O Castelo de Vitré (Château de Vitré em língua francesa) é um castelo e palácio fortificado da França. Fica situado na comuna de Vitré, departamento de Ille-et-Vilaine, na região administrativa da Bretanha.

Vista do Château de Vitré com a Torre Saint-Laurent

História editar

 
Fachada este do Château de Vitré.
 
Detalhe da entrada do Château de Vitré.
 
Câmara Municipal de Vitré, construída em 1912 no interior do Château de Vitré.

Em Vitré, o primeiro castelo em pedra foi construído pelo Barão Robert I de Vitré no final do século XI. O sítio defensivo escolhido, um promontório rochoso, domina o vale do rio Vilaine. Esse edifício, do qual ainda subsiste um pórtico em estilo românico, sucedeu a um castelo em madeira construído sobre um solar feudal cerca do ano 1000. Na primeira metade do século XIII, o Barão André III reconstruiu-o e deu-lhe a sua forma atual, triangular, acompanhando o cume do esporão rochoso, e rodeado por fossos secos.

Depois da morte de André III de Vitré, o domínio passou por aliança para a família dos Condes de Laval. Guy XII de Laval ampliou o castelo no século XV. Foi nesta época que se realizaram as últimas obras defensivas: châtelet com dupla ponte-levadiça em flecha, Torre de la Madeleine, Torre Saint-Laurent (posteriormente perfurada por canhoneiras). Contudo, em 1487, Guy XV de Laval abriu as portas às tropas francesas sem combater.

 
Fachada oeste do Château de Vitré.

A partir do final do século XV e durante o século XVI prevaleceram as alterações centradas no aumento do conforto: construção de galerias de circulação e de um oratório em estilo renascentista, em 1530). O Parlamento da Bretanha refugiou-se no edifício em três ocasiões (1564, 1582 e 1583) aquando das epidemias de peste ocorridas em Rennes.

Com as famílias Rieux e Coligny, proprietárias do castelo entre 1547 e 1605, O Château de Vitré abrigou o culto protestante e tronou-se durante alguns anos um bastião huguenote. Em 1589, a fortaleza resistiu a um cerco de cinco meses feito pelo Duque de Mercœur.

En 1605, depois da morte de Guy XX de Laval, o castelo tornou-se propriedade da família de La Trémoille, originária de Poitou. O castelo foi abandonado no século XVII, o que levou à sua degradação, nomeadamente com o colapso parcial da Torre Saint-Laurent e o incêndio acidental que destruiu a residência senhorial do final do século XVIII.

 
Parte do palácio fortificado por trás do châtelet.

No lugar da residência senhorial foi construída uma prisão departamental que ocupou toda a parte norte, compreendendo a Torre de la Madeleine. A prisão transformou-se em quartel aquando da chegada do 70º Regiemento de Infantaria, entre 1867 e 1877.

Em 1820, o município de Vitré comprou o Château de Vitré pela quantia de 8.500 francos. Em 1872, foi um dos primeiros "châteaux" a serem classificados como monumento histórico em França, tendo sido restaurado a partir de 1875 sob a direcção do arquitecto Darcy. Passado ao domínio público, foi organizado um pequeno museu, em 1876, sob o impulso de Arthur de la Borderie. Paradoxalmente, este último mandou destruir a collégiale de la Madeleine (igreja da Madeleine), situada no pátio do castelo, quando era conservador da cidade. No seu lugar foi construída uma escola para rapazes.

Atualmente, a câmara municipal de Vitré está instalada no interior do recinto do castelo, num edifício construído em 1912 segundo a planta do palácio medieval. A praça do castelo tornou-se num simples parque de estacionamento, tendo sido renovado em 2007 com o objectivo de devolver o valor a um dos mais imponentes châteaux-fortes de França.

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