana, Cretáceo da Chapada do Araripe, Ceará-Brasil.». Rio de Janeiro. Anais XXXIII Cong. Brasil. de Geol: 578–590 
  2. Paul, Gregory S. (2022). The Princeton Field Guide to Pterosaurs. [S.l.]: Princeton University Press. 165 páginas. ISBN 9780691232218. doi:10.1515/9780691232218 
  3. Veldmeijer, A.J.; Meijer, H.J.M; Signore, M. (2009). «Description of Pterosaurian (Pterodactyloidea: Anhangueridae, Brasileodactylus) remains from the Lower Cretaceous of Brazil». DEINSEA. 13: 9-40 
  4. Kellner, A. W. A. and Tomida., Y. (2000). "Description of a new species of Anhangueridae (Pterodactyloidea) with comments on the pterosaur fauna from the Santana Formation (Aptian -Albian), Northeastern Brazil." National Science Museum Monographs No. 17, National Science Museum, Tokyo: 1-135
  5. Andres, B.; Clark, J.; Xu, X. (2014). «The Earliest Pterodactyloid and the Origin of the Group». Current Biology. 24: 1011–6. PMID 24768054. doi:10.1016/j.cub.2014.03.030 
  Este artigo sobre pterossauro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.