Cartesius (filme)
Cartesius é um filme de biográfico e científico de 1974, da coleção produzido pelo instituto Luce e dirigido pelo italiano Roberto Rossellini,[1][2] que narra a vida do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) e,[1] a evolução de suas teorias em uma perspetiva filosófica, como o debate sobre o método cartesiano e estudos sobre a geometria analítica.[1]
Cartesius | |
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Características | |
Classificação | biografia cinebiografia filme minissérie |
Data/Ano | 20 fevereiro 1974 |
Publicação | 1974 |
Parte de | Os Filósofos |
Localização | |
Localidade | Itália, França |
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É o quarto longa-metragem biográfica parte da tetralogia sobre filósofos, “Os Filósofos” que incluem as cine-biografias de: Sócrate, Pascal e, Agostinho.[2]
Sinopse editar
Filme feito para a televisão que narra a vida ilustre do filósofo francês René Descartes (ou Renatus Cartesius) durante a Idade Moderna.
Desenvolvimento editar
Roberto Rossellini (1906-1977) decidiu retratar em uma cine-biografia a vida do filósofo do célebre pensamento "Penso, logo existo", porém a partir de outro pensamento bem menos difundido de Descartes "A ciência me impediu de viver a vida", surpreendente os entusiastas acostumados a associar o cartesianismo à primazia da razão, faz parte da sequência final de "Cartesius". O quarto longa-metragem da coleção sobre filósofos, que o amante do neorrealismo italiano filmou no final de carreira na década de 1970.[2]
Enredo editar
Com base nas obras e na imensa correspondência do filósofo Descartes, o filme mostra dois aspectos pouco abordados quando se fala desse pensador francês: o lado humano (com dúvidas, angústias, medos e paixões), e ele ser um produto de seu tempo.[2] Retrando três décadas da vida do pensador, expondo sua genialidade em diversas áreas - matemática, física, filosofia - além de seu interesse pelas novas ciências, com uma inquietação intelectual desde a juventude.[2]
Rossellini procura enfatizar o contexto em que Descartes viveu; rodeado de pessoas que debatem as teses de Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu Galilei (1564-1642) acerca da mobilidade da Terra, do heliocentrismo e, experiências contrárias ao consenso da filosofia aristotélica.[2] Apresentando um Descartes mundano, que acordava após meio-dia, temia publicar sua obra após a condenação de Galileu pelo Tribunal do Santo Ofício (1633) e, que gostava de viajar pela Europa em busca de suas certezas racionais.[2]
Referências
- ↑ a b c Silva, Thaís Conconi Silva; Táboas, Plínio Zornoff (2012). Análise e reflexão sobre a construção e evolução do pensamento de René Descarte através do olhar cinematográfico de Roberto Rossellini (PDF). Col: 13º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia. [S.l.]: Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC)
- ↑ a b c d e f g «DVDs/Crítica: Em cinebiografia de Descartes, Rossellini fala para iniciados -». Jornal Folha de São Paulo. 24 de maio de 2009. Consultado em 17 de fevereiro de 2023