Campeonato Paulista de Futebol de 1959

O Campeonato Paulista de Futebol de 1959 foi uma competição oficial realizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF). O campeonato teve o Palmeiras como campeão[2] e o Santos como vice.

Campeonato Paulista de Futebol de 1959
Campeonato Paulista de Futebol - Série A1 de 1959
São Paulo
Dados
Participantes 20
Organização FPF
Campeão Palmeiras (13.º título)
Vice-campeão Santos
Rebaixado(s)
Melhor marcador Pelé (Santos) – 44 gols[1]
Melhor ataque Santos – 151 gols
Melhor defesa Palmeiras – 32 gols
Maior goleada
(diferença)
Santos 12–1 Ponte Preta
Vila BelmiroSantos
19 de novembro, 13ª rodada
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Esse campeonato é mais conhecido como o "Supercampeonato Paulista de 1959",[3] pois sua decisão se deu em partidas extras decisivas, uma vez que o Santos, de Pelé, e Palmeiras, com a Academia de Futebol[4] empataram em primeiro lugar ao final do campeonato. [5]

O artilheiro foi Pelé, do Santos, com 44 gols marcados.

História

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Desde 1951, o Palmeiras não vencia nenhum certame de futebol profissional. Mas, em 1959, a equipe alviverde não fez por menos. Começou vencendo os campeonatos, infantil, juvenil, amador e aspirante. O time principal, um verdadeiro esquadrão milionário, conseguiu destronar o Santos de Pelé.[5]

A decisão se deu em melhor de 4 (quatro) pontos, e o Palmeiras se sagrou campeão depois de dois empates e uma vitória de 2 x 1 sobre o Santos no último jogo, com o gol decisivo marcado pelo ponta-esquerda Romeiro cobrando falta.[6]

Os três rebaixados foram o XV de Jaú, o Nacional e o Comercial de São Paulo. Os dois últimos nunca mais retornaram à divisão principal.

Classificação

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Pos. Equipes Pts J V E D GP GC SG Classificação ou rebaixamento
1 Santos 63 38 30 3 5 151 53 98 Partida de desempate
2 Palmeiras 63 38 29 5 4 107 32 75
3 Ferroviária 53 38 23 7 8 78 44 34
4 São Paulo 53 38 22 9 7 79 38 41
5 Corinthians 50 38 23 4 11 75 45 30
6 Portuguesa 45 38 20 5 13 86 62 24
7 Taubaté 37 38 16 5 17 56 70 −14
8 Botafogo-SP 37 38 12 13 13 61 52 9
9 Noroeste 35 38 16 3 19 59 67 −8
10 Juventus-SP 33 38 11 11 16 71 67 4
11 Jabaquara 32 38 12 8 18 50 73 −23
12 XV de Piracicaba 32 38 11 10 17 54 69 −15
13 Guarani 31 38 12 7 19 57 81 −24
14 Comercial 31 38 12 7 19 53 77 −24
15 Ponte Preta 31 38 12 7 19 57 86 −29
16 América-SP 30 38 12 6 20 44 78 −34
17 Portuguesa Santista 29 38 12 5 21 54 90 −36
18 XV de Jaú 27 38 11 5 22 48 83 −35 Zona de rebaixamento
19 Nacional-SP 26 38 9 8 21 57 90 −33
20 Comercial de São Paulo 22 38 6 10 22 52 92 −40

Partidas de desempate

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Troféu Campeonato paulista de 1959

Primeiro Jogo - Palmeiras 1 x 1 Santos

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O primeiro jogo foi realizado em 5 de janeiro de 1960. O Santos tinha dois problemas: Jair Rosa Pinto e Pagão, contundidos.[5] O treinador Lula deslocou Urubatão para lugar de Jair, fazendo entrar Feijó na zaga. Para substituir Pagão, entrou um jovem de dezesseis anos de idade chamado Coutinho. O time santista jogou com Laércio, Feijó, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Urubatão, Coutinho, Pelé e Pepe. O Palmeiras, que não tinha problemas, jogou com Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Romeiro, Américo Murolo e Géo. Aos 22 minutos do primeiro tempo Pelé abriu a contagem no Pacaembu. O Palmeiras empatou aos 32 minutos através de Zequinha. O público, que bateu o recorde de renda no campeonato, saiu reclamando de marmelada. Com o empate, ficou decidido que haveria mais dois jogos, independente do resultado da segunda partida.

5 de janeiro de 1960 Palmeiras 1 – 1 Santos Pacaembu, São Paulo

Zequinha   34' Pelé   22' Público: 38 262
Renda: Cr$ 3.061.350,35
Árbitro:  AUT Stefan Walter Glanz
  • Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo Murolo, Romeiro e Géo. Treinador: Osvaldo Brandão
  • Santos: Laércio; Feijó, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Urubatão, Coutinho, Pelé e Pepe. Treinador: Lula

Segundo Jogo - Palmeiras 2 x 2 Santos

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No dia 7 de janeiro de 1960, aconteceu mais um jogo no mesmo Pacaembu. No Santos, Jair e Pagão continuavam de fora. No Palmeiras, o técnico Osvaldo Brandão colocou Nardo no lugar do ponteiro Géo. O jogo foi uma repetição melhorada do primeiro. Aos 44 minutos, cobrando um pênalti, Pepe abriu a contagem. No segundo tempo, logo aos 2 minutos, Getúlio do Santos faz contra e empata para o Palmeiras. Logo depois, Chinesinho faz 2x1 e aos 40 minutos, novo pênalti para o Santos e novo gol de Pepe. Fim de jogo e mais um empate, que deixava os dois clubes em igualdade de condições para decidir o campeonato na terceira partida.[7]

7 de janeiro de 1960 Santos 2 – 2 Palmeiras Pacaembu, São Paulo

Pepe   25' (pen.),   80' (pen.) Getúlio   48' (g.c.)
Chinesinho   50'
Público: 27 652
Renda: Cr$ 2.104.070,00
Árbitro:  SP Catão Montez Júnior
  • Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo Murolo, Romeiro e Nardo. Treinador: Osvaldo Brandão
  • Santos: Laércio; Feijó, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Urubatão, Coutinho, Pelé e Pepe. Treinador: Lula

Terceiro Jogo - Palmeiras 2 x 1 Santos

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O jogo decisivo foi no dia 10 de janeiro de 1960, o Santos fez voltar ao time, Jair Rosa Pinto e Pagão, que tinha se casado e estava em lua de mel na cidade de Poços de Caldas. Ele voltou correndo para jogar a decisão. E logo no inicio da partida, Pagão cabeceia a bola para Pelé que marca o primeiro gol, aos 14 minutos do primeiro tempo. Logo depois, Pagão era atingido por Aldemar e ficou em campo fazendo número. Jair também não fazia uma boa partida e o Santos perdia a agressividade no ataque e a harmonia do meio do campo. Enquanto isso, Chinesinho tomava conta do jogo e Aldemar, de Pelé. A única coisa que faltava ao Palmeiras era sorte. Romeiro chutou bolas na trave. Aos 42 minutos o futebol de Chinesinho supera a falta de sorte. No meio campo, ele desarma Pelé, e passa rápido para Romeiro, que experimenta para o gol da entrada da área. Formiga corta mal e a bola sobra para Julinho, que empata o jogo.

No segundo tempo, aos 3 minutos, o juiz Anacleto Pietrobom marca uma falta de Zito em Zequinha perto da área santista. Romeiro ajeita a bola na meia lua. Cinco jogadores na barreira. Romeiro corre e chuta forte. A bola passa pela barreira e entra no ângulo esquerdo do goleiro Laércio, ex-Palmeiras. O time do Palmeiras continuou com o domínio do jogo e ainda mandou mais duas bolas na trave do Santos. Terminada a partida, o Palmeiras era o supercampeão paulista de 1959. A torcida comemorava nas ruas o título que veio nove anos depois, em cima do aparentemente imbatível Santos de Pelé.[8]

10 de janeiro de 1960 Palmeiras 2 – 1 Santos Pacaembu, São Paulo

Julinho Botelho   43'
Romeiro   48'
Pelé   14' Público: 37 063
Árbitro:  SP Anacleto Pietrobon
  • Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo Murolo, Romeiro e Nardo. Treinador: Osvaldo Brandão
  • Santos: Laércio; Urubatão, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe. Treinador: Lula

Premiação

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Campeonato Paulista de 1959
 
PALMEIRAS
Campeão
(13° título)

Artilheiros

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Pos. Jogador Equipe Gols
1 Pelé Santos 46
2 Pepe Santos 41
3 Servílio Portuguesa 34
4 Zague Corinthians 31
5 Coutinho Santos 28
Romeiro Palmeiras
7 Bazzani Ferroviária 18
8 Américo Murolo Palmeiras 17
9 Carlos Cézar Comercial 15
Julinho Botelho Palmeiras

Ver também

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Referências

  1. «Lista de artilheiros do Campeonato Paulista 1942». ge.globo.com 
  2. «Galeria de Títulos». Site Oficial do Palmeiras. Consultado em 13 de agosto de 2022 
  3. "Palmeiras foi supercampeão paulista em 1959", Site Oficial da CBF, 27/1/2016
  4. «Na década de 1960 o Palmeiras dava aula; surgia a primeira Academia». Rádio CBN, 14/8/2014 
  5. a b c "Campeonato Paulista – 1959", Site Oficial do Palmeiras, consultado em 13/8/2022
  6. "Canal 100 - 1959: Palmeiras x Santos", Jovem Pan Online, 24/07/2008
  7. Almanaque do Palmeiras, Edição 1 - 2004 - Editora Abril, página 159
  8. Almanaque do Palmeiras, Edição 1 - 2004 - Editora Abril, página 160
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