Camilo Chaves

político brasileiro
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Camilo Rodrigues Chaves[1] (Campina Verde, 18 de julho de 1884 - Belo Horizonte, 3 de fevereiro de 1955)[2] foi um político e escritor espírita.

Camilo Chaves
Nascimento 18 de julho de 1884
Campina Verde, MG
Morte 3 de fevereiro de 1955 (70 anos)
Belo Horizonte, MG
Nacionalidade Brasileiro
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação
  • Advogado
  • Fazendeiro
  • Político
  • Escritor
  • Dirigente espírita
  • Jornalista
  • Comerciante
Religião Espiritismo

Biografia editar

Filho de João Evangelista Rodrigues Chaves e Maria Matilde do Amaral Chaves, era natural do povoado de Campo Belo do Prata, hoje cidade de Campina Verde, Minas Gerais. Casou-se com Damartina Teixeira Chaves, e nasceram os filhos, Hélio Chaves, Camilo Chaves Junior e Fábio Teixeira Rodrigues Chaves. Detentor de vasta cultura humanística, falava corretamente as línguas italiana, francesa e espanhola, conhecendo também o latim clássico e o grego antigo. Executava ao piano, com admirável perfeição, obras de consagrados mestres da música mundial. Foi ainda orador, poeta, escritor, jornalista, comerciante, fazendeiro e advogado.

Aos nove anos de idade, seus pais consentiram que o Bispo de Goiás, Dom Eduardo Duarte e Silva, o levasse para Roma, onde seguiria a carreira eclesiástica, ingressando no Colégio Pio Latino-Americano. Ali estudou e formou-se na Universidade Gregoriana do Vaticano, diplomando-se, em Teologia, Filosofia, Ciências Naturais e Matemática. Porém, antes de receber a Ordem Eclesiástica, resolveu voltar ao Brasil por sentir que não tinha vocação para o sacerdócio. Sua primeira obra literária “Romance da Terra e do Homem do Brasil Central” definiu-lhe o conteúdo e teve grande acolhida no meio intelectual.

Criou em Uberlândia a Fazenda Experimental da Semente e foi professor no Liceu de Uberlândia e no Colégio Nossa Senhora das Lágrimas.

Carreira Política editar

Foi vereador[3], deputado e senador do antigo Congresso Mineiro, quando se dedicou às lides políticas, desfrutando de grande prestígio em todo o estado de Minas Gerais. Na Revolução de 1930, foi escolhido Comandante das Forças Revolucionárias do Triângulo Mineiro. Abandonou a política, após conhecer o Espiritismo, para dedicar-se às letras e à divulgação da Doutrina Espírita.

Vida Como Espírita editar

Foi presidente da União Espírita Mineira (UEM) de 1945 até fevereiro de 1955. Durante a sua gestão, foi iniciada a construção da sede da Casa Máter do Espiritismo em Minas Gerais, cuja inauguração se deu no dia 18 de abril de 1956. Inaugurou na União Espírita Mineira a Assistência Dentária e a Farmácia Homeopática, serviços que eram prestados gratuitos a milhares de necessitados. Fez ainda circular com regularidade o jornal “O Espírita Mineiro”, órgão de orientação doutrinária. Elaborou novo Estatuto e ampliou os departamentos da entidade, como o Departamento da Mocidade Espírita e o Conselho Federativo, conforme as normas constantes do Pacto Áureo de Unificação. Promoveu o II Congresso Espírita Mineiro, quando foi aprovada a Declaração de Princípios Espíritas. Fundou o “Cenáculo Espírita Tiago - o Maior”, presidente de honra do Centro Espírita “Amor e Caridade”, fundador da Sociedade de Amparo à Pobreza, mais conhecida como “Sopa dos Pobres”, conselheiro, sócio e irmão benemérito de várias sociedades espíritas, que lhe adotaram o nome, presidente do "Abrigo Jesus". Foi um grande empreendedor nas obras por onde passava.

Escreveu o romance espírita histórico “Semiramis" - "Rainha da Assíria, Babilônia, do Súmer e Akad”.

Morte editar

Faleceu em 3 de fevereiro de 1955 (70 anos), vítima de angina pectoris, com grande repercussão em Minas Gerais, onde foi decretado luto oficial pelo então Governador do Estado, Juscelino Kubitschek.

Referências

  1. «Biografias». Federação Espírita Brasileira. Consultado em 5 de junho de 2021 
  2. http://www.camilochaves.org.br/
  3. http://www.alami.xpg.com.br/senador.html