Dasyophthalma rusina

espécie de inseto

Dasyophthalma rusina é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, subfamília Satyrinae[3] e tribo Brassolini, nativa do Brasil (da Bahia a Santa Catarina; com a inclusão, após o ano 2000, para o Rio Grande do Sul[5])[6] em altitudes entre 200 e 1.200 metros.[7] Vista por cima ela é marrom, com manchas azuis metálicas características, próximas ao corpo do inseto, e uma faixa que atravessa ambas as asas, amarela na asa anterior e mais clara na asa posterior. Vista por baixo, apresenta coloração amarelada com finas pontuações em negro; além de apresentar dois ocelos de coloração laranja em cada asa posterior, o maior com uma das margens atravessada pela faixa que corta as asas. Apresentam leve dimorfismo sexual.[8][9][10]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaDasyophthalma rusina
Macho de D. rusina é a terceira borboleta, em ordem de leitura, nesta gravura (a asa esquerda é o inseto visto por cima e a asa direita é visto por baixo).[1]
Macho de D. rusina é a terceira borboleta, em ordem de leitura, nesta gravura (a asa esquerda é o inseto visto por cima e a asa direita é visto por baixo).[1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Satyrinae[2][3]
Tribo: Brassolini[2]
Género: Dasyophthalma
Westwood, [1851][4]
Espécie: D. rusina
Nome binomial
Dasyophthalma rusina
(Godart, [1824])[4]
Sinónimos
Morpho rusina Godart, [1824][4]
Wikispecies
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O Wikispecies tem informações sobre: Dasyophthalma rusina

Hábitos editar

Adultos alimentam-se de frutos caídos, em fermentação, no solo das florestas.[5] Normalmente Brassolini são ativos ao amanhecer e entardecer, voando ocasionalmente durante o dia. No entanto as borboletas do gênero Dasyophthalma são ativas durante o dia, especialmente nas primeiras horas da tarde.[6]


Lagarta e Pupa editar

Lagarta com tórax e abdome pubescentes, de coloração geral verde com faixas e estrias longitudinais em diferentes tons de castanho, amarelo e verde escuro; passam por uma alteração drástica de coloração quando próximas de pupas. Adquirem a cor vermelho carmim, assim permanecendo por aproximadamente dois dias. Alimentam-se de folhas de Geonoma schottiana (Arecaceae)[10], também sendo encontradas em Bactris tomentosa, Euterpe edulis e Bambusa sp.[4] Pupa de coloração geral castanho avermelhada, com matizes claras e escuras dos mesmos tons.[10]

Subespécies editar

Dasyophthalma rusina possui três subespécies:[4]

  • Dasyophthalma rusina rusina - Nativa do Brasil, descrita por Godart em 1824.
  • Dasyophthalma rusina delanira - Nativa do Brasil, descrita por Hewitson em 1862.
  • Dasyophthalma rusina principesa - Nativa do Brasil (Espírito Santo), descrita por Stichel em 1904.

Referências

  1. Dr. O. Staudinger; Dr. E. Schatz (1888). «Exotische schmetterlinge» (em inglês). Internet archive (archive.org). 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  2. a b «Morphinae» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  3. a b M. A. Marín; C. Peña; A. V. L. Freitas; N. Wahlberg; S. I. Uribe (2011). «From the phylogeny of the Satyrinae butterflies to the systematics of Euptychiina (Lepidoptera: Nymphalidae): history, progress and prospects» (em inglês). Neotropical Entomology (Scielo.br). 1 páginas. Consultado em 22 de fevereiro de 2015 
  4. a b c d e «Dasyophthalma» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  5. a b Jessie Pereira dos Santos; Cristiano Agra Iserhard; Melissa Oliveira Teixeira; Helena Piccoli Romanowski (2011). «Fruit-feeding butterflies guide of subtropical Atlantic Forest and Araucaria Moist Forest in state of Rio Grande do Sul, Brazil» (em inglês). Biota Neotropica, vol. 11, no. 3. 1 páginas. Consultado em 22 de fevereiro de 2015 
  6. a b Carla Maria Penz (abril 2009). «Phylogeny of Dasyophthalma butterflies (Lepidoptera, Nymphalidae, Brassolini (em inglês). Insecta Mundi. 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  7. Adrian Hoskins. «Itatiaia Owlet - Dasyophthalma rusina (Godart, 1824)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  8. «Dasyophthalma rusina (Godart, 1824)» (em inglês). Lepidoptera brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  9. NSG group (2007). «Dasyophthalma rusina». Flickr. 1 páginas. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  10. a b c Mirna M. Casagrande; Olaf H.H. Mielke (2000). «Larva de quinto estádio e pupa de Dasyophthalma rusina rusina (Godart) (Lepidoptera, Nymphalidae, Brassolinae. Revista brasileira de zoologia 17(2). pp. 401–404. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 

Ligações externas editar

 
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