A calavera (IPA kalaˈβeɾa em espanhol para "Crânio humano") é uma representação do crânio humano feita seja em açúcar ou em argila, que é usada no México na celebração do Dia dos Mortos, Dia dos Fiéis Defuntos da Igreja Católica. Calavera é também qualquer representação artística de caveiras, como as litografias de José Guadalupe Posada.[1]

Caveira de açúcar usada no Dia dos Mortos
"Gran calavera eléctrica" por José Guadalupe Posada, 1900–1913. restaurada

Caveiras de açúcar editar

São doces feitos em açúcar de cana (numa variante de alfenim), geralmente em uma única peça, sem corante (exceto por vezes baunilha) e adornados com traços de tintura vegetal, geralmente em verde, azul, amarelo ou vermelho. Os nomes das pessoas representadas ou mesmo vivas são comumente escritos na testa e podem ser comprados e dados como presentes.[2]

Algumas pessoas guardam essas caveiras por alguns dias para depois jogá-las fora, outras as comem. Há variações também comestíveis que são feitas de chocolate.

Caveiras de argila editar

Existem vários brinquedos de barro representando Calaveras, os quais se assemelham à forma do crânio humano. Normalmente, esses brinquedos são pintados em algum tom de tinta prata, embora também sejam comumente encontrados em cores como branco, preto e vermelho. Olhos frisados de cores diferentes também são comumente adicionados.

Na literatura editar

Calaveras na literatura são poemas escritos para o Dia dos Mortos mas com intenção de serem humorísticos com críticas às maneiras de viver.[3][4]Na literatura, as Calaveras se originaram na segunda metade do século XIX, quando a publicação de gravuras de alguns políticos importantes começaram a aparecer na imprensa. Tais personagens eram representadas por esqueletos cujos rostos tinham os traços da pessoa, sendo facilmente identificáveis. Além disso, tais desenhos continham textos escritos que contavam dados sobre a causa da morte das pessoas.

Ver também editar

Referências

  1. About an José Guadalupe Posada's Calavera Revolucionaria, consultado em 13 de novembro de 2007, Posada created many images of calaveras (skeletons) performing many different human activities. These images were/are used for the Day of The Dead celebrations in Mexico. 
  2. Stanley Brandes (8 de janeiro de 2007). Skulls to the Living, Bread to the Dead: The Day of the Dead in Mexico and Beyond. [S.l.]: Wiley-Blackwell. 43 páginas. ISBN 978-1-4051-5248-8 
  3. Rangel, Sonia. «Calavera poetry reading slated for Nov. 1». Tejano Tribune. Consultado em 13 de novembro de 2007 [ligação inativa] 
  4. Barradas, Francisco (1 de novembro de 2007). «Calaveras and Posadas». El Tecolote (em spanish). Consultado em 13 de novembro de 2007