Colégio Militar de Curitiba
O Colégio Militar de Curitiba (CMC) é uma escola militar pública localizada em Curitiba, Paraná, Brasil, fundada em 1959 pelo Exército Brasileiro. Oferece ensino fundamental II e médio, destacando-se pela disciplina rigorosa e práticas pedagógicas voltadas à formação cívica e intelectual.
Colégio Militar de Curitiba | |
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CMC | |
Brasão do Colégio Militar de Curitiba | |
Fachada do Colégio Militar de Curitiba | |
Informação | |
Localização | Curitiba, Paraná, Brasil |
Coordenadas | 25° 25′ 38″ S, 49° 13′ 40″ O |
Tipo de instituição | Escola militar pública |
Fundação | 1959 |
Abertura | 21 de abril de 1959 |
Cursos técnicos | Ensino Fundamental II, Ensino Médio |
Mantenedora | Exército Brasileiro |
Afiliações | Exército Brasileiro |
Comandante | Tenente-Coronel Alípio Ayres de Carvalho (primeiro comandante) |
História
editarO CMC foi idealizado em 1956, durante o governo de Juscelino Kubitschek, por iniciativa do Ministro da Guerra, Henrique Teixeira Lott, e do governador do Paraná, Moysés Lupion, que solicitou um estudo para sua criação.[1] Uma comissão, liderada pelo Tenente-Coronel Alípio Ayres de Carvalho, analisou terrenos entre 1956 e 1958, escolhendo uma área de 21 hectares no bairro Tarumã, doada pelo estado em 1959.[1] A aula inaugural ocorreu em 21 de abril de 1959, com 43 alunos, sob o comando de Alípio Ayres de Carvalho.[2] Inspirado no Colégio Militar do Rio de Janeiro e no Prytanée Militaire francês, o CMC visava formar cidadãos patriotas e humanistas.[1]
Organização Disciplinar
editarBaseado no Decreto nº 12.277 de 1947, o CMC organiza o dia em 8 horas de ensino (lições de 50 minutos), 8 horas para higiene, refeições e recreio, e 8 horas de repouso.[3] Em 1961, o horário da tarde foi ajustado (13h30–16h20), com fiscalização rigorosa das sessões de estudo e uso de livros e cadernetas de tarefas.[4] A disciplina, inspirada no Regulamento Disciplinar do Exército, inclui um Código de Honra (1960) que proíbe mentir, colar e furtar, visando formar o "homem padrão CMC".[2]
Projeto Pedagógico
editarO CMC adota práticas inovadoras, como o letramento no ensino de leitura. Em 2014, o gênero editorial foi trabalhado, com 65,21% dos alunos atingindo o nível discursivo em avaliações, articulando conhecimentos linguísticos e de mundo.[5] Promove Educação Ambiental (EA), com gestão democrática, mas com limitações na formação de professores especializados em EA e no uso de espaços verdes.[6] Atividades extraclasses, como grêmio literário e desportos, são incentivadas desde 1959.[1]
Estrutura
editarLocalizado no Tarumã, o CMC ocupa 21 hectares, com infraestrutura de alta qualidade, incluindo áreas verdes subutilizadas, laboratórios de Física, Química e História Natural, biblioteca e sala de literatura.[6][1] A arquitetura militar, com espaços abertos, facilita a vigilância e a disciplina.[4]
Símbolos e Tradições
editarO CMC valoriza a formação patriótica e humanística, expressa no discurso inaugural de Alípio Ayres de Carvalho, que destacou a importância da moralidade, civismo e exemplo.[1] Tradições incluem cerimônias e o uso intensivo do tempo para moldar a personalidade dos alunos.[4]
Referências
- ↑ a b c d e f Gilberto de Souza Vianna (1988). A experiência do Colégio Militar de Curitiba (1959-1988). [S.l.]: Exército Brasileiro
- ↑ a b Osni Carlos Fanini Silva (1988). «Boinas ao Passado». Revista Anual do Colégio Militar de Curitiba
- ↑ Brasil, Decreto nº 12.277 de 19 de abril de 1947.
- ↑ a b c História do Colégio Militar de Curitiba. [S.l.]: Colégio Militar de Curitiba. 1988
- ↑ Lorena Izabel Lima; Lucia Cherem (2015). «A Avaliação da Leitura no Colégio Militar de Curitiba». Revista Kur’yt’yba. 7 (1). Consultado em 11 de abril de 2025
- ↑ a b Venina Prates; Tatiana Maria Cecy Gadda; Solange Reiguel Vieira (2024). «Indicadores como ferramenta para análise e avaliação de Educação Ambiental: Estudo de Caso no Colégio Militar de Curitiba». Revista Kur’yt’yba. 19 (1). doi:10.18675/2177-580X.2024-18891. Consultado em 11 de abril de 2025