Companhia Celg de Participações

A Companhia Celg de Participações (CelgPAR) é uma sociedade de economia mista e de capital autorizado cujos acionistas são o estado de Goiás, que possui 99,90% do capital, além de outros pequenos acionistas, como a Eletrobrás, municípios e investidores privados.

CelgPAR
Companhia Celg de Participações
Razão social Companhia Celg de Participações
Empresa de capital aberto
Cotação B3ːGPAR3
Atividade Energia
Gênero Sociedade de economia mista
Fundação 2006 (18 anos)
Sede Goiânia, GO
Proprietário(s) Governo do Estado de Goiás (99,90%)
Eletrobras (0,03%)
Presidente Savio de Faria Caram Zuquim
Produtos Eletricidade
Website oficial https://celgpar.com/

História editar

A Companhia Celg de Participações - CelgPAR foi criada através da Lei n° 15.714/2006 tendo como objeto social principal a participação em outras sociedades como acionista ou sócio-cotista, controlando desde o momento de sua instituição a então Companhia Energética de Goiás - Celg, que foi constituída, em 16.02.1956, com a denominação social inicial de Centrais Elétricas de Goiás S.A. - Celg.[1] A Celg, por sua vez, detinha o controle de uma subsidiária integral, a Celg Geração e Transmissão S.A. – Celg G&T, que foi constituída a partir da segregação dos ativos de geração e transmissão de energia elétrica da Celg.[1] Em março de 2007, a Celg foi convertida em subsidiária integral da Celgpar e teve alterada sua denominação social, passando a ser chamada de Celg Distribuição S.A. – Celg D.[1]

Em junho de 2007, ocorreu a redução do capital social da Celg D e consequente transferência do controle acionário da Celg G&T para o domínio da Celgpar.[2][1]

Essa sequência de ações permitiu que a Celg pudesse se adequar às novas regras de desverticalização estabelecidas pelo Governo Federal, que ditava a obrigatoriedade de segregação da atividade de distribuição de energia elétrica das demais atividades exercidas pela empresa, que também englobavam, à época, a geração e transmissão de energia elétrica.

A denominação atual da companhia foi dada pela Lei nº 16.237, de 18 de abril de 2008.

Visando ao aproveitamento dos ativos da companhia e à exploração de serviços de telecomunicações, em agosto de 2008 foi criada a Companhia de Telecomunicações e Soluções – CELG Telecom (atual Goiás Telecom), que constituiu a terceira empresa controlada pela Celgpar. Em 2010, o controle acionário foi transferido para o governo de Goiás.[3]

Federalização e privatização editar

CELG-D editar

Em janeiro de 2015, a Eletrobras adquiriu 50,93% das ações da CELG D, passando a ter o controle acionário da empresa. A CELGPAR permaneceu com 49% de ações da CELG D. A troca de seu em razão de uma dívida com o governo.. A empresa vinha apresentando prejuízos por vários anos seguidos.[4]

Com lance de R$ 2,187 bilhões, a Enel foi a vencedora do leilão de privatização da Celg D. Inclusive, este foi o único lance válido para a compra da distribuidora de energia elétrica de Goiás.[5]

O processo de vendas foi finalizado em Goiânia,[6] em 14 de fevereiro de 2017. No dia 07 de março de 2018, a Enel assumiu a sua marca global em Goiás e a Celg, por sua vez, passou a se chamar Enel Distribuição Goiás.

CELG GT editar

Em julho de 2021, foi aprovada em assembleia de acionistas a cisão parcial da Celg-GT.[7]

A CelgPar incorporou os ativos que a Celg-GT possuía para geração própria e por meio de sociedades investidas, atividades de transmissão por meio de sociedades investidas e outros bens imóveis. Já as atividades próprias de transmissão da Celg-GT foram mantidas em uma futura companhia, batizada de Celg Transmissão (Celg T), após a cisão.[7]

Em 14 de outubro de 2021, em leilão promovido na Bolsa de Valores B3, foi realizada a alienação de 100% das ações ordinárias de emissão de sua subsidiária de transmissão de energia elétrica CELG Transmissão S.A (CELG T). A EDP adquiriu o controle da companhia por R$ 1,977 bilhão. [8]

A companhia tinha 756 quilômetros de redes de transmissão e das 14 subestações no estado de Goiás em 2021.[8]

O governo de Goiás anunciou em dezembro de 2022 a intenção de privatizar a Celg Geração.[9]

Negócios editar

Geração editar

A Celgpar deixou de operar indiretamente no segmento de geração de energia por meio da CELG GT e passou a atuar diretamente com a incorporação de ativos após a cisão ocorrida em 2021.[7]

Em fevereiro de 2022, a companhia lançou um projeto de expansão com investimentos em energia fotovotaica, sendo que a primeira usina a ser construída será na cidade de Cachoeira Dourada, no sul de Goiás. Também a projetos de construção de usinas hidrelétricas em consórcio com outras empresas.

Participações editar

Além da participação em duas Sociedades na área de Geração (Energética Corumbá III e Energética Fazenda Velha), a Celgpar participa, ainda, de quatro sociedades de propósito específico – SPE já constituídas no segmento de Transmissão (Vale do São Bartolomeu Transmissora S.A.(1o%), Pantanal Transmissão S.A.(49%), Lago Azul Transmissão S.A.(50,1%) e Firminópolis Transmissão S.A.(49%)) e de uma SPE no segmento de Geração Fotovoltaica (planta de 5MW) em fase pré-operacional denominada Planalto Solar Park S.A.[11]

Referências editar

  1. a b c d «FATO RELEVANTE». 13 de julho de 2007 
  2. «DECRETO Nº 6.569, DE 21 DE NOVEMBRO 2006.» 
  3. «Goiás Telecom». goiastelecom.go.gov.br. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  4. [1]
  5. Victória Mantoan, Camila Maia (30 de novembro de 2016). «Enel fica com Celg D em 1º leilão de privatização do governo». https://valor.globo.com/. Consultado em 1 de abril de 2022 
  6. Martins, Vanessa (14 de fevereiro de 2017). «Estado e Enel assinam contrato de privatização da Celg, em Goiás». https://g1.globo.com. Consultado em 19 de março de 2022 
  7. a b c «CelgPar comunica cisão parcial da Celg-GT e nova estrutura para privatização». Época Negócios. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  8. a b «Leilão da CELG T foi realizado na B3». www.b3.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  9. «Governo agora quer privatizar a Celg Geração». Entrelinhas Goiás. 8 de dezembro de 2022. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  10. a b c d «CELGPAR». celgpar.com. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  11. «CELGPAR». celgpar.com. Consultado em 16 de dezembro de 2022