Caminho da Mata Atlântica
O Caminho da Mata Atlântica (CMA) é uma trilha brasileira que cruza a Serra do Mar e parte da Serra geral, cujo ecossistema predominante é a Mata Atlântica. Com mais de 4 mil km de extensão, a trilha tem início no Parque Nacional de Aparados da Serra, no norte do Rio Grande do Sul, e se estende até o Parque Estadual do Desengano, no norte do Rio de Janeiro, cruzando mais de 100 áreas protegidas, incluindo 10 parques nacionais e 32 parques estaduais e formando um grande corredor ecológico.
O Caminho da Mata Atlântica interliga diversas outras trilhas já existentes, como o Caminho do Itupava (PR), os Caminhos do Mar (SP), o Caminho de Mambucaba (RJ) e a Trilha Transcarioca (RJ), promovendo o ecoturismo, a geração de renda para comunidades locais e a conservação de áreas protegidas. O projeto, que tem como lema "as pessoas no coração da mata e a mata no coração das pessoas", é uma iniciativa de diversas instituições e voluntários e surgiu da mobilização de órgãos gestores de áreas protegidas, de organizações ambientalistas, de federações e de clubes de montanhismo, de operadores turísticos, de universidades e de voluntários.[1][2]
A implantação da trilha depende de muitos voluntários e parceiros locais e mais de 600 km já foram sinalizados. Você já pode percorrer o Caminho da Mata Atlântica. Saiba mais explorando o mapa interativo do Caminho da Mata Atlântica
Em 2020, o Caminho da Mata Atlântica foi escolhido como um dos 52 lugares do mundo para se visitar pelo New York Times.
Pilares editar
Como forma de dar mais clareza aos seus objetivos, a implantação do CMA foi estruturada em quatro pilares:[2]
- Trilha: Implantação da trilha e capacitação de recursos humanos para fortalecimento de ações de manejo e de proteção.
- Engajamento: Sensibilização e engajamento da sociedade, promovendo ações de voluntariado e de monitoramento participativo.
- Cadeia produtiva: Fortalecimento das iniciativas locais de turismo sustentável, criando um ambiente colaborativo entre os diferentes atores e as novas alternativas de geração de renda.
- Biodiversidade: Articulação para conservar e recuperar a conectividade entre remanescentes de Mata Atlântica e áreas protegidas ao longo da trilha.
Parques editar
Ao longo de sua extensão, o Caminho da Mata Atlântica cruzará os seguintes parques nacionais e estaduais:[1]
Rio Grande do Sul editar
Santa Catarina editar
Paraná editar
- Parque Estadual do Boguaçu
- Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange
- Parque Nacional Guaricana
- Parque Estadual do Pau-Oco
- Parque Estadual Pico do Marumbi
- Parque Estadual Serra da Baitaca
- Parque Estadual Graciosa
- Parque Estadual Roberto Ribas Lange
- Parque Estadual Pico do Paraná
- Parque Estadual da Ilha do Mel
- Parque Nacional de Superagüi
São Paulo editar
- Parque Estadual da Ilha do Cardoso
- Parque Estadual Lagamar de Cananéia
- Parque Estadual do Rio Turvo
- Parque Estadual Caverna do Diabo
- Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR)
- Parque Estadual Intervales
- Parque Estadual Nascentes do Paranapanema
- Parque Estadual Carlos Botelho
- Parque Estadual Campina do Encantado
- Parque Estadual do Prelado
- Parque Estadual do Itinguçu
- Parque Estadual da Serra do Mar
- Parque Estadual Restinga de Bertioga
- Parque Estadual de Ilhabela
- Parque Estadual da Ilha Anchieta
Rio de Janeiro editar
Ver também editar
Referências
- ↑ a b «Conheça o Caminho da Mata Atlântica». Trilhando Montanhas. 11 de maio de 2017. Consultado em 21 de outubro de 2017
- ↑ a b Santos, Douglas (15 de outubro de 2019). «Caminho da Mata Atlântica ajuda a reconectar pessoas, florestas e áreas protegidas». WWF-Brasil. Consultado em 27 de março de 2020