Pintassilgo-de-bico-grosso

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O Pintassilgo-de-bico-grosso (Spinus crassirostris[1] ou Carduelis crassirostris) é um passeriforme da família Fringillidae. Podemos encontrá-lo na Argentina, Bolívia, Chile e Peru. Os seus habitats naturais são as florestas subtropicais ou tropicais de montanha e os matagais subtropicais ou tropicais de altitude.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPintassilgo-de-bico-grosso

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Spinus
Espécie: S. crassirostris
Nome binomial
Spinus crassirostris
Landbeck, 1877
Distribuição geográfica

Sinónimos
Carduelis crassirostris

Descrição

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O pintassilgo-de-bico-grosso tem um comprimento de 13 a 14 cm. O macho, que é muito parecido com o pintassilgo-de-cabeça-preta (Spinus magellanicus), apresenta a cabeça, a nuca, o pescoço e a garganta pretos. As asas são também pretas com uma barra amarela, a cauda é amarela com as pontas das penas negras, o dorso é amarelo-esverdeado com estrias pretas. O peito e o ventre são amarelos, o uropígio é esbranquiçado, o bico é grosso e cinzento, as patas são cinzento-escuro. A fêmea não tem a cabeça negra e a plumagem do dorso e das partes inferiores é mais acinzentada. Os juvenis são parecidos com a fêmea mas com cores mais baças.[2]

Distribuição

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Distribui-se pelo Chile central (puna de Arica, cordilheira entre Santiago e San Fernando[3]), Argentina (metade norte da cordilheira dos Andes, principalmente na região da Puna[2]), sudoeste do Peru e sudoeste da Bolívia.

Taxonomia

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Descoberto por C. L. Landbeck, em 1877, na província de Mendoza, Argentina, tendo-lhe dado o nome de Chrysomitris crassirostris . Recentemente foi proposto incluir esta espécie nos géneros Spinus ou Sporagra, sento atualmente considerado no género Spinus.[1] Consideram-se 2 subespécies.[4]

Subespécies e sua distribuição

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Segundo Alan P. Peterson e também segundo o Congresso Ornitológico Internacional,[1] esta espécie está dividida em duas subespécies :

Habitat

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Encontramos o pintassilgo-de-bico-grosso no altiplano de Arica, nas áreas arbustivas da cordilheira da zona central,[3] na zona da puna, nos altos planaltos da cordilheira, até ao 4500m de altitude.[2] Frequenta os bosques abertos de polylepis, as escarpas semeadas de moitas e arbustos, as vertentes rochosas atapetadas de ervas (punas). Quando desce das alturas, aparece em zonas povoadas e perto dos terrenos cultivados.[2]

Alimentação

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A sua alimentação é principalmente constituída por sementes de cardo e de outras plantas herbáceas .[2] Gosta também de sementes e de flores de Polylepis e segundo uma foto de Ottaviani (2011) também se alimenta de um junco (Juncus stipulatus), da família das Juncaceae.

Nidificação

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O período de reprodução dura de Setembro a Dezembro, sendo possíveis até 2 posturas. A fêmea constrói o ninho a pouca altura, num arbusto ou no solo no meio de um tufo de erva. O ninho em forma de taça é feito com fibras vegetais, musgo e forrado com penas e pêlos. A fêmea põe 3 a 4 ovos azul-clarinho com pintas bege, que incuba sozinha durante 12 a 13 dias. Depois de nascerem as crias são alimentadas pela mãe com insectos, nos primeiros dias. Em seguida, o macho ajuda na alimentação dos passarinhos que deixam o ninho ao fim de 15 dias.[2]

Filogenia

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Foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[5][6]

Referências

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  1. a b c Frank Gill & David Donsker (Eds) (8 de janeiro de 2017). «Finches, euphonias» (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2017 
  2. a b c d e f Oiseaux d’Argentine Cabecitanegra-picudo. Consultado em 22 de Novembro de 2012.
  3. a b Aves de Chile Jilguero picudo. Consultado em 22 de Novembro de 2012
  4. The Internet Bird Collection Thick-billed-siskin. Consultado em 23 de Novembro de 2012.
  5. Arnaiz-Villena, Antonio; Alvarez-Tejado M., Ruiz-del-Valle V., García-de-la-Torre C., Varela P, Recio M. J., Ferre S., Martinez-Laso J. (1998). «Phylogeny and rapid Northern and Southern Hemisphere speciation of goldfinches during the Miocene and Pliocene Epochs» (PDF). Cell.Mol.Life.Sci. 54(9): 1031–41 
  6. Arnaiz-Villena, Antonio; Ruiz-del-Valle V, Moscoso J, Serrano-Vela JI, Zamora J (2007). «mtDNA phylogeny of North American Carduelis pinus group» (PDF). Ardeola. 54 (1): 1–14 

Ligações externas

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