Esporte Clube Noroeste

Esporte Clube Noroeste é um clube brasileiro de futebol da cidade de Bauru, interior do estado de São Paulo. Foi fundado em 1º de setembro de 1910 por funcionários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e suas cores são vermelho e branco. É um clube de tradição no interior paulista, com histórico de boas participações na Primeira e Segunda Divisões estaduais. Em 2022, o Noroeste foi o campeão da Série A3 do Campeonato Paulista, conquistando o acesso para disputar a Série A2 em 2023.

Noroeste
Nome Esporte Clube Noroeste
Alcunhas Norusca
Maquininha Vermelha
Rubro
Alvirrubro
Rubrão da NOB
Alvirrubro Operário
Time do Trabalhador
NOB
Torcedor(a)/Adepto(a) Noroestino
Mascote Locomotiva Vermelha
Maquinista
Principal rival Marília
XV de Jaú
Linense
Fundação 1 de setembro de 1910 (113 anos)
Estádio Alfredo de Castilho
Capacidade 18.866 espectadores
Presidente Estevam Pegoraro
Treinador(a) Moisés Egert
Material (d)esportivo RR Uniformes
Competição São Paulo Campeonato Paulista - Série A2
Copa Paulista
Website ecnoroeste.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

História editar

Fundação editar

Fundado em 1 de setembro de 1910, com o nome de Sport Club Noroeste, o alvirrubro de Bauru teve como primeiro presidente o engenheiro Carlos Gomes Nogueira. Entre os primeiros sócios beneméritos do clube estão figuras importantes de Bauru, como Alfredo de Castilho, Eduardo Vergueiro de Lorena (prefeito da cidade entre 1925-26 e 1929-25/10/30), Ernesto Monte (Prefeito de 1938-41), Otávio Pinheiro Brisolla (prefeito- 1918-1921 e 1948-1952), entre outros.

O primeiro confronto da história do Noroeste foi contra um selecionado da cidade de São Manuel. Vitória por 1 a 0.

Primeira Conquista editar

O primeiro título estadual foi do Campeonato do Interior de 1943. Na final, disputada em dois jogos contra o Guarani de Campinas, o Noroeste levou a melhor. As partidas foram disputados no Estádio do Pacaembu e após vencer o primeira partida com um gol do ponta-esquerda Fontes, o Norusca segurou o 0 a 0 no segundo jogo. Os heróis de 43 foram: Amélio, Xande e Irineu Pé de Boi; Balbino, Sérgio e Chocolate; Lamonica, Crisanto, Adolfrizis, Cirilo e Albércio ou Fontes.

Profissionalismo e Primeiro Acesso editar

O profissionalismo chegou em 1948. Em março, Anísio, Xandu, Chocolate, Tuim, Ferreirinha e Julinho foram os primeiros alvirrubros inscritos como jogadores profissionais. O Norusca passou então a ter dois times: um profissional, que disputaria o Campeonato Paulista e outro para jogar o Amador de Bauru.

O primeiro campeonato da 2ª Divisão disputado pelo Noroeste foi o do próprio ano de 1948. Após altos e baixos, o time terminou na terceira posição da série branca do Campeonato. O Linense foi o campeão, mas perdeu o acesso para o XV de Piracicaba, após um triangular que contou ainda com a participação do Rio Pardo.

O primeiro título da 2ª Divisão veio em 1953. Após conquistar o título da Série Verde do Campeonato, o Norusca, em uma campanha heroica, conquistou o título da Segundona, passando por cima do América de Rio Preto, da Ferroviária de Araraquara, do Paulista de Jundiaí, do Marília e do Bragantino. Foram oito vitórias em dez jogos, que renderam o primeiro acesso da história do Noroeste à divisão de elite do futebol paulista. O título foi assegurado com uma vitória por 2 a 0 sobre o Marília, no Alfredão. Festa na cidade.

O time de 1953 era formado por Sidney, Osvaldo e Villa; Nelson Faria, Mingão e Amaro; Colombo, Zeola, Brotero, Ranulfo e Luiz Marini. O técnico era José Pavesi, que faleceu pouco antes do último jogo do primeiro turno da fase decisiva, contra o Bragantino.

Incêndio no Alfredo de Castilho editar

O maior susto da história do Noroeste ocorreu no dia 23 de novembro de 1958. A partida era contra o São Paulo de Poy, Mauro Ramos de Oliveira e Dino Sani, no Estádio Alfredo de Castilho. Aos 25 minutos do primeiro tempo, a geral está em chamas. O incêndio consumiu as populares do Alfredão e causou pânico no público presente. O fogo ainda atingiu algumas casas, que ficavam nas proximidades. Cinco pessoas ficaram feridas.

Quanto ao jogo, ele foi retomado em 9 de dezembro, no campo do Bauru Atlético Clube. Resultado: 3 a 1 para o Tricolor paulista.

O Norusca só pôde mandar seus jogos em sua casa novamente no dia 5 de julho de 1960. Vitória do alvirrubro sobre o Palmeiras por 3 a 2. Só que o estádio agora era tinha outro nome: Ubaldo de Medeiros. O novo estádio só voltaria a se chamar Alfredo de Castilho em 1964, com o Golpe Militar.[1]

No mesmo ano de 1960, a segunda melhor campanha do Noroeste no Paulistão na história: 17 vitórias, seis empates e 11 derrotas. O quinto lugar, junto com o Guarani e o desabrochar de dois craques: Toninho Guerreiro e Zé Carlos.

Rebaixamento e Acesso editar

A primeira queda do time veio em 1966. Depois de uma fraca campanha, o time bauruense decidiu sua sorte em um jogo de desempate contra o Guarani, no Pacaembu. Resultado: 3 a 1 para o Bugre, debaixo de muita chuva.

O Noroeste voltaria a divisão principal do futebol paulista apenas em 1970. Na fase final o alvirrubro passou pelo Bragantino (2 a 1) e Nacional. Contra o time da Capital, após um empate em um gol no primeiro jogo, o Norusca, com um gol de Fedato, garantiu o acesso e o fim do drama da Segundona.

O próximo passo era encarar o Paulistinha, criado pela Federação Paulista de Futebol, como uma seletiva para os times do interior. Os classificados teriam o direito de disputar a fase mais importante do Campeonato, o Paulistão.

Volta à Elite editar

O Noroeste só voltaria a enfrentar os grandes clubes do estado no ano de 74, após garantir a última vaga no Paulistinha de 1973. O primeiro jogo do Paulistão 1974 foi contra o Santos, na Vila Belmiro. 2 a 1 para o Peixe. No final do campeonato, um honroso décimo lugar.

Nas campanhas seguintes, o time alternou bons e maus resultados. Ao mesmo tempo, um garoto ia surgindo nas categorias de base do clube. Era Baroninho que, mais tarde, ganharia destaque no futebol nacional.

Em 1978, o Norusca parte para a disputa do Campeonato Brasileiro, a primeira e única vez que o time disputa a Primeira Divisão.

A grande contratação para o campeonato, foi Jairzinho, o "Furacão de 70". O Brasileirão daquele ano registrou a incrível marca de 74 clubes, divididos em seis grupos. O time se classifica na repescagem da primeira fase, mas é eliminado na segunda, por Grêmio e Palmeiras. No geral, a 28ª colocação.

Altos e Baixos editar

Os "bons tempos" do Noroeste durariam até 1981, quando o time voltou a ser rebaixado para a Segundona. O time voltaria à elite paulista em 1984, mas voltou a cair em 1985, subindo novamente no ano seguinte. Nesse período o time bauruense ficou conhecido como "ioiô" (sobe e desce).

Em 1990, na categoria aspirantes, o Noroeste conquistou o título, com um time-base que revelou vários atletas de destaque no cenário nacional, sendo o zagueiro Emerson (São Paulo e Botafogo, entre outros) e o volante Claudecir (São Caetano e Palmeiras) dois dos mais conhecidos. O time-base era: Alexandre; Tato, Mauricinho, Marcelo , Emerson e Japa; Marcelo Menegueti, Alexandro e Claudecir; Luiz Cláudio, Marinho e Tatu. O técnico era Zé Ruben

O time se manteve na divisão principal até 1993, quando foi novamente rebaixado, após uma derrota para o Mogi Mirim por 4 a 2, com direito a gol do meio do campo de Rivaldo. Em 1994 o clube disputou a recém-criada Série A2. Com um desempenho ruim, acabou rebaixado para a Série A3, onde ficou por apenas um ano, conquistando o título de 1995 e, consequentemente, a volta à A2 depois de boa campanha. Em 1999, entretanto, a equipe fezuma das piores campanhas de todos os tempos e caiu novamente para A3.

Era Damião Garcia editar

O período entre 2003 e 2013 marca a volta do protagonismo do Noroeste ao cenário paulista e nacional. No fim de 2002, o Noroeste agonizava na Série A3 e estava à beira da falência. Damião Garcia, dono de uma grande rede atacadista de suprimentos de escritório e informática, e torcedor fervoroso do clube, decide candidatar-se à presidência do clube. Assume em 2003, prometendo devolver o Noroeste à Primeira Divisão Estadual em pouco tempo e reorganizar o clube. Desenvolve o Centro de Treinamento e Casa do Atleta, nas dependências do Estádio Alfredo de Castilho.

Em 2004, o Norusca conquista o acesso para a série A2 após segurar um empate sem gols contra o XV de Piracicaba.

Em 2005, após 12 anos nas fases intermediárias, consegue o acesso para a disputa da Primeira Divisão do Campeonato Paulista, sendo vice-campeão da série A2. Por índice técnico, assegura também sua vaga no Série C 2006. No segundo semestre, conquista a Copa Federação Paulista, também classificando-se para a Copa do Brasil de 2006.

Em 2006, o Noroeste disputa o Campeonato Paulista da série A1, fazendo a melhor campanha de sua história, ficando em 4º lugar, com o técnico Paulo Comelli e o seguinte elenco titular-base: Mauro; Paulo Sérgio, Bonfim, Edmílson e Cláudio; Luciano Santos, Hernani, Lenílson e Luciano Bebê; Otacílio Neto (Leandrinho) e Rodrigo Tiuí. Ficou atrás somente de Santos, São Paulo e Palmeiras e garantiu a participação na Copa do Brasil do ano seguinte. O troféu simbólico de campeão do interior trouxe de volta os olhos do futebol para a "maquininha vermelha". Nesse mesmo semestre o Noroeste participou da Copa do Brasil, desclassificado na primeira fase pelo 15 de Campo Bom-RS. No segundo semestre, o Noroeste participou da série C do Campeonato Brasileiro e foi eliminado na penúltima fase, ficando em 10º lugar no geral.

Em 2007, mantém parte da base vitoriosa do ano anterior, e termina em sétimo lugar no campeonato paulista, perdendo a final do Torneio do Interior para o Guaratinguetá. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Figueirense na segunda fase. No segundo semestre participou da Série C 2007, mas caiu ainda na primeira fase. Formou boa parte do ano com este elenco-base titular: Fabiano; Éder, Bonfim, Fábio, Neílton; Deda, Bruninho, Hernani, Luciano Bebê; Leandrinho e Vandinho.

Em 2008, terminou em nono no Campeonato Paulista 2008, perdendo o título do interior para o Barueri. No segundo semestre, o Noroeste disputou a Série C 2008 do Campeonato Brasileiro, sendo eliminado na 2ª fase. O treinador era Luís Carlos Martins. Eis a base do time do Campeonato Paulista 2008 foi: Fabiano; Edylton (Éder), Bonfim (Anderson) e Éder Monteiro; Leandro Soares (Marcelo Santos), Alexandre (Ralf), Júlio, Luciano Bebê e Edno; Vandinho (Otacílio Neto) e Leandrinho.

Em 2009, após péssima campanha, terminou como o lanterna do Campeonato Paulista e foi rebaixado novamente para a segunda divisão. A equipe não conseguiu nenhuma vitória contra os grandes clubes do estado, e, nas derradeiras rodadas, não correspondeu as expectativas de reação, resultando no descenso do certame. No segundo semestre disputou a Copa Paulista de Futebol. Depois de muitas contratações e dispensas equivocadas de jogadores e técnicos o time mais uma vez decepcionou e acabou eliminado logo na primeira fase da competição. Como reflexo da desorganização e da falta de investimentos, o time acabou perdendo toda sua categoria de base e consequentemente desistindo de disputar a Copa SP de Juniores em 2010.

Em 2010, o Noroeste conquista o vice-campeonato da Série A-2 do Campeonato Paulista, crescendo de produção ao longo do campeonato e conquistando o acesso após ficar em 1º lugar no quadrangular final, em grupo que contava com Guaratinguetá (o outro time da chave que conseguiu o acesso), União São João de Araras e São José. O Alvirrubro, que começou a competição com o técnico Amauri Knevitz, conquistou o acesso sob o comando do treinador Luciano Dias. No jogo do acesso, em São José dos Campos, no dia 24 de abril, o Noroeste arrancou um empate em 1 a 1 com o time da casa e carimbou seu acesso para a Elite Paulista. Na rodada seguinte, no dia 1 de maio, diante de mais de 8 mil torcedores no Estádio Alfredo de Castilho, o Noroeste venceu o Guaratinguetá por 2 a 1, de virada, garantindo o vice-campeonato da competição. No segundo semestre, disputou a Copa Paulista de Futebol, chegando até a segunda fase do certame. O ano de 2010 foi marcado também pelas comemorações do Centenário do clube, comemorado no dia 1 de setembro. Entre as festividades do Centenário, um jogo amistoso internacional disputado em julho, no Estádio Alfredo de Castilho, contra o Estoril de Portugal, e um jogo da equipe de Masters do clube contra a Seleção Brasileira de Masters, no dia 1 de setembro, data que contou também com diversas homenagens a ex-atletas e a outras personalidades que se destacaram ao longo da história do Noroeste.

Em 2011, o time conseguiu apenas 3 vitórias ao longo do Paulista e terminou na 19º posição, voltando para a Série A-2.No segundo semestre de 2011, disputou a Copa Paulista de Futebol, chegando até a 2ª fase, terminando na 13ª Colocação, dando oportunidade a vários atletas das categorias de base na equipe principal. Também em 2011, o Noroeste voltou a disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior e também os campeonatos de base da Federação Paulista de Futebol (FPF), nas categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Com boa campanha, o Sub-15 chegou até a segunda fase, enquanto o Sub-17 ficou na primeira fase. Já o Sub-20 fez excelente campanha no Paulista, chegando até a fase de quartas-de-final, terminando a competição em 6º lugar, a frente de clubes como Corinthians e Palmeiras.

Em 2012, no primeiro semestre, o time ficou na 7ª colocação na primeira fase da Série A2, mas caiu na fase seguinte – em um grupo de quatro times, que qualificou o São Bernardo e Penapolense para o acesso, o Noroeste foi o último colocado, atrás ainda do RB Brasil. Sem o acesso e desgastado, mais tarde em setembro, Damião Garcia renunciava ao cargo de presidente, dando fim à Era Damião Garcia.[2] Com o suporte financeiro garantido até o fim do ano, o Noroeste ainda sagrou-se bicampeão da Copa Paulista frente ao Audax, vencendo pelos placares de 2 a 1 no jogo de ida em Bauru e 1 a 0 no jogo de volta, em São Paulo. Com a conquista, garantiu vaga na Copa do Brasil de 2013. O time campeão formou a partida final com: Walter; Misael, Lima, Hélio e Ralph; Kasado, Velicka, Johnnattan e Gilsinho; Roberto e Diogo. A equipe campeã foi dirigida por Moisés Egert.

Títulos editar

Estaduais
Competição Títulos Temporadas
  Copa Paulista 2 2005 e 2012
  Série A2 4 1943, 1953, 1970 e 1984
  Série A3 2 1995 e 2022

Campanhas de destaque editar

Categorias de base editar

Estatísticas editar

Participações editar

Participações em 2023
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última A   R  
  Campeonato Paulista 37 4º colocado (2006) 1954 2011 6
Série A2 23 Campeão (1943, 1953, 1970 e 1984) 1947 2023 6 3
Série A3 14 Campeão (1995,2022) 1995 2022 4 1
Série A4 1 4º colocado (2015) 2015 1
Copa Paulista 18 Campeão (2005 e 2012) 1999 2023
  Campeonato Brasileiro 1 28º colocado (1978) 1978
Série B 4 8º colocado (1991) 1980 1992
Série C 5 10º colocado (1990) 1990 2008
Copa do Brasil 3 2ª fase (2007) 2006 2013

Últimas 10 Temporadas editar

Últimas dez temporadas do Esporte Clube Noroeste
  Nacionais   Internacionais   Estaduais
Campeonato Brasileiro Copa do Brasil Continental / Mundial Campeonato Paulista Copa Paulista
Ano Div. Pos. Pts J V E D GP GC Fase Máxima Competição Fase Máxima Div. Pos. Fase Máxima
2011 D Não classificado A1 19º 2F
2012 D Não classificado A2 C
2013 D Não classificado 1F A2 17º 1F
2014 D Não classificado A3 19º
2015 D Não classificado A4
2016 D Não classificado A3 13º
2017 D Não classificado A3 14º 1F
2018 D Não classificado A3 1F
2019 D Não classificado A3 1F
2020 D Não classificado A3
2021 D Não classificado A3 QF
2022 D Não classificado A3
Legenda:
     Campeão
     Vice-campeão
     Eliminado nas semifinais
     Campeão e promovido à divisão superior
     Vice-campeão e/ou promovido à divisão superior
     Rebaixado à divisão inferior
     Classificado à fase de grupos da Copa Libertadores
     Classificado à fase preliminar da Copa Libertadores
     Classificado à Copa Sul-Americana
     Campeão do Campeonato do Interior

Retrospecto em competições oficiais editar

Última atualização: Série C de 2008.

Competição Temporadas Títulos Pts. J V E D GP GC
  Campeonato Brasileiro 1 23 23 9 5 9 21 31
Série B 4 51 49 20 11 18 53 53
Série C 5 74 54 19 19 16 66 60

Confrontos Internacionais editar

Confronto Local e Data Ocasião
  Jorge Wilstermann 1 x 2 Noroeste   Cochabamba - Maio de 1964 Torneio Amistoso
  San José de Oruro 0 x 4 Noroeste   Cochabamba - Maio de 1964 Torneio Amistoso
  Club Aurora 0 x 4 Noroeste   Cochabamba - Maio de 1964 Torneio Amistoso
Noroeste 2 x 0 Coréia do Sul     Bauru - 29 de janeiro de 1971 Amistoso
Noroeste 1 x 2 Estoril Praia     Bauru - 21 de julho de 2010 Amistoso

Em 1964, o Noroeste sagrou-se campeão do Torneio Amistoso Quadrangular de Cochabamba, o único título conquistado fora do Brasil.[3]
Em 2010, o amistoso contra o Estoril Praia fez parte das comemorações do centenário do clube. O atacante Rafael Aidar marcou o único gol dos noroestinos.[4]

Elenco atual editar

Goleiros
Jogador
  Caio Bolonhin
  Tales Leonardo
  Arthur Gazze
Defensores
Jogador Pos.
  Felipe Costa Z
  Luizão   Z
  Vinícius Santana Z
  Hygor Ribeiro Z
  Pedro Serrano Z
  Lucas Balardin Z
  Donato Z
  Carlinhos LD
  Judá LD
  Libano LD
  Diego Maia LE
  PH LE
Meio-campistas
Jogador Pos.
  John Egito V
  Wallace Preto V
  Jonatas Paulista V
  Emerson Müller V
  Matheus Blade V
  Denner M
  Isael M
  Pereira M
  Guilherme M
Atacantes
Jogador
  Carlão
  Leléco
  Vinícius Bala
  Jonas Tiuí
  Deividi Buiú
  Pedro Felipe
  Luiz Thiago
Comissão técnica
Nome Pos.
  Moisés Egert T

Ídolos editar

Grandes jogadores do futebol brasileiro vestiram a camisa do Noroeste. Toninho Guerreiro e Zé Carlos em 1960 despontaram para o reconhecimento nacional. Toninho Guerreiro fez carreira no Santos F.C. ao lado de Pelé, Pepe e companhia.

  • Toninho Guerreiro: com 18 anos artilheiro máximo do Noroeste na melhor fase do clube (1960)
  • Zé Carlos: maior artilheiro da história do Noroeste, com 129 gols em 268 jogos, autor do primeiro gol do atual Estádio Alfredo de Castilho. Atuou entre 1960 e 1966.[5]
  • Jairzinho: o furacão de 1970 foi a grande contratação para o Campeonato Brasileiro de 1970.
  • "Mestre" Lorico: considerado um dos melhores jogadores que o E.C. Noroeste já teve (1972)
  • Julião: o "gigante" defendeu o gol do E.C. Noroeste. Uma força física de "botar medo" em qualquer adversário. (1956)
  • Ticão, João Carlos e Baroninho: talentos tipo exportação do Noroeste (1975)
  • Rodinaldo: o vice-artilheiro do campeonato paulista de 1987.
  • Ronaldo Marques: um dos grandes goleadores do Norusca (1988, 1989, 1991-1992).

Entre outros nomes que fizeram história no clube podemos citar: João Gualberto, Ranulfo, Zulu, Araujo, Navarro, João Marcos, Rodrigues Cavaco, Luizão, Tecão, Lela, Figueira, Natal, Careca, Nilson, China, Zé Rubens, Paulo Bim, Nivaldo, Tobias, Lourival, Varlei, Julinho, Virgílio, Gaspar, Geraldo, Bassu, Batista, Maneca, Fedato, Marco Antônio, Júlio Cesar, Washington, Jacenir, Matheus Pontes, Gilberto Costa, Rogério, Catanoce, Cilinho, Chico Espina, Fonseca, Barbirotto, Vágner Mancini, Vitor-Hugo, Marco Aurélio, Vadinho, Edinho, Laércio, Osmair, Marcos César, Sílvio Luiz, Edinho, Eudes, Sebem, Maurício Cosin, Juliano, Ferreira, Jânio, Campanholo, Tequila, Vagunho, João Fumaça (Fumacinha), Roger, Claudecir, Pedrinho, Bonfim e Marcelo Santos.

Mais recentemente, alguns jogadores vestiram a camisa do alvi-rubro antes de despontar para o cenário nacional, como Bruno César, Ralf, Giovanni, Fábio Ferreira e Walter.

Por ocasião do centenário, em 2010, em eleição online realizada pela rádio 94FM de Bauru para a seleção dos melhores dos 100 anos, os escolhidos foram: Amélio; Xandu, Tecão, Marcio Araújo e Pierre; Lorico e Ranulfo; Rodrigues, Zé Carlos, Toninho Guerreiro e Baroninho. Técnico: Varlei de Carvalho. Dirigente: Cláudio Amantini.[6]

Estádio Alfredo de Castilho editar

O Estádio Alfredo de Castilho original foi inaugurado em 1 de agosto de 1935. Alfredo de Castilho foi diretor da E.F. Noroeste do Brasil entre maio de 1925, nomeado pelo presidente Artur Bernardes, e 1929 e de 1934 até março de 1937. Faleceu em 1947. A partida inaugural ocorreu na mesma data, com um jogo entre o Norusca e o Campinas F.C. O placar final foi a derrota noroestina pela contagem mínima. O estádio estava localizado na rua Quintino Bocaiúva, aproximadamente entre as quadras formadas pelas ruas Rubens Arruda e Aviador Gomes Ribeiro, hoje entrecortados pela extensão da Avenida Duque de Caxias. Com arquibancadas construídas em madeira, para que a equipe pudesse disputar a Divisao Especial, o estádio foi destruído por um incêndio em 23 de dezembro de 1958, durante a partida entre Noroeste e São Paulo daquele ano.[7]

Um novo estádio foi construído na Vila Pacífico, local do atual complexo esportivo, em terreno que já pertencia à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Foi inaugurado em 5 de junho de 1960, mas com o nome de "Ubaldo de Medeiros", então diretor da companhia ferroviária que foi fundamental para angariar fundos junto à direção da empresa. O Ginásio Panela de Pressão já havia sido inaugurado em 1956 para sediar os Jogos Abertos do Interior e o projeto original já previa a construção de um estádio, mas aguardava pela liberação de mais recursos. A partida inaugural entre Noroeste e Palmeiras terminou com a vitória bauruense pelo placar de 3 a 2. A honraria de marcar o primeiro gol no novo estádio foi do meia-atacante do Noroeste, José Carlos Coelho, o Zé Carlos.[8] O estádio só voltaria a receber o nome de Alfredo de Castilho em 1964, por força do Golpe Militar. Supostamente Medeiros teria sido partidário do governo de João Goulart, ainda que oficialmente a mudança de nome tenha sido justificada por contrariar a lei de patrimônios da época, que proibia a homenagem a pessoas vivas em estruturas de uso público.

Entre 1958 e 1960, durante a construção do novo estádio, o Noroeste mandou suas partidas no Estádio Antonio Garcia, que pertencia ao rival Bauru Atlético Clube (BAC).[7]

Os refletores foram inaugurados e iluminaram a vitória do Norusca sobre o Palmeiras por 2 a 1, em 15 de novembro de 1966. O recorde de público também foi estabelecido em partida contra o Palmeiras, em 15 de setembro de 1974: 23.660 pagantes viram a derrota do alvi-rubro também por 2 a 1. Já a partida de maior renda ocorreu em 4 de fevereiro de 2007, empate de 1 a 1 contra o São Paulo pela sexta rodada do Paulistão: R$413.000,00 (aproximadamente US$195 mil, de acordo com a cotação da época).[8]

A capacidade oficial do estádio atualmente é de 18.866 pessoas, de acordo com o Cadastro Nacional de Estádios de Futebol mais recente (2016). O mesmo cadastro indica que, apesar da medição ser oficialmente reconhecida através de laudo técnicos, informações de órgãos públicos e federações estaduais, a capacidade operacional do estádio é de apenas 16.300 pessoas.[9]

Complexo Esportivo Damião Garcia editar

O Complexo Esportivo Damião Garcia está localizado em sede própria numa área de 72.600m² que abriga além do estádio com capacidade para 18.840 torcedores, espaço para concentração, campos de treinamentos, piscinas, restaurante, quadra poliesportiva coberta (ginásio) "Panela de Pressão", secretarias e administração. O complexo está avaliado em cerca de R$60 milhões de reais (US$15 milhões, na época), segundo estimativa do proprio clube, em maio de 2019.[10]

Rivais editar

Os rivais tradicionais do Noroeste são o Marília Atlético Clube e o XV de Novembro de Jaú. Atualmente a rivalidade Noroeste x Marília é a mais em alta. Porém, outros times da região que despontam e também já podem ser considerados rivais são o Clube Atlético Linense e o Clube Atlético Penapolense.

Símbolos editar

Uniformes editar

Principal: Camisa Vermelha, Short Vermelho e Meias Vermelhas.
Alternativo: Camisa Branca, Short Branco e Meias Brancas.

A combinação de camisa vermelha, short branco e meias vermelhas foi também muito usada como uniforme principal durante toda a história centenária do Esporte Clube Noroeste.
Combinacões alternativas mesclando as peças dos dois conjuntos também foram vistas em jogos, por força de regulamento, onde equipes nao puderam usar peças do fardamento nas mesmas cores (por exemplo, camisa branca, short vermelho e meias vermelhas, quando o adversário já havia optado por shorts e meias brancas).
Entre as temporadas de 2006 a 2010, o Noroeste também apresentou um terceiro uniforme com listras verticais como alternativa aos dois primeiros, inspirado em uniformes usados no passado.
Para o centenário do clube em 2010, um escudo comemorativo foi utilizado nos uniformes durante toda a temporada, substituindo o brasão tradicional.

Fornecedores de Material Esportivo e Patrocinadores editar

Ano Fabricantes Patrocinador Principal
1983 Penalty Sto. Antônio
1984 ? Jakef / Ping Pong
1985 Everest Everest
1986 - 1987 ? Kohlbach
1988 - 1989 Hagas Kalunga
1990 Tilibra
1991 Everest
1991 - 1993 Dell'erba
1994 ? ?
1995 Dell'Erba Cardans Santa Rita
1996 ? Tilibra
1997 Penalty
1998 Dell'Erba -
1999 Globo Sport
2000 Dell'Erba Flag
2001 Umbro Coca-Cola
2002 - 2004 Finta Flag
2005 Umbro
2006 Kappa Oki Printing Solutions
2006 - 2007 Dell'erba
2008 Nakal Kalunga
2009 Pro-X
2010 - 2012 Nakal
2013 Aktion Sócio Fidelidade
2014 Expresso de Prata
2015 Baterias Tudor
2015 Nizam
2016 Tel Telecom
2017 Nakal
2018 Estre / Agrovale
2019 - 2020 Unigrês Cerâmica
2021 RR Sports Topbox / LPNet
2022 - 2023 Agrosolo
2024 Unimed

Mascotes editar

A Locomotiva, carinhosamente conhecida por "Maquininha Vermelha" é uma homenagem à Rede Ferroviária Noroeste do Brasil (NOB), ferrovia que deu origem ao nome do clube.

O Maquinista é uma referência aos trabalhadores ferroviários, categoria da qual o clube se originou.

Hino oficial editar

O hino do Esporte Clube Noroeste ("Avante, Avante Noroeste") é de autoria do Maestro Miguel Ângelo Ruiz.

Avante, avante Noroeste

Bauru com emoção!

Alça essa bandeira alvirrubra,

ao pé do coração...

Avante, avante, mocidade

Vanguarda varonil

E luta por Bauru que é uma cidade

maravilhosa desse Brasil!

Avante, Noroeste,

honra a camisa e em máscula vitória

No peito e na raça, com garra e amor, escreve a tua história!

Torcidas Organizadas editar

 
Torcida Sangue Rubro no estádio do Comercial, em Ribeirão Preto.

O Norusca conta com apenas duas torcidas organizadas no momento. Uma delas é a Torcida Sangue Rubro, que está na ativa desde o ano de 1986, sempre apoiando o time em qualquer situação, com grande espetáculos na arquibancada. A outra é a Torcida Falange Vermelha que foi fundada em 1993 e extinta após 5 anos de existência. A Falange foi reerguida no dia 7 de Setembro de 2014, mas voltou a ativa nos estádios no ano de 2015 pelo fato do Noroeste não ter mais nenhum jogo oficial, em 2014, após sua data de refundação. O clube já teve várias outras torcidas, que não se firmaram e acabaram extintas, entre elas a conhecida Noruscaipira.

  • Observação o Noroeste não tem nenhuma ligação com Atlético Noroeste de Rio Formoso Pernambuco.

Ranking da CBF editar

Ranking atualizado em dezembro de 2019
O RNC (Ranking Nacional de Clubes) da CBF contabiliza desempenho dos últimos 5 anos, apenas nas competições nacionais que organiza. Desta maneira, o Noroeste atualmente não figura no ranking.[11] A última vez em que constou foi na edição de 2018, em razão dos pontos obtidos pela participação na Copa do Brasil de 2013:

  • Posição: 214º
  • Pontuação: 25 pontos[12]

Ranking criado pela Confederação Brasileira de Futebol para pontuar todos os clubes do Brasil.

Referências

  1. «Incêndio do antigo estádio do Noroeste faz 60 anos». Jornal da Cidade. 25 de novembro de 2018 
  2. «Família Garcia deixa o Noroeste e coloca futuro do clube em xeque». Globo Esporte. 26 de setembro de 2012 
  3. Navarro, Thiago (27 de dezembro de 2014). «Esporte bauruense: Inspiração alvirrubra!». Jornal da Cidade 
  4. Teodoro, Wagner (22 de julho de 2010). «Amistoso: Estoril estraga festa noroestina». Jornal da Cidade 
  5. Goulart, Erlington (21 de outubro de 2017). «Noroeste perde Zé Carlos Coelho, o seu maior artilheiro». Futebol Bauru 
  6. Beagá, Fernando (8 de julho de 2010). «Noroeste de todos os tempos». Canhota 10 
  7. a b Navarro, Thiago. «Incêndio do antigo estádio do Noroeste faz 60 anos». Jornal da Cidade 
  8. a b Goulart, Erlington. «Estádio "Alfredo de Castilho"». Vivendo Bauru 
  9. «CNEF - Cadastro Nacional de Estádios de Futebol (Rev. 6)» (PDF). CBF. 18 de janeiro de 2016. Consultado em 2 de junho de 2016 
  10. «Justiça determina que Complexo Damião Garcia pode ir a leilão». Jornal da Cidade 
  11. «RANKING NACIONAL DOS CLUBES 2020» (PDF). Consultado em 9 de maio de 2020 [ligação inativa]  CBF
  12. «RANKING NACIONAL DOS CLUBES 2018» (PDF)  Confederação Brasileira de Futebol - acessado em 09 de maio de 2020

Ligações externas editar