Cidade Triste
"Cidade Triste" é uma canção do girl group brasileiro Rouge, gravada para o quarto álbum do grupo, Mil e Uma Noites (2005). A canção foi escrita originalmente em inglês pelos compositores suecos Rampac e Jos Jorgensen com o título de "Sleepy City", e versionada em português pelo compositor brasileiro Clio. Na ocasião, "Sleepy City" foi selecionada para o grupo pela sua gravadora, Sony Music, em seu acervo de composições, e foi gravada originalmente pelas integrantes em português com o título de "Cidade Triste". A canção é uma balada pop que reflete a dor e desilusão da protagonista após um término doloroso.
"Cidade Triste" | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Canção de Rouge do álbum Mil e Uma Noites | |||||||
Gravação | 2005 Estúdio Midas (São Paulo, São Paulo) | ||||||
Género(s) | Pop | ||||||
Duração | 4:12 | ||||||
Editora(s) | |||||||
Composição |
| ||||||
Produção | Rick Bonadio | ||||||
Faixas de Mil e Uma Noites | |||||||
|
Após divulgar a canção, "Vem Habib (Wala Wala)", o grupo mostrou interesse em lançar a canção como segundo single do álbum, mas a gravadora, Sony Music, optou por "O Amor é Ilusão" como segunda e última canção de trabalho do álbum, visto que era uma versão de uma canção que tornou-se muito famosa no mundo inteiro, "Torn". "Cidade Triste" teve sua primeira performance no extinto programa O Poderoso Magrão, além de ter sido incluída na Turnê Mil e Uma Noites (2005). Em 2008, a canção entrou na trilha sonora da novela Dance Dance Dance, da Band, com interpretação da protagonista, a atriz Juliana Baroni. Após o retorno do grupo em 2017, "Cidade Triste" foi incluída nas turnês Chá Rouge (2017) e Rouge 15 Anos (2018).
Antecedentes e composição
editarApós três álbuns de estúdio entre 2002 e 2004, o grupo ficou quatro meses longe da mídia para desenvolvimento do próximo projeto, em meio a diversos rumores que o grupo iria se separar.[1] Durante o processo, a gravadora Sony Music sugeriu que o grupo lançasse uma compilação de grandes sucessos ou mesmo um projeto de versões de sucessos de divas adolescentes.[1] Em contrapartida, as integrantes expressaram o desejo de lançar mais um álbum de inéditas. Dessa forma, a gravadora e o grupo entraram num consenso, decidindo lançar um álbum com seis canções inéditas e oito grandes sucessos do grupo.[1] Para escolha do repertório, o vice-presidente da Sony, Sérgio Bittencourt, selecionou composições internacionais do acervo da gravadora para que fossem feitas versões em português das canções.[1] Dentre elas estava "Sleepy City", composição dos suecos Rampac e Jos Jorgensen, que transformou-se em "Cidade Triste" pelo compositor Clio, que já tinha composto a canção "Vermelho, a Cor do Amor" do álbum Blá Blá Blá, e também compôs "Onde Está o Amor", que também faz parte do álbum Mil e Uma Noites.[2]
|
|
Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda. |
Após o lançamento do primeiro single do álbum, "Vem Habib (Wala Wala)", as integrantes do grupo expressaram o desejo de lançar "Cidade Triste" como o segundo single do álbum. Durante o período, o grupo compareceu ao programa O Poderoso Magrão, extinto programa exibido na TV Gazeta e apresentado por Roberto Manzoni, e além de divulgar a canção "Vem Habib", o grupo também cantou as canções "Cidade Triste" e "O Amor é Ilusão",[3] como forma de teste para decidir qual das duas canções seriam lançadas, visto que a Sony Music tinha expressado a vontade de lançar "O Amor é Ilusão", uma vez que poderia ser um sucesso nas rádios por conta da versão original, "Torn", ter sido um sucesso mundial. Durante a performance de "Cidade Triste", a integrante Karin Hils anunciou a canção como "a próxima música de trabalho".[3][nota 1] Mesmo após o anúncio, a gravadora decidiu lançar "O Amor é Ilusão" como single sucessor de "Vem Habib (Wala Wala)" e último single do álbum.[4]
Letra e divisão vocal
editar"Cidade Triste" é uma balada pop produzida por Rick Bonadio, que também foi o responsável pelo arranjo, programação, teclado, guitarra e violão da canção. Beto Paciello serviu de apoio para os arranjos, teclado e piano, enquanto Pedro Ivo foi responsável pelo baixo.[5] A canção fala sobre um doloroso término, onde a protagonista demonstra tristeza em meio a solidão enfrentada após o amado ir embora. Durante a canção, a protagonista lamenta o fim, ao usar uma metáfora de que a cidade está sumindo e perdendo o brilho para simbolizar a sua alegria que foi embora após a desilusão amorosa.[6] No ápice da canção, a protagonista reconhece que não esperará mais por seu amado, pois sabe que o romance já chegou ao fim de forma definitiva.[6] Durante o refrão, elas cantam: "A cidade dos sonhos não tem mais o brilho/ Tudo o que é belo se foi/Agora só restou uma cidade triste."[6]
A canção inicia com os vocais da integrante Li Martins (anteriormente conhecida como Patrícia) na primeira estrofe; a segunda estrofe é cantada por Karin. O pré-refrão, por sua vez, é entoada por Fantine, e Li assume o refrão da canção. A terceira estrofe é novamente cantada por Karin, enquanto Aline assume o segundo pré-refrão. Na ponte da canção, Li e Fantine fazem um dueto vocal. Aline, por sua vez, é a responsável pelo início do refrão após a ponte, que logo após o verso "a cidade dos sonhos não tem mais o brilho", é retomado novamente do início por Li, que é também responsável pelos improvisos vocais durante os últimos refrãos.[5][6]
Performances ao vivo e covers
editar"Cidade Triste" teve sua primeira performance televisionada no extinto programa da TV Gazeta, O Poderoso Magrão, apresentado por Roberto Manzoni, no dia 28 de agosto de 2005.[3] Na ocasião, o grupo anunciou a canção como próxima música de trabalho, além de ter cantado "Vem Habib (Wala Wala)" e "O Amor é Ilusão".[3] Em 2008, a atriz Juliana Baroni fez um cover da canção para a trilha sonora da telenovela Dance Dance Dance, exibida pela Rede Bandeirantes.[7] A canção era tema da personagem principal, Sofia. O cover também fez parte da trilha sonora da novela, que foi produzido por Rick Bonadio, produtor do grupo e da canção original.[8] Ao falar sobre a canção, Juliana confessou: "Gosto muito da música 'Cidade triste', que é pop, melódica e tem uma letra linda."[7] Onze anos depois, as quatro integrantes remanescentes do grupo se reuniram em janeiro de 2016 para fazer algumas versões a cappella de suas amigas, e um vídeo de 1:17 (um minuto e dezessete segundos) de uma performance acústica e a capella de "Cidade Triste" foi disponibilizado no dia 27 de agosto de 2016.[9]
No ano seguinte, as cinco integrantes do grupo se reuniram para comemoração dos quinze anos do grupo, com quatro shows do que seria a mini-turnê Chá Rouge, na ocasião, "Cidade Triste" teve sua primeira performance com a integrante Luciana, que canta o último verso da faixa, e que se emocionou durante a primeira apresentação.[10] A performance da canção conta com as integrantes atrás das iniciais do grupo, que estão destacadas pela cor rosa e por brilho, e no fim da performance, uma estrutura montada à frente do palco "provoca um efeito de chuva, deixando o palco – e a plateia – debaixo d’água."[11] Em 2018, "Cidade Triste" foi adicionada na turnê Rouge 15 Anos com as integrantes sentadas numa escada cantando a canção. Antes da performance, Fantine discursa acerca das "questões globais e de preservação da natureza, em especial a floresta amazônica, pedindo socorro" com um "SOS Amazônia". Durante toda a performance, imagens da floresta amazônica e do desmatamento são mostradas.[12]
Créditos
editarTodo o processo de elaboração da canção atribui os seguintes créditos pessoais:[5]
- Aline Wirley – vocalista principal;
- Fantine Thó - vocalista principal;
- Karin Hils - vocalista principal;
- Patrícia Lissa - vocalista principal;
- Rick Bonadio - produção, arranjo, programação, teclado, guitarra, violão;
- Rampac - composição;
- Jos Jorgensen - composição;
- Clio - composição;
- Beto Paciello - arranjo, piano, teclados;
- Pedro Ivo - baixo.
Notas e referências
Notas
- ↑ Para consultar performance e a informação acima citada, assista ao vídeo da ligação externa do Rouge no "Programa do Magrão".
Referências
- ↑ a b c d «As mil e uma noites do Rouge». Jornal de Brasília. 30 de maio de 2005. Consultado em 12 de abril de 2018
- ↑ «IMMuB - Clio». IMMuB. Consultado em 12 de abril de 2018
- ↑ a b c d «Roberto Manzoni, o Magrão, estréia domingo na TV Gazeta». Área Vip. 30 de agosto de 2005. Consultado em 12 de abril de 2018
- ↑ Luiz Filho (4 de dezembro de 2017). «Rouge e a volta do Pop Brasileiro». Queer as Geek. Consultado em 12 de abril de 2018
- ↑ a b c (2005) Créditos do álbum Mil e Uma Noites por Rouge, pg. 8. Sony Music Brasil/Columbia Records.
- ↑ a b c d «Rouge - Cidade Triste Lyrics». Genius. Consultado em 13 de abril de 2018
- ↑ a b «Mistura de ritmos marca trilha sonora de DANCE DANCE DANCE». Band.com.br. 31 de outubro de 2007. Consultado em 13 de abril de 2018
- ↑ «Universal Music lança o primeiro CD da novela 'Dance dance dance', da Band». O Globo. 8 de novembro de 2007. Consultado em 13 de abril de 2018
- ↑ «Comemorando 15 anos, grupo Rouge anuncia reunião com show no Rio». Bol. 12 de setembro de 2017. Consultado em 13 de abril de 2018
- ↑ Rosi Rodrigues (16 de outubro de 2017). «As magníficas do Rouge abalaram o Rio neste fim de semana». Mulher Magnífica. Consultado em 13 de abril de 2018
- ↑ Daniel Outlander (14 de outubro de 2017). «#TudoÉRouge: Entre 'chuva' e lágrimas, Rouge arrebata público saudosista em show comemorativo de 15 anos». Pop Now. Consultado em 13 de abril de 2018
- ↑ Marvin Medeiros (29 de janeiro de 2018). «Rouge 15 Anos estreia em Fortaleza - como foi o primeiro show da turnê». MarvinMedeiros.com.br. Consultado em 13 de abril de 2018