Cinema de Moçambique

O Cinema de Moçambique tem crescido nos últimos anos e, embora seja um mercado extremamente difícil, está a ter uma grande explosão de produção nos últimos anos que tem chamado a atenção por suas características únicas. Sua produção é tamanha que já lhe rendeu o apelido de "Globowood", por ser considerada a primeira maior indústria de produção de cinema em Moçambique, e que a Globowood pretende ser a quarta maior industria cinematográfica do mundo, atrás apenas de Nollywood, Hollywood e Bollywood. O volume de produção que a Globowood estima por ano e de 500 filmes ao ano, todos filmados e distribuídos em Moçambique e no resto do mundo dublados em diferentes idiomas.

Muitas ações já tem sido feitas relacionadas com esta área, como o do ciclo de cinema.

Para além de um ciclo de cinema, Cineastas de Moçambique entre eles dois realizadores de cinema, Natércia Chicane e Júlio Silva, lançaram no clube C&C, o livro do investigador etnomusicólogo, produtor e realizador Júlio Silva Instrumentos Tradicionais de Moçambique. O ciclo de cinema, inaugurou com o filme de Mickey Fonseca [en] e Pipas Forjaz (António Forjaz), O lobolo. Este ganhou em Março de 2011, o premio Especial do Jury no 22º Festival Panafricano de Cinema e Televisão (FESPACO) na cidade de Ouagadougou.[1]

Embora o cinema esteja a crescer muitos cineastas reclamam politicas para o apoio desta área cultural-profissional, Pedro Pimenta [de] lamenta a falta de reconhecimentos dos fazedores da sétima arte no país. Para o cineasta nomeado para Academia do Óscar, nos EUA, Moçambique precisa de políticas que fomentem a produção do cinema.

O filme Xilunguine – A Terra Prometida.[2]

Foi premiado com a Menção Honrosa no Festival do Filme Etnográfico do Recife no Brasil e já passou por festivais como o IndieLisboa – Festival do cinema Independente de Lisboa 2017 em Portugal e IDFA-Festival Internacional de documentários [fr] de Amesterdão na Holanda, Festival onde o filme fez a sua estréia Mundial. foi premiado com a menção honrosa no festival.

A curta-metragem Dina[3] consolida-se como o filme Moçambicano de ficção com mais prêmios internacionais ao vencer a categoria Prix de l’Organisation Internationale de la Francophonie du meilleur court-métrage, Afrique Connexion, no Festival Internacional de Cinema Vues d'Afrique [fr].

Nós últimos anos vem aparecendo uma nova geração de cineastas e os mais prominentes são os ‘Afrocinemakers’, uma incubadora de filmes que produz mais de 20 curta-metragens por ano de váriados cineastas.[4]

O filme Ontogenesis (2020)[5] realizado por J. J. Nota, foi selecionado em vários festivais.

Com essas todas dificuldades e sucessos narrados pelos cineastas moçambicanos de acordo com os criadores da Globowood terço o seu fim e moçambique a partir de 2019 vai viver seus novos momentos no mundo da sétima Arte.[1][6][7]

Referências

  1. a b Lança, Marta. «DÁ FALA. Blogue de Cultura Contemporânea Africana. "Sonhámos um país" de Camilo de Sousa e Isabel Noronha.». BUALA. Consultado em 18 de abril de 2024 
  2. Xilunguine, a terra prometida. no IMDb. 2011, 30 m.
  3. Dina. no IMDb. 2010, 23 m.
  4. «Quality in every frame. Kuga Munu. Original Mozambican TV Series» (em inglês). Afrocinemakers. Consultado em 18 de abril de 2024 
  5. Ontogenesis. no IMDb.
  6. dos Remédios, José (10 de Julho de 2019). «A "decadência" do cinema moçambicano deve-se à falta de liderança esclarecida». opais.sapo.mz. Consultado em 18 de abril de 2024. Cópia arquivada em 17 de setembro de 2019. Pedro Pimenta lamenta a falta de reconhecimentos dos fazedores da sétima arte no país. 
  7. «Filme moçambicano seleccionado para o Festival Internacional de Cinema de Zanzibar 2018». www.rm.co.mz. Rádio Moçambique. 31 maio 2018. Consultado em 18 de abril de 2024. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2018. Depois de prémiado com a Menção Honrosa, no Festival Internacional do Filme Etnografico do Recife, no Brasil, a Longa Metragem: Uma Memória em Três Actos, do realizador Inadelso Cossa, é seleciondo para o festival internacional de Cinema de Zanzibar, na Tanzania. 

Ligações externas editar