Danilo Antônio Baltieri (mais conhecido como Danilo Baltieri) é um psiquiatra brasileiro especialista em transtornos sexuais. Ele é conhecido por seu trabalho no tratamento psiquiátrico de pessoas com pedofilia e outras acusadas de crimes sexuais, e por seus estudos sobre o assunto.[1][2][3]

Danilo Baltieri
Nome completo Danilo Antônio Baltieri
Conhecido(a) por Estudos relacionado à sexualidade e à pedofilia no Brasil.
Nascimento c. 1973
Residência São Paulo
Nacionalidade Brasileiro
Educação Universidade de São Paulo (USP)

Baltieri é mestre, doutor e Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Em 2003, ele fundou o Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC (ABSex), um instituto que oferece tratamento terapêutico a pessoas com pedofilia, em Santo André (São Paulo).[1]

Colunista do site VyaEstelar

Vida pessoal editar

Baltieri nasceu em uma família italiana no início dos anos 70. Ele considera-se católico, mas diz incomodar-se com o fanatismo religioso.[1]

Segundo uma reportagem do UOL, ele atende em um bairro nobre de São Paulo.[1]

Posições científicas editar

Tratamento psiquiátrico para pessoas com pedofilia editar

Sem prejuízo às sanções judiciais em caso de crimes, Baltieri é a favor do tratamento da pedofilia também como um transtorno mental dentro e fora das penitenciárias, a fim de reduzir futuros abusos sexuais.[2][4]

Em 2019, Baltieri criticou o governo brasileiro pela sua falta de investimentos em prevenir o abuso sexual infantil mediante tratamentos psiquiátricos. Em suas palavras, a falta de investimentos na área se dá porque o tratamento psiquiátrico de pedófilos "não dá votos".[5]

Prevalência da pedofilia entre abusadores sexuais editar

Baltieri defende que, em sua experiência, a prevalência de pedófilos entre seus pacientes acusados de crimes sexuais é de 20% a 30%.

Controvérsias editar

Advocacia em favor da castração química editar

Em 2007, Baltieri foi criticado pela comunidade médica pelo seu posicionamento a favor da castração química de certos criminosos sexuais.[1]

Em resposta, sua proposta foi comparada por outros colegas de profissão como "medieval" e análoga a experimentos nazistas de campos de concentração. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) entrou com uma sindicância contra o psiquiatra, que foi extinta em 2010.[1]

Segundo uma reportagem de 2019, Baltieri defende que apenas 5% dos pedófilos precisam de castração química.[5] Baltieri é a favor da adoção do termo "tratamento hormonal" ao invés de "castração química".[5]

Referências