O Cerco de Nara faz parte das Guerras Genpei. Após a Batalha de Uji em 1180 o Clã Taira passa a atacar os aliados do Clã Minamoto.
Cerco de Nara
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Guerras Guenpei
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 O Tōdai-ji, maior estrutura de madeira do mundo, era maior antes de ser destruída e reconstruída no Cerco
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Data
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1180
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Local
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Nara, Província de Nara
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Casus belli
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Vingança Taira contra os monges que apoiavam seus inimigos Minamoto
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Desfecho
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Vitoria dos Taira, destruição de parte da cidade e dos templos
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Beligerantes
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Clã Taira |
Soheis dos templos de Nara |
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Comandantes
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Taira no Shigehira, Taira no Tomomori |
Shoei |
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Forças
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40.000 Cavalaria |
7.000 Shoei |
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Baixas
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3.500 mortos entre civis e monges |
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Com a morte dos principales executores da rebelião do Clã Minamoto, os Taira procuraram destruir e incendiar o templo de Mii-dera por por este apoiar os Minamoto e decidiram estender o ataque à cidade de Nara, lugar donde estavam se reunindo as forças opositoras aos Taira.[1] Taira no Shigehira e Taira no Tomomori, filhos de Taira no Kiyomori, planejaram o cerco à cidade. Entretanto os sohei (monges guerreiros) de Nara decidiram defender a cidade organizando barricadas e defesas improvisadas; com arcos, flechas e naginatas como armas. Os Taira atacaram a cavalo e tinham vantagem estratégica, incendiaram os templos budistas de Kōfuku-ji e Tōdai-ji,[2] destacando aqui a destruição do Daibutsu;[3] apenas o templo Enryaku-ji conseguiu repelir o ataque e permanecer intacto. Um incêndio provocou a devastação de grande parte da cidade e deixou cerca de 3.500 pessoas mortas entre civis e monges.[1]
O Heike Monogatari, lamenta a destruição do Daibutsu de Tōdai-ji (A Grande Estátua de Buda):
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A estátua colossal de Vairocana Buda de cobre e ouro, cuja alta cabeça erguia-se às nuvens, a partir da qual brilhava sua joia sagrada na testa elevada, foi fundidas com o calor, de modo que seu enfeite em forma de lua cheia caia no pavimento inferior, enquanto seu corpo derretia em uma massa disforme
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”
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